segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ruge

Ruge
aqui dentro
faíscas do tempo
esquartilhado
não curto ou tão pouco
sou curtido nessa enseada
devastada de ilusão,
vulgo leite derramado
as rosas já não brotam
entre as oliveiras do meu jardim,
ruge
aqui dentro
um fogo sedento de paz
armadilha que o tempo
ecoa,
referve os ruídos desiludidos
estampidos sentidos no bojo
de uma ranhura eterna que
estampam as amareladas páginas
do meu refratário burguês,
jornal que a vida escreveu a revelia
de uns dias que se seguiram de noites
estremecidas por bramidos doídos,
ruge
dentro
de meu peito
as amarguras de venenos
urros mudos que destemperam
meus espelhos de ventos...

andi valente



domingo, 26 de junho de 2011

Quando o amor acaba

Onde estão,
Aqueles olhos negros onde pulsavam nossas rotinas
O sorriso meigo onde derretíamos nossos beijos
As frases de enfeito que preenchiam nossos defeitos
Foram fazendo mágoa no rio da vida


Vivemos vidas repletas de nada
Fomos acumulando poeira em tudo que fazíamos
Celebrávamos acúmulos de torturas
E o amor que existiu algum dia
Ficou agarrado aos medos de uma realidade fria


Somos lustres iluminando salões vazios
Lâmpadas que teimam resistir ao escuro do tempo
Queríamos a eternidade de um amor sem fim
Restou-nos a fragilidade de um desamor ruim
O resultado de nossas escolhas 
Chora toda noite a solidão do nosso quarto


O sorriso de nossas lembranças tolhe nossa esperança
A cumplicidade pela inércia nos alivia da culpa
Somos fracos em não admitir o nosso fracasso
Espero o funeral a beira do meu quintal
Ninguém bate a porta, as horas renegam minha súplicas
Queria libertar você de mim, não consigo!




andi valente

sábado, 25 de junho de 2011

Mulheres da minha vida!

As mulheres em minha vida
Vão de salto alto
Vêm de vestido curto

As mulheres em todas as vidas
Eram carne de fruto proibido
fendas de chão esturricado e batido

As mulheres de toda vida
Estão agora no meu encalço
De mãos dada na espreita

De novas chegadas e de partidas sem fim

As mulheres da minha vida
São bombas atômicas
explodem e matam,
Entopem meu abdômen e me comem

As mulheres em minha vida voam
Destoam do meu orgulho,
Rompem

Mulheres
que amam,
multipliquem-se dentro
das histéricas alegrias

Mulheres que guardam os laços amarrados no umbigo
Selam minha paz com as rosas que os ventos nos trazem
Beijam meu ventre, sendo ele um ausente presente de sintonia
Sinfonia que toca as maravilhas dos nossos pensamentos

Toda mulher que cruza minha rosa dos ventos
Me faz uma mulher de sentimentos íntegros
O despertador do tempo grita goela dentro
Pára!
Que as verdades dos templos me matem de envelhecimento!

andi valente

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ruiu!

O mar revoltado
Revolta meus dentes afiados,
Ondas estridentes
Ensurdecem meus ouvidos doentes

Mar revirado
Arrepia meus sentimentos destroçados
As ondas que entristecem
Secam meus olhos molhados

Essa rima que não cessa suas cismas
Não mudam meus recheios de problemas
Continuo a profetizar hipocrisias
E os hipócritas continuam a me bajular

Somos um casal que não resistiu
Amor esse que ruiu no primeiro vendaval
O barco afundou quando pensamos
Na pobreza que nossos sentimentos refletiam

O mar teima em acalmar nossas almas
Nós não sabemos resolver nossos dilemas
Barco à deriva em plena avenida da vida
Sol que não nasceu no nosso amor
Chuva que inundou nosso sentido de seguir
Ruim com você
Pior sem mim!

andi valente


Retórica!

As fogueiras que queimam minhas calmas,
incendeiam minha alma.
As crateras  entreabertas de sentimentos nulos,
emudecem meus sorrisos mudos,
Os rios que carregam minhas lágrimas,
transbordam  minhas fraquezas sólidas,
Tórrido sofro de morbidez congênita,
A beleza  represada no voo de meus olhos,
morre pela indiferença tua
...

