terça-feira, 20 de setembro de 2011

Versos

Todas as vogais esparramadas
Desarrumadas e coladas pelo nosso suor
Lençóis e fronhas recheadas de desejos
Medos e apegos sem bilhetes para os nossos exageros

As sílabas escorriam entre nossos dedos 
Derretendo nossos anseios
O silêncio enlouquecido com nossos beijos
Vagaram noite dentro sem o poder de alterar nossa química
perfeita...

As consoantes eram meras coadjuvantes de nosso retorno triunfante
Amor
Amores como nunca se vira antes...
As interrogações ficaram perplexas com nossas peripécias
As súplicas não entendiam as exclamações que murmuravam nossas
Bocas nuas...

Resistências,
Todas as reticências deram lugar ao sabor da experiência
Nosso regresso ao sagrado foi se tornando um canto
Reverenciado,
Um manto de sabedoria e amor a nossa essência

As rimas rumaram rumo ao mar de ilusões que não nos cabem mais
As ruínas de outrora foram castigar outros seres
Te encontrei na calma de sua vagina fria
Encontrei-me na fauna de sua alma límpida

E a construção continua
As palavras não combinam com as sensações
Nenhuma nuvem tem força para destruir tamanha paixão
O eterno se fez presente como se nunca antes fosse ausente,
Nunca...

andi valente

Nenhum comentário:

Postar um comentário