domingo, 18 de setembro de 2011

Para toda uma eternidade!

Medo de ser feliz quando olhei seus olhos e me vi
Medo de me encontrar em seus carinhos
Medo  de ser você a razão de todas as minhas desrazões
Medo de todos os medos que tive até desnudar seus beijos
Medo, simplesmente medo de vivenciar você em meus braços
Maldito medo que me fez refém
Nesse vai e vem do purgatório dos homens
Das culpas e  apegos ressentidos  e de egos presos e inibidos
Sua libido entre seus seios e meu umbigo
Medo,
De humildades invertidas e variáveis repetidas
Medo...

E o contrário se fez presente
O amor foi formando luas em torno de nossos girassóis
O calor foi dando forma a nossa epiderme crua
Sua silhueta foi contornando as sombras das minhas mesmices
fui descobrindo as ruas do seu paladar
perfumando os aromas do nosso bem estar
O amor inundou meu mundo com seus segundos
Fui descobrir que seu sorriso era reflexo da minha paixão incontida
Quando você me deu seu mar eu deixei-me banhar
Fomos lágrimas represadas que desaguaram nesse rio de folhas
Rasuras que consumiram as dores e revelaram amores
Que nas sobras de nossos horrores ficamos a sorrir depois do todo
Somos agora um tudo em voltas de uma lagoa azul
Somos a infinita maresia que entorpece nossa alma leve
Quem diria que diríamos que nossa falta de coragem era na verdade
Coragem!

Não me arrependo dos medos
Dos sentimentos de enredos marcados
De batidas repetidas
Eu fiz do sinuoso vento
As fagulhas de um fogo sedento por ti
E o amor consome
nos consumiu
mas nos redimiu de nós mesmos
Se fosse tudo diferente eu não saberia perceber
a beleza de nossos ventres
...

O amor constrói as pontes de ventos mais lindas que senti
O amor faz das noites as mais belas caricaturas de felicidade
O amor é um encontro de seres desprovidos de pecados
De sentimentos amargos de gostos duvidosos e de venenos arcaicos
O amor é pradaria de um inverno em constante mutação
O amor descontrói nossas velhas certezas,
Amadurece nossos eternos defeitos
Envelhece nossos medos
Esse amor que não tem príncipe e tão pouco princesa
É somente a união do harmônico com a harmonia dos seres
Um amor não precisa ser de verdades
Ele precisa ser eterno
para toda uma eternidade...

andi valente

Nenhum comentário:

Postar um comentário