domingo, 19 de agosto de 2012

Réstia de reza sem fim

É engraçado cachinar-se vorazmente
Sem o medo de mostrar-se desdentado
Desprender-se do ridículo das palavras
Destoar do arcabouço das verdades

Filosofar perante o altar de espelhos nus
É
Ignorar as agruras de sentimentos meus
Foragir-me ante o medo de julgamentos toscos
Sendo tosco mesmo
Julgamentos meus

O belo necessita do feio
o perfeito das imperfeições do alheio
O correto das incorreções do erro
Eu?
Preciso do meu eu presente!

Eu não queria querer tanto tanta coisa
que não sei se preciso ter
Escrever sobre sentimentos que nunca saberei
se precisei tê-los

Zampava minhas necessidades
meus questionamentos
Meu ego dilatado cheirava problemas
Único
Veloz
Infinito
A infâmia de não acreditar em si
é que tudo retorna nem sempre da melhor forma
vem de qualquer jeito

Sou folga
flor
Réstia de reza sem fim
Amador
Jogador que rima jogo ruim

Julgador de mim
O juízo final chegou
A colheita nem sempre é refeita
Pois a plantação se findou
A
folha da trepadeira
não nasceu
A
pitangueira chorou suas flores
Eu?
Fui construir
meus inícios
e terminar
meus fins...

andi valente




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