sexta-feira, 25 de março de 2011

Emudecido...

Os buracos que cavei em mim
foram para esquecer de ti
nas valas onde forjei minha sepultura
estava escrito:
Este amor eu não mereço
mas se foi meu, esqueço jamais...

As asas que perdi nos seus caminhos
me fizeram revirar o mundo
erro o logradouro
a rua e o mal agouro
mas não erro os mesmos erros

Essa malandragem tatuada nas sua retinas
não combinam com a tolerância dos meus medos
essa desfaçatez que domina suas calcinhas
não combinam com meu pijama xadrez

Mudo, fico assim,
mudo,
paralisado com suas meias três quartos
com seu jeito indiferente
com sua indecência séria
fico nas esteiras da vida
correria desenfreada sem chegar a lugar algum,
fico nas gangorras do mundo
no eterno sobe e desce de sentimentos
quando penso que cheguei
tudo recomeça
quando penso que é o fim
vejo no fundo a luz de um novo começo
quando sinto que você se foi
vejo outro você e recomeçam meus descaminhos
mudo,
fico assim,
mudo diante de tantos vocês
cheios de amores rápidos
eternos e finitos
emudeço
e sigo á beira do abismo
sempre esperando um paraíso
ou um rio que me leve de tudo isso...


andi valente.


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