Silenciosa
a falta  me assalta toda  noite,
Olho seu rosto estampado  em nuvens negras
Vejo nossos ruídos se dissiparem
Descubro,
que você é exatamente como eu,normal,
Isso me choca,
Fiz castelos pra te proteger
Sinto agora no seu fragelo minha super proteção,
Despejei  esperanças nos seus desejos
Enquanto você desejava somente comungar momentos meus,
Refleti todos os meus sonhos em espelhos teus,
Esperei de vocè o que não doei de mim,
Criei  sonhos solitários
Na esperança de partilhar comigo,
Esqueci-me de entender os motivos com os quais
 Seus sonhos não se pareciam com os meus,
 Sua benevolência sempre me seduziu
Mas a minha sedução era conquistar você
Com as minhas imposições,
Perdidos, fomos ficando pelo caminho 
...

Projetei todos os conflitos ,
Nas paredes dos seus ouvidos
Rejeitei suas desculpas carregadas de falhas minhas
Orgulho esse que me faz menor,
Maldito medo que não me deixa andar!
Sou cria de escolhas minhas,
Percorri estradas esburacadas,
Construí minhas próprias dificuldades
Soterrado pela síndrome de poder,
Tenho tudo,
Mas perdi você,
Não me dei valor
Como esperar reconhecimento seu?

Algoz do nosso amor
Não peço compreensão pelo  que se foi,
Queria entender nós dois,
Sem antes ou depois,
Queria uma oportunidade pra refazer o caminho perdido,
Não queria preencher lacunas com as desculpas de sempre
Sou sempre o mesmo
Mas de um jeito diferente
Ontem fui inverno
Hoje  sou calor,
As certezas com as quais derrotei o nosso amor
derreteram,
Agora tenho respostas diferentes para os meus dilemas,
não mudei,
O que mudaram foram os sentidos que dei aos dias
Sobrou em mim valentia,
A covardia que se escondia
Nas decepções que maquiavam minha idolatria
Perdeu-se em mim,
Agora refeito
Redescubro antigos defeitos
Aperfeiçoo novos medos,
E digo aos espelhos do tempo,
Que vivo descobrindo amores
Dentro do peito!

andi valente

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Paraíso vermelho!

Resolvi colorir meu paraíso de vermelho
Desfilar meus doloridos desejos sem receios
Amar os passarinhos soltos no ar
Resolvido estou em encontrar amor em tudo que vejo

Vou velejar em alto mar e abrir caminhos pros meus sonhos
Perseverar em ideias que não sejam originais
Relevar dilemas, sustentar minhas ondas vibracionais
Viajante delirante nesse meu mundo de mutantes

Sou rocha encravada de ideais
Sou realidade onde a vida borbulha esperança
Sou gesto que não engessa minha origem interna
Gestação eterna, brilho raro que se destaca do obsoleto

Paixão em reviver os presentes que o passado me trás
Poesia cristalina bronzeada sobre as matilhas de ancestrais
Não me perco nas andanças dos generais de crianças
Sou o eterno que dura,
Sou atadura de uma cicatriz divina
Sou arma contra os carmas do pessimismo
Sou eu quem me procurou até se encontrar
Sou face de moedas que nunca saem de moda
Sou altar, pecado passageiro de uma vida inteira
Cansado de pecar sem ter podido
de ser condenado sem ter motivo
Me interno nos meus egos
Renasço no entrecruzamento do fogo e da paixão

Sou parte de um todo 
Que não quer ter fim!

andi valente. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Jaulas!

O ruim desfilava verde-água nas cataratas dos seus olhos
O errado nadava abraçado junto as suas decepções sem fim
O arco-íris morria acordado ao som do silêncio do vento
Os defuntos trocavam de roupas como se as vidas fossem morrer


O certo teimava em se contradizer nas lembranças de uma vida à toa
Verdade sejam todas as verdades que desmentem a si mesmas!
O sonho que era nosso derreteu a lua-de-mel e se perdeu nos caixotes de solidão
Vazio esse que invade nossa casa, derruba nossas certezas e se vai
Como se vão  meus alicerces de chocolates meio-amargos


Eu envazado e enraizado a contragosto de mim, fui...
Eletrifico meus perfumes pra não sentir o desgosto do fim
Sinto a ânsia da perfeição corroendo meus pés de feijão
Sinto a falta da fala mansa inundando meus palacetes de cetim


