sábado, 2 de julho de 2011

Agora!

Nasci,
entre
cruzamentos divinos,
surgi
nas esferas das possibilidades,
vivi

Nove  
e
vinte
seis
de um atemporal momento
descobri
que sentimentos sem sentidos
senti
que fadas
não encantam meus ressentimentos
e a lâmpada com três desejos,
desejou-me,
e não percebi...

Afora os de fora,
sinto-me bem aqui
dentro dos meus "agoras"
e das bolhas de furar horas
retiro-me sempre,
vou sentar do lado de lá da agonia
as verdades
absolutamente foram embora
os erros pegaram carona na história
evolui como uma onda viva
resolvi deixar expectativas empoeiradas
com os orvalhos, nas rosas...

Descobri que todos os "hoje" já foram ontem
e os ontem formam tudo o mais,
que antes diziam serem nunca mais!
Acorda Alice!
Enquanto durmo acordado,
esqueço-me do presente ordinário
do quanto extraordinário sou
das regras de convivência
entabulo preceitos e reajo aos preconceitos,
faço estudos de sujeitos
e reascendo meus feitos
como posso ser perfeito!

Há um reino de imperfeição que foge a minha compreensão?
Queria que o sol iluminasse as noites
e a lua fugisse com os dias
Quanto mais corro, mais colado fico
sou excelência no vazio
sou um todo cheio de nada
sou um nada repleto de tudo!

Morri na boca do mundo,
renasci entre os vácuos que os absurdos não compreendem
esse sou, somos nós em um arpoador feroz
entre albatrozes do algoz
nas cercanias do divino,
sou matéria colada nas colas da retórica
somos conexões de um embrião prestes a nascer
Tudo?
Nada?
Fato?
As portas dos desaparecidos reabriram minha sanidade
encontrei respostas para os próximos atos

O amanhã
eu crio nas telas de diálogos pré-moldados
Sou cíclico
viciado em me viciar em rotinas
quero que o agora seja eternamente,
 agora
e que o presente
seja somente um segundo
em minha mente...

andi valente



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