domingo, 19 de dezembro de 2010

Maldito poeta!

Maldito esse poeta que me fez acreditar
no perfume das flores
que me fez sonhar de olhos abertos
maldito,
maldito,
maldito,
maldito...

Que descreveu corpos que não os teus
que pintou telas que não as tuas
e falou palavras suas
que me fizeram apaixonar
uma paixão louca
por ti,
maldito...

Poeta que sabe sentir
mas não sabe curar
as dores de um amor
sem cura,
poeta que descreve a ilusão
que encanta
pela paixão
oh! O poeta não sabe amar
só sabe imaginar o amor perfeito
ludibriar os corações,
não quero poetizar
quero amar
...

Poeta vendedor de sonhos,
poeta mentiroso
nunca vivi esses seus versos
nos meus sonhos,
nunca senti
suas loucuras na minha lucidez
nunca imaginei
imaginação
imperfeita feita à luz da sua derradeira
tristeza...

Quero matar os poetas que me enganaram
quero
morrer por não sentir algo tão belo
não ser desejado
não ser amado como no descrito
pelos poetas dos amores perfeitos...

Quero morrer só quando ouvir
um poema de amor
escrito pra mim,
quero morrer
quando viver um amor
que existe nesses poemas
encostados nas prateleiras
de uma livraria qualquer
quero morrer só
se o só conter esse amor
que espero ter
de você...

Queria saber escrever
queria não ter inveja das poesias concretas
queria não invejar os namorados
os amores,
os sujeitos calados
quero amar
como se amam
as amados
em poesias
ou em lindas fotografias
quero um amor
certo ou incorreto
quero
um colibri no jardim
um sorriso sem fim
quero a magia dos eternos apaixonados.

Quero, talvez um querer
de passado concreto
um quero
um quisesse
um querer desprentencioso
só um verso
uma estrofe
uma frase
uma palavra dessa sua poesia
maldita
de amor
maldito poeta dos sonhos
irreais
...

andi valente!

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