domingo, 23 de janeiro de 2011

há...

Há um quilo de distância
entre sua impaciência e minha ignorância,
caminhos desatados pelos nós da  imprudência,
resultado esse que nos afasta dos eus que existem em nós.

Há um quilo de distância
entre sua boa infância e minha insconstância,
diferença essa que estraga os bons momentos que se foram
e nos faz sempre perguntas de como o quando nos fez ficar juntos.

quilos
de
distância
entre
o nosso
amor
e o
desamor
que nos
apaga.

Há um quilo de soberba
nas desculpas arranjadas para as cenas montadas,
ciúmes decorados nos desenhos ultrapassados que agora,
se tornam as verdades que procuramos estabecer para justificar o fim.

Há um quilo de imprudência,
para os filhos que nasceram dessa inconsistência,
olhos pedindo pais, mãos pedindo carinho, almas nos destruindo,
pedaços de seres que não entendem o nosso desamor, só sabem pedir amor.

E o nós
pedindo
paz,
nossos
quilos
querendo
mais
e o 
resultado,
fim...

Por que tudo tem que ser assim,
presumivelmente parecido com tudo que já foi feito,
o começo em latim
o meio no jardim
e o fim
queimado
e exposto
nas lágrimas que correm soltas
ao encontro
de um pescoço torto
e de um coração
morto...

Há uns quilos correndo soltos
a procura dos nossos descaminhos
há quilos chorando
clamando pelo nosso desamor
há uma dor
no fim de tudo
há...

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