domingo, 30 de janeiro de 2011

outro qualquer...

Dei de ombros para sua história
resolvi conhecer minha própria geografia
corrigi minha ortografia nua,
em uma dessas noites de domingo
que eram tuas..

Decorei os cantos dos nossos falsos encantos
decorei as frases dos derradeiros desencantos
decorei os olhos que não verei jamais
decorei o endereço onde não passarei de novo
decorei os nomes que devo esquecer
decorei as  ruas que não andarei
decorei seu nome, para não lembrá-lo nunca...

Esqueci do dia em que sua história cruzou a minha
esqueci as horas de te esquecer
esqueci que o tempo só me faz lembrar você
esqueci que toda vez que esqueço de mim
é em você que lembro
é em você que penso
é por você que choro
é sua lembrança que me faz esquecer
que os dias sem você são mais cinzas
e nublados
e o colorido do verão
esta sempre guardado e  esquecido
esperando as flores
que sua primavera não deixa sorrir.

Quando tudo podia ser diferente
resolvemos ser iguais,
resolvemos ser os mesmos
resolvemos precipitar os erros
separar as histórias
dividir nossa geografia torta
resumir nosso histórico tórrido,
resolvemos ser um outro qualquer
em nossas histórias...

andi valente.

Errado...

Fui ao paraíso queimar no fogo do seu amor
calor que me incendeia e acalma minha fauna
fiz um reserva para o próximo verão
um canto no seu coração e um picolé de limão.

Rima barata que afoga as mágoas
clima intenso que derruba as barreiras do seu egoísmo
tenso desejo do quero,
um beijo
um carinho mal feito
um desperdício
o fim e o começo...

Loucura infernal,
impiedosamente seca
o descaso do
fracasso do meu
ensejo de ter seus desejos
completos pelos beijos meus
ilusão...

Queima e arde
o bronze do nosso paraíso distante
o inferno de Dante,
borbulhas de um espumante
socorro...
Amor desritmado
em rima fácil, tudo errado
eu  correndo do lado contrário
e você aqui sonhando
em um espelho encantado...

Um rabisco rebuscado
uma amor centenário
vidas cruzadas
e um destino
separamente juntos
onde quer que estejamos
estamos ligados pelo descaso mútuo
da vida moderna,
trágica coincidência maléfica
eu amando os seus erros
errando os seus desejos
esperando pelos seu anceios
queimando no fogo de
amores alheios...

andi valente

mate-me!

Mate-me
mas não sofras de amor assim
mate-me
mas não morras por mim.

Abra a janela dos seus anseios
e voe
liberte-se das garras dos seus medos
e voe.

Descubra as verdades que os seus olhos disfarçam,
viva,
abrace suas virtudes perdidas num abraço meu,
e viva.

Mate-me,
os sonhos não se resumem aos meus desejos,
mate-me
dentro de você vejo um recomeço,
vivo.

O maior amor que se tem notícia,
é o próprio,
a melhor resposta para tantas lágrimas sofridas,
é a sua.

Não existe tanto amor para um único ser,
reaja,
não existe ninguém tão importante quanto você,
se imponha.

Vendo você implorando migalhas minhas,
eu sofro,
vendo você trocando o seu amor pelo meu descaso,
eu choro.

Antes de um novo começo
espero seu desprezo
esqueça os bons momentos
inverta os seus sentimentos,
mate-me.

O que vivemos aqui e ali,
passado
o seu sofrimento desenfreado
descaso.

O que me dói
é ver sua dor crescente
e sentir-me um ser ausente
incapaz de corresponder a tudo isso

Mate-me
dentro do se coração
mate-me
pois as promessas de amor eterno
rabiscadas na areia
foram pichadas pelo mar
e redesenhadas com outros nomes
outras letras
e quem sabe um novo amor.

Mate-me
mas não sofras por ninguém
mate-me
ou me deixes ir
viver um amor
que não caiba só entre
os lençóis eternos
 desejos tórridos de uma noite
de desamor múto.

mate-me
MATE-ME
MATE-ME
MATE-ME

andi valente.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MESMO

Mesmo que outrora fosse,
mesmo que agora fossemos
não obstante que o futuro
não nos reservasse nada
mesmo,
mesmo assim,
te amo!

