Tudo claro
todas as luzes como testemunhas
relâmpagos incandescentes desejando acontecimentos
sons de alguns sorrisos e muitas lágrimas entremeadas de fogo
soluços efervescentes rompendo o silêncio do nada
Todo pálido
Fomos tecendo cruzes com maus pressentimentos
Alienados por fogueiras insanas
Nos entupimos de estúpidas geladas
Para disfarçar nossas faltas no nosso diário
Tudo é ácido
Quero o carinho que ninguém sente, o meu
Quero os sentimentos que brotam nos meus espelhos
Quero as palavras que voam do lado de fora dos meus ouvidos
Quero a beleza que meus olhos teimam omitir
Quero não querer os quereres de outros seres
Quero
quero
quero
não querer
Todo plácido
somente ser um ser qualquer diante de qualquer um
solidário aos meus formulários prontos de uma vida saudável
flexível para novas conquistas ou para as mesmas loucuras
ser somente eu pode me custar vidas e tempo
Todo é tudo
Condenar os culpados pelas minhas desculpas
Não morrer pelo simples fato de não viver
Até quando acreditar no desacreditado
Reinventar o reinventado
Sorrir pelo não imaginado, até quando?
Tudo sou eu
Meu passado se torna presente a cada futuro que vivo
Os frutos de uma trepadeira foram parar em nossas geladeiras
Derreteram nossos sonhos em frigideiras tristes
Liquidificaram nossa armadura elevando todas as temperaturas
Esqueceram que a lucidez um dia a casa retorna!
LUZ
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andi valente
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