Vejo os rostos assombrados com problemas
vejo o mundo assolado de dilemas
vejo os dramas recheados de chocolates quentes
batatas fritas e vários copos de refigerante,
vejo a pipoca esparramada na sala de espera
esperando a guerra que a nova era prometera
na tela de l.c.d,
vejo os games derrotando vidas
vejo vidas ceifando vidas
vejo luas em noites absurdas
vejo o sol sem o mesmo ardor
vejo o mundo debaixo do meu cobertor
vejo o clamor de um povo sem pudor,
vejo a dor
vejo rios sem água
vejo água sem boca
vejo boca sem corpo
vejo corpo sem alma
vejo almas sem dó
e sem dó a dor me tomou o peito
e se esqueceu de mim,
vejo as rimas sem poetas
vejo as frases
vejo as fases da lua
vejo o fim das estações do ano
vejos os mártires de tanga
esturricados com pouco pano
esculpindo o corpo com os desenganos
engando a mente com seus enganos,
vejo um sujeito no espelho
e não me reconheço
vejo o fim
e o recomeço
vejo as rugas encobrindo as várias lutas miúdas
vejo o vento abanando meus brancos sentimentos
vejo o tempo corroendo meus minutos por dentro
sento e penso,
como eram bons os pastéis de vento,
os bolinhos de chuva
vejo tudo ao som dos meus pensamentos
vejo as risadas desdentadas
vejo uma blusa amassada
um vela queimada
uma promessa não paga
uma folha rabiscada com amores não amados
vejo a felicidade prometida
vejo todas as atrocidades cometidas
vejo Deus
e suas religiões
vejo também os pagões
só não me lembro
onde foi que esqueci
de olhar para mim...
só não me vejo sendo eu mesmo
.
.
.
andi valente
vejo o mundo assolado de dilemas
vejo os dramas recheados de chocolates quentes
batatas fritas e vários copos de refigerante,
vejo a pipoca esparramada na sala de espera
esperando a guerra que a nova era prometera
na tela de l.c.d,
vejo os games derrotando vidas
vejo vidas ceifando vidas
vejo luas em noites absurdas
vejo o sol sem o mesmo ardor
vejo o mundo debaixo do meu cobertor
vejo o clamor de um povo sem pudor,
vejo a dor
vejo rios sem água
vejo água sem boca
vejo boca sem corpo
vejo corpo sem alma
vejo almas sem dó
e sem dó a dor me tomou o peito
e se esqueceu de mim,
vejo as rimas sem poetas
vejo as frases
vejo as fases da lua
vejo o fim das estações do ano
vejos os mártires de tanga
esturricados com pouco pano
esculpindo o corpo com os desenganos
engando a mente com seus enganos,
vejo um sujeito no espelho
e não me reconheço
vejo o fim
e o recomeço
vejo as rugas encobrindo as várias lutas miúdas
vejo o vento abanando meus brancos sentimentos
vejo o tempo corroendo meus minutos por dentro
sento e penso,
como eram bons os pastéis de vento,
os bolinhos de chuva
vejo tudo ao som dos meus pensamentos
vejo as risadas desdentadas
vejo uma blusa amassada
um vela queimada
uma promessa não paga
uma folha rabiscada com amores não amados
vejo a felicidade prometida
vejo todas as atrocidades cometidas
vejo Deus
e suas religiões
vejo também os pagões
só não me lembro
onde foi que esqueci
de olhar para mim...
só não me vejo sendo eu mesmo
.
.
.
andi valente
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