Mesmo que o começo fosse o
mesmo,
que nada fossemos de começo
não partiria de mim o
principio do nosso fim, mesmo...

Mesmo que as palavras fossem as mesmas,
mesmo que fossemos os mesmos,
como sempre,
mesmo no fim reconheço,
te amarei,
mesmo VOCÊ longe de mim...

andi valente.



meu relógio

MEU RELÓGIO SÓ TEM UM PONTEIRO
QUE É O PONTEIRO DA VIDA
EU ACORDO E OLHO PRA ELE
E SE O VEJO MOVIMENTAR PENSO:

-RESISTI MAIS UM DIA, OBRIGADO MEU DEUS!

POR ISSO NÃO TEM HORA ERRADA
A HORA É SEMPRE CERTA
E O MOMENTO SEMPRE É ESSE
SE NÃO FOI
É PORQUE NÃO ERA

andi valente.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

sofre coração

O único vazio
que me completa
é o silêncio
dos seus sonhos
na primavera;

A única lembrança que me consola
é sua face exposta ao vento
sob o sol ameno
entre as folhas secas do outono;

Os beijos teus, únicos
os sorrisos teus, eternos
a vida sem você,
UM ETERNO inverno.

As sobras das nossas respostas
engajadas em boas obras
não me fazem
sonhar com o calor
daquele amor de verão.

andi valente

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sampa delirante...

São Paulo, ex-garoa,
atemporal,
indelicada e de gente boa,
de pessoas sonhadoras
agitadas e descoladas,
eis me aqui,
olhando o mar de construções
e armações,
de edificações inovadoras
e de almas inspiradoras,
contruindo histórias
alimentando sonhos
separadas pelos ecos
de buzinas sem sono.

São Paulo, das garotas
molhadas e retocadas
em becos de marfim,
carnaval de ambulâncias,
sirenes, pagodes e outras danças,
eis me aqui,
literatura andante em cada canto que se ande,
um quadrante fulgurante
de figuras exuberantes,
aberrações,
ilustrações diárias de amores incompletos
insônia delirante de
semaforos piscantes...

São Paulo, temporal,
alagada, relegada aos cuidados
de abnegados enamorados
pelos seus passeios esburacados,
eis me aqui,
coração gigante que abraça povos
que domina línguas, que encanta
olhos,
que inspira os loucos
cidade dos fortes obstinados
cidade natural de alguns
adotada pelos aventureiros
pelos amantes
adorada pelos forasteiros,
sabotada pela falsa modéstia
dos que governam com as rédeas
da inércia.

Sampa,
paulicéia delirante,
paraíso consolante
paulistanamente edificante,
santa
pecadora
de Santana a São Miguel,
de Santo Amaro ao Jabaquara,
marginalizada pelas águas
sujas que entristecem
nossas tardes nubladas
parados na harmonia do trânsito
na evolução dos passistas,
carros,
na dispersão com pneus furados
radiadores fervendo, insadecidos
pelo tempo perdido,
cidade travada e que não para.

São
santos em profusão,
é oração
Avenida São João,
é Maria
e o ônibus que ruma
em direção a periferia,
eis me aqui ou ali,
ou em qualquer lugar
da rua direita
ao Vale da fé,
da igreja do lado
ao batuque de candomblé,
do trem que fervilha gente
há multidão
é sampa,
é inundação
é São Paulo,
há amor
é nóis...
um  Mooca
por favor...

andi valente...


domingo, 23 de janeiro de 2011

QUALQUER QUANDO!

Eu querendo romper as garras da mesmice
rasgar a fantasia que a tristeza faz de conta
em desfazer, desagrado
gregos e troianos,
sou a terceira via
a tragédia assumida
a rua sem saída...

Passageiro
que caminha ao lado do trilho do tempo
deixa eu caminhar ao seu lado
deixa eu sonhar com seus passos
deixa eu deixar o sentimento mal de lado...

