domingo, 21 de agosto de 2011

Alma

As flores estavam sorrindo nas marras da manhã
Os pássaros se encantavam com os raios do sol
O brilho doce de seus olhos cor de mel
abraçavam o céu  (imaginação)
Nossa teia de esperança, sorriu.

O mesmo mundo que desnuda as tristezas
Aponta-me certezas
Do mesmo modo que choro
Alegro-me
Construo oportunidades para o verdadeiro
Não espero,
Faço dos fatos
Atos...

Busco sementes que frutifiquem meu renascer
Procuro uma alma que como eu queira sentir
Um único e simples sentimento,
Felicidade...

Quando a alma clama, exclama, exala
O universo conspira, declama, ampara...

Vide os frutos dos pensamentos
Espelhos de sentimentos refletidos
Desconexão das ilusões
Verdades reprimidas,
Tempo que se esvai com as mágoas
Cicatrizes que se curam
Feridas esquecidas na imensidão de apegos
Amores que se nutrem de amores impróprios...

Amor próprio, olhai por nós,
Santificai nossos medos
Deixai-nos sermos somente nós mesmos
Não nos empurrais angustias ou sofrimentos


Quando a alma clama, o universo conspira a favor!

andi valente

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Esse amor!

Começou na vazante de um rio de lágrimas
Foram suspiros ininterruptos de amor profundo
O coração descompassado sorria dos naufrágios
que doravante replicavam todo instante
E nós sonhávamos de mãos dadas
às noites mal dormidas e pouco sonhadas...

Enquanto seu sorriso dizia tudo
Meu olhar respondia ao todo,enfim...

Éramos complexos demais
E os demais nos deixaram

Sozinhos e ao relento...

Diante da simplicidade do amor,
as palavras pediram desculpas
foram repousar na imensidão da lua
e os desejos ficaram perdidos diante
do carinho de nossas almas...

Cúmplices de um universo de inexatidões
retratos do descaso de nós mesmos, nos amamos...

Gritávamos felicidade no silêncio de nossos ventres
Recheamos nossos beijos de verdades tão profundas
O abraço que te dei foi a partilha de uma espera
desesperadora,
O abraço que recebi continha a vigília do amor que transcende
a estratosfera...

Essas mãos que caminham as profundezas da minha epiderme
Esse suor que despeja eternidades adormecidas
Nosso encontro estava escrito e escondido nos esconderijos do tempo
Nosso amor  espera a primavera para desabrochar

Esse amor
que se perdeu
e se reconheceu
através de um sorriso seu
Esse amor
que renasceu
em caminhos meus
Esse amor
eu
você
e os nós,
eternamente...

Simples assim...

andi valente

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Reencontro

Quando
nasceu setembro
nossos olhos
d'alma foram festa,
percebi que o sentir 
era simplesmente
amar nosso tempo presente...

Essa relação que corria
rumo aos rios de águas mortas,
renasceu,
lágrimas vivas da nossa existência,
somos frutos do acaso de anos,
luas que testemunharam
nossos desencontros
girassóis que tremularam
a espera do sim,
o amor
desalojado de nossa retina
nos ensina a sina de tanta dor

e depois

as morfinas aplicadas
pela maldição da falta de tempo
nos ensina
que a busca
sempre nos trás
o reencontro...

Vejo  seus olhos
enlaçados aos meus
revejo sentimentos nus
caminhamos na imensidão de vazios
para sentirmos novamente a sensação
do completo
nada de concreto
palavras que não descrevem
inspiram nossa inspiração tênue
respiramos
aplaudimos nossos primeiro atos
vivemos plenitudes distantes
e nesse instante
somos 
eu
você
e a realidade itinerante
amor esse que se revela
anula todas as antigas mazelas,
enfim unidos
reunidos na imersão de um só coração
amor meu...

Te Amo!

andi valente



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jamais esqueci você!

Nas matas de orgulhos meus
respirei desejos de poder 
fustiguei amores proibidos
delirei aos som de alucinações
diminui,
depurei pensamentos impublicáveis
cresci,
fui ao mar reler ondas 
viajei nas leituras de uma vida
sonhei que o amor
estava de portas fechadas 
mesmo assim pedi ao silêncio
permissão pra gritar,
olhei as luas da varanda
dos meus sonhos
e vi você,
sorrindo ao meu encontro
sem palavras
o vento batendo 
revoadas de mágoas moídas
fiz figa
e você toda despida
de sentimentos ímpios
só pra me dizer:
_Jamais esqueci você, vida...

andi valente