As horas pulam de minuto em minuto nos segundos do tempo
As jaulas que trancafiavam minha esperança, trancadas findaram meu sorriso
Risos esses que perdi nas tempestades do seu mau humor
Vida essa que deixei seguir, entre tantas outras que me deixei perder
Sorrisos feridos de ressentimentos mal compreendidos e não digeridos
Torço o dorso e o remorso que sofro não combina com as flores do jardim


Meu eu se faz de pedaços espalhados em caminhos demarcados de irritação
Os joelhos contorcidos ajoelhados por compaixão, imploram seu perdão
Feridas que tomam contam da avenida e congestionam meus pontos de interrogação
Fixo nos objetivos, não desejo não, respiro pra não dizer sempre sim!


andi valente







sábado, 18 de junho de 2011

Vela acesa!

Uma vela acesa
Alguns papéis queimando em vão
Sofrimentos que não saem do espírito
Novos ares precisando de espaço para dançar

As horas escorregam no meu desentendimento
Desculpas batem palmas pra minha insônia indecisa
Não caibo dentro  de meus próprios ressentimentos
Vou construindo milagres pra enganar os fins de mês

Queimam meus conhecimentos nessa selva de cimentos
Planto minha alma em algum desses postes sem sustento
Grito meus silêncios debaixo de alvenarias recheadas de ventos
E a voz embaraçada canta as mesmas ladainhas de descontentamento

Vou escorrer minhas roupas  em sombras sem venenos
Dependurar meus medos nas trilhas do tempo
Vigiar as noites na espreita de amores verdadeiros
Vencer os segredos que os dias teimam em revender como seus

Eu,
Amo amar eu,
mesmo,
que esse eu esteja longe
do eu que sonhei pra mim!

andi valente


Felicidade hoje!

O que diz a felicidade hoje?
-Eu quero ser feliz!

Folhas secas derramadas pelo caminho indicam
Que corações afoitos estão soltos em busca de paz
Palavras perdidas na boca do vento
Tocam sentimentos arredios e despertam interesse

O que conta a felicidade hoje?
-Conta os dias para que seus dias sejam definitivamente felizes!

Uma chave perdida indica oportunidades de novas portas
Uma frase distorcida indica novas possibilidades  em outras oportunidades
Um caminho desatualizado recria imaginações de nossa própria sorte
Um pedaço de mim vai, outros pedaços os recompõem

O que a felicidade espera hoje?
-Ser Feliz!

Eu faço pacto com a infelicidade enganando meus verdadeiros sentidos
Eu desfaço dos fatos exatos para me aventurar na fascinação
Eu procuro relaxar a fadiga instigando meus anseios moribundos
E a felicidade impassível segue a minha espera de braços abertos

Ser infeliz é opcional
Felicidade é natural
Não fujo da minha natureza
Sou Feliz hoje!

andi valente



terça-feira, 14 de junho de 2011

Alumia

Escrevi cartas que nunca foram lidas
Resolvi  divisões que jamais se somaram
Os seus olhos me perderam
Desde então fiquei a esperar dos ventos notícias suas

Aborrecido pelo desencontro do tempo, espero!
Foram noutras mentes que tentei te resgatar
Suas frases ficaram cravejadas n'alma minha
Seus resquícios são indícios de um novo reencontro

Descaminhos percorridos desesperam meus sentidos
Ninguém entende o quanto o amar esta presente
Perdido fui enganando os bandidos para não me perder
Faço ao caminho um único pedido, reconhecer você!

Vou desfiando meus rosários de expectativas
Iluminando as lembranças com andanças suas
Seus amendoins dourados reluzentes
Sua estrela que alumia tanta gente, alumia minha mente!

andi valente

Do outro lado do escuro!

Do outro lado do escuro,
um alguém,
que não se via
não se ouvia
gemia incompreensão.

Do outro lado do escuro,
receios,
um certo alguém,
bradava desesperadamente
ruídos de decepção.

Do outro do lado do escuro,
apegos,
desejos e anseios
verdades
sem rodeios.

Do outro lado do escuro,
escuro,
morriam-se medos,
histórias escorridas
pelos dedos.

Do outro lado do escuro,
muros,
urros de sofreguidão
murros aos ventos
desespero e desrazão!

Do outro lado do escuro,
clarão,
inexatidão de erros,
liberdade ou solidão,
buscas de respostas.

Do outro lado do escuro,
cisma,
palavras em reverberação
sonhos sem norte,
luxúria e fascinação...

Dou outro lado do escuro,
sussurros,
vidas em regeneração,
amor e medo,
obrigação.

Do outro lado do escuro,
orgulho,
poder e prevaricação,
loucuras
subordinação.

Do outro lado do escuro,
medo,
mentiras vencidas
velhos enredos
deterioração!

Do outro lado,
não há escuros,
há espelhos
certeiros
de nós mesmos!

andi valente


domingo, 12 de junho de 2011

Indefinidamente...

Escrevi cartas que nunca foram lidas
Resolvi  divisões que jamais se somaram
Os seus olhos me perderam
Desde então fiquei a esperar dos ventos notícias suas


Aborrecido pelo desencontro do tempo,espero!
Foram noutras mentes que tentei te resgatar
Suas frases ficaram cravejadas n'alma minha
Seus resquícios são indícios de um novo reencontro


Descaminhos percorridos desesperam meus sentidos
Ninguém entende o quanto o amar esta presente
Perdido fui enganando os bandidos para não me perder
Faço ao caminho um único pedido, reconhecer você!


Vou desfiando meus rosários de expectativas
Iluminando as lembranças que outrora me foram vagas
Fomos feitos para amar, desencontrar e se reencontrar
Chorar e em qualquer dia, novamente se amar


Os sinais do tempo voltam a marcar meus encantos
Fico a mercê dos acontecimentos, emudeço e me preparo
Lavo-me com minhas próprias lágrimas ao som da esperança
Sorrio ao descobrir que seremos despertados 


Escrevo frases com as quais me desconheço
Nada pareço com os medos que me fizeram temer
As nuvens vieram hoje anunciar o começo do nosso recomeço
Saiba que vamos nos reencontrar
E o sempre se tornará presente, indefinidamente!


andi valente



sábado, 11 de junho de 2011

Espera!

Fui buscar segredos em bacias d'almas calmas 
Fui perder-me nas ribeiras d'águas alvas
Fui resolver  nossos dramas
Com damas de camas quentes

Esse choro que tomou-me de assalto
Não cessou, minou minhas minas  de esperança
Esvaziaram-me todos os baldes se foram rasos
Sobrei junto aos chinelos molhados, do lado de fora!

Esses olhos que antes julgavam, agora   me ignoram
Esses olhos que antes  me amavam, agora   me desprezam
Fui tudo antes de ser somente, hoje nada me lembro 
Sou sombra das minhas próprias sombras,e isso me apavora!

Onde fui que desisti 
Onde fui que insisti em insistir
Onde foram parar as pedras da estrada
       Onde ficamos parados esperando
Onde a esperança se perdeu de nós
Onde a espera não nos fez sala e foi embora!

andi valente

terça-feira, 7 de junho de 2011

Controle remoto!

Longe,
Meu controle remoto se perdeu entre tantos na multidão
Sofrer não é o meu lema
Perdi tempo não querendo viver tudo
Escrevi histórias sem vivências
Resisti passar pelas tristezas que o agora da vida nos faz,
Perdi...

Apressado,
Não digeri as necessidades que tanto necessito,
Repaginei páginas sem vida
Recriei criações sem emoção
Fui fundo em prato raso
Fui mato em floresta densa
Engasguei com gotas de orvalho amanhecido,
Sucumbi...

Triste,
Realidades que não se escondem mais de mim
Segredos que foram expostos ao controle do tempo
Dinamites carregadas nas esporas de minhas respostas
Não enxergar o óbvio dói o dobro
Envelhecer cego enrijece o ego
Dormir mais uma eternidade adoece minha evolução,
Não quero!

Faço,
Disfarço, refaço e não encontro os desencontros casuais
Querer não viver é abster-se de experiências intransferíveis
Nossas sombras sempre estarão lá como testemunhas do nada
Nossas vidas vazias de tudo esperam pela fascinação que não se concretiza,
O sono vem na penumbra para disfarçar esse ser ausente,
Os espelhos refletem esperanças mortas nas calçadas de nossas infâmias,
Quero esquecer o aquecedor,
Não consigo!