Sou um convecional imcompreendido
sou passional demais para a parcialidade existencial
que assola o deserto de pensadores quietos
preciso de instintos ruins pra movimentar o lado bom
dos otários, dos submissos e dos enganados por adoração
da convencionalidades impostas.

Passageiro
que caminha ao lado do trilho do tempo
deixa eu amar
deixa
eu existir
e caminhar pra onde o vento me levar...

Eu vivo o amor como gostaria,
na orgia das noites frias
nas poesias de palavras vazias
nos beijos de sentimentos frívolos,
nos ritmos de almas desnudas
nas entranhas de entradas pagas,
nos urrados comprados nos andares de baixo...

Passageiro
que de passagem deixa o sentimento passear
deixa eu passar ao seu lado
sonhar com seus passos
chorar nos colapsos que os caminhos nos fazem dar
sorrir
pra poder
amar
...

andi valente

O difícil não é perder o medo, é perder o vício de tê-lo

andi valente.

1

E o janeiro corre solto para os nascidos em agosto
Os de fevereiro passam o ano todo não querendo ver o janeiro chegar
Os de dezembro não veem a hora pra janeiro começar
enquanto janeiro sonolento vai embora sem um beijo nos dar.

há...

Há um quilo de distância
entre sua impaciência e minha ignorância,
caminhos desatados pelos nós da  imprudência,
resultado esse que nos afasta dos eus que existem em nós.

Há um quilo de distância
entre sua boa infância e minha insconstância,
diferença essa que estraga os bons momentos que se foram
e nos faz sempre perguntas de como o quando nos fez ficar juntos.

quilos
de
distância
entre
o nosso
amor
e o
desamor
que nos
apaga.

Há um quilo de soberba
nas desculpas arranjadas para as cenas montadas,
ciúmes decorados nos desenhos ultrapassados que agora,
se tornam as verdades que procuramos estabecer para justificar o fim.

Há um quilo de imprudência,
para os filhos que nasceram dessa inconsistência,
olhos pedindo pais, mãos pedindo carinho, almas nos destruindo,
pedaços de seres que não entendem o nosso desamor, só sabem pedir amor.

E o nós
pedindo
paz,
nossos
quilos
querendo
mais
e o 
resultado,
fim...

Por que tudo tem que ser assim,
presumivelmente parecido com tudo que já foi feito,
o começo em latim
o meio no jardim
e o fim
queimado
e exposto
nas lágrimas que correm soltas
ao encontro
de um pescoço torto
e de um coração
morto...

Há uns quilos correndo soltos
a procura dos nossos descaminhos
há quilos chorando
clamando pelo nosso desamor
há uma dor
no fim de tudo
há...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

segundos meus

Eu queria que seus minutos
fossem repletos de segundos meus,
e que esses segundos fossem eternos
como o sol que ilumina sua alma
e a lua que vigia sua calma
em noites de sonhos meus.

Eu
 queria não ter
que
 querer tanto assim
queria
 enganar o tempo
passear
 até que o esquecimento
me envelhecesse e me deixasse
 cego
para não te ver

Queria
que os minutos parassem
 que
a minha vida corresse
em sua direção
e
que o tempo
deixasse
os minutos
correrem
devagar
e
eu morrer
com a melhor
das suas lembranças
os segundos
meus.

andi valente.

fragmentos solitários

Por um momento ao som do vento


pensei que fostes só um sonho inacabado

um erro que se corrige com o tempo

um beijo imperfeito de uma dessa noites

e nada mais...

...Mas você é meu pesadelo imediato

meu arrependimento constante

minha promessa descabida

você é um tudo

que eu não posso ter...

sábado, 15 de janeiro de 2011

versos de mães

Quando eu nasci,
nasceu um sorriso
de amor e preocupação
no seu coração
cresci,
e mostrei aos seus
olhos
que os meus caminhos
eram fogo e paixão
entre mais de um
na multidão,
quando se foi
foi um pouco de mim
lembrança de um amor
infinito,
destino certo num desses
momentos incertos
hoje sou
sobras de um eu
sem você,
minha eterna canção
Mãe...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Parece.

Parece que foi ontem,
que tuas mãos eram meus olhos
que teus olhos meu destