quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O agora!

A voz da intuição
teceu os sonhos da nossa paixão
O amor que interessa
brotou nos espaços desertos do coração

As lágrimas
que nasceram com os rios do tempo
Hoje são felicidades
de caminhos construídos pela inexatidão
de sentimentos...

Seus olhos eu não desisti de lembrar
Seu gosto nunca desapareceu mesmo com meus desgostos
Sua paz fez guerra pra eu te encontrar
Os agoras fizeram sua presença presente constante
O meu amor ecoou
nas caminhadas dos meus precipícios...

Fui rei
Fiz festa
Fui muito
Fiz tudo
Mas sua falta
me fez falta...

Eu fiz amor entre paredes vazias
Fui louco para parecer normal
Deitei na imensidão da espera
Esperança que não cessa

E as arestas
formam barricadas de um tempo que voou
De vidas que sumi de mim
Ruínas de uma solidão ruim

Mas o agora
Brotou todas as primaveras
Floresceu nas flores dos seus beijos
Renasceu desejos
Fez florir meus ramos de satisfação

Mas o agora
Reacendeu em mim todas as paixões
Fez o certo desaparecer
O errado se perder
Só o que interessa é o agora
E o amor que sinto por você...

andi valente


domingo, 2 de outubro de 2011

Entre a cruz e a Luz!

Tudo claro
todas as luzes como testemunhas 
relâmpagos incandescentes desejando acontecimentos
sons de alguns sorrisos e muitas lágrimas entremeadas de fogo
soluços  efervescentes rompendo o silêncio do nada

Todo pálido
Fomos tecendo cruzes com maus pressentimentos
Alienados por fogueiras insanas
Nos entupimos de estúpidas geladas 
Para disfarçar nossas faltas no nosso diário
Tudo é ácido
Quero o carinho que ninguém sente, o meu
Quero os sentimentos que brotam nos meus espelhos
Quero as palavras que voam do lado de fora dos  meus ouvidos
Quero a beleza que meus olhos teimam omitir 
Quero não querer os quereres de outros seres
Quero
quero
quero
não querer
Todo plácido
somente ser um ser qualquer diante de qualquer um
solidário aos meus formulários prontos de uma vida saudável
flexível para novas conquistas ou para as mesmas loucuras
ser somente eu pode me custar vidas e tempo
Todo é tudo
Condenar os culpados pelas minhas desculpas
Não morrer pelo simples fato de não viver
Até quando acreditar no desacreditado
Reinventar o reinventado
Sorrir pelo não imaginado, até quando?
Tudo sou eu
Meu passado se torna presente a cada futuro que vivo
Os frutos de uma trepadeira foram parar em nossas geladeiras
Derreteram nossos sonhos em frigideiras tristes
Liquidificaram nossa armadura elevando todas as temperaturas
Esqueceram que a lucidez um dia a casa retorna!
LUZ
.
.
.

andi valente

sábado, 1 de outubro de 2011

Sim

Uma porta
e outra,
outra,
a seguinte...

Uma rota
e fujo,
fuga
desacredito de mim...

Um olho,
outro rosto
lágrimas
sem fim...

Oposto
disposto,
a penumbra
um descompasso...

A esquerda,
direita,
o teto,
o centro,
o ego,
respiro
e
vivo
assim...

Sigo,
reto
rijo

Planto,
nasço
outro,
subo
morro
respiro
o ar do infinito...

Renasço
choro
cresço
imploro
peço
colo
o que quero é amor

Leste,
oeste,
norte,
sul
o rumo da sorte
é poder dizer
-Sou feliz, sim!

andi valente