Dói essa dor de não ter vivido
Dói essa dor de não ter sofrido
Dói essa dor que resiste ao desviar-se do perigo
Doloridos estão meus dedos ao deletar meus erros
Doloridos estão meus medos sem medos para temer
Doloridas estão minhas metades
Dor que ensurdece minha calma
Dor que não disfarça a falta que as faltas me fazem
Dor dolorida ao ser digerida pela seca de vida não vivida,
Quero Paz!
Não consigo!

andi valente





domingo, 5 de junho de 2011

De Graça!

O sinal vermelho estava lá
As suas barreiras estavam nas calçadas de suas calcinhas
Meus medos enfiados no meio dos fios de seus cabelos
Os cruzamentos cruzados entre suas pernas e as minhas coxas
Suas meias buzinavam meus sapatos
Suas orelhas emparelhadas as minhas, gritavam euforia
Seus olhos não desgrudavam dos meus dedos
Seus beijos reclamavam:
Quero o melhor de você em mim!
Nossas disputas seguiam o amarelo picante
Nossas noites intermitentes sempre floresciam nosso fogo
Fogueira essa que queima nossos colchões de solidão
E as vagas na rua estavam sempre vazias quando deixávamo-nos amar
O amor estava estacionado debaixo da placa explícita do proibido
Teimávamos em reinar nas vagas vagando sempre contra o mundo
Contrariávamos as setas, amávamos as incertas 
Estacionados nunca ficamos, a chuva varria as decepções
O asfalto era nosso tapete de alegrias incontidas
O seu umbigo instigando meus instintos
Seu sorriso lindo ria de tudo
Nossa alegria era poder sorrir 
Amo amar suas correntes de eletricidade
Sua tensão em meio à multidão
Nosso amor no meio do meio do seu roupão
Eu sigo assim de bobeira fazendo a vida sentir o que sinto por você


andi valente!


sábado, 4 de junho de 2011

Adoro

Adoro navegar seus pecados
Abraçar seu corpo molhado
Despoluir seus medos
Decorar seus recados


Adoro derreter minha língua quente
Entre seus dentes
Reciclar seus desejos
Incitar seus orgasmos


Urros excitados
Gestos combinados
Amo suas polaridades


Adoro 
Simplesmente sem dor e inodoro
Adoro dourar seus beijos
Separar sexo e respeito
Empinar o bico do peito


O amor quando é
Se materializa
Sente-se no âmago 
Essência d'alma


Adoro dizer:
Eu te amo!
Adoro sentir
que quanto mais me amo
mais me ama...




andi valente



paz

Caminho caminhando caminhos caminhados
Ouço olhares desviados de milagres
Rezo rimas recitadas em baladas distantes
Sigo batidas que acordam sonhos meus
Faço fatos fascinados folheados de brilhantes
Sou o resto de uma soma que não tolera amantes

Prego pregos em cinzas de memórias vivas
Grito gritos de felicidades em corações vazios
Sou esperança de salvação da minha própria inspiração
Sou Jesus do meu Cristo crucificado
Nada contra aos contrários
Sou felicidade velejando ao encontro de paz!

andi valente

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SEM CONSTRANGIMENTO!

Respirei injustiças justas
Jurei juras falsas
Falsifiquei promessas velhas
Encontrei desculpas novas
Desculpei-me em você
Não me perdoei, nunca...

Perdi a força de viver
Prendi minhas asas
Ao libertar seus sonhos
Pintei minha esperança de ignorância
Descolori meus desejos
Fracassei ao esperar o fracasso, sentado...

Receio que receitas prontas não sirvam
Releio fórmulas que não condizem comigo
Fascinação que sisma perseguição
Ilusões que beiram a incredulidade
Finjo que não sei quem você é
Esqueço que não consigo me esquecer, sempre...

Li que seriamos um do outro em algum baralho
Trabalho com hipóteses de abstinência sua
Defino que não sofro
Definho em não me deixar sofrer
Espero nunca esperar
Surto com a falta que sua falta me dá, infelizmente...

Parei no tempo
Os meus jardins secaram com a escassez de beijos seus
Errei em acreditar que o erro estava sempre do seu lado
Errado sempre estivemos quando pensamos em acertar
Acertado estavam os ponteiros do fim
Que findaram nosso tempo sem constrangimento...

andi valente