domingo, 3 de junho de 2012

Sangue nas mãos

O vermelho iludiu meu ânus
As vestes azuis coroaram minha cobra coral
Vesti-me de preto
Fui ao velório de minhas naus
Andante sobre o céu da primavera
Me perdi no roxo das falácias tacanhas

Essa cobra que me segue
Essa veste que cega as réstias de um semblante sóbrio
Essa forma uniforme que guerreia minha auréola
Esse sorriso marrom me empobrece
Some de mim força
que consome meu arco-íris tupiniquim

Entre tantas palavras ruins
O som do silêncio me aquece
Defronte ao norte
Corro,
Forte ao lado da sorte

Sangue que corre vermelho
Ciente de mim
Fortaleza de águas claras
Destreza que teima em sonhar
Paralelas que não se cruzam
Cruzamentos enfileirados de sentimentos
Passarela verde
Natureza crua
Fim

andi valente

Nenhum comentário:

Postar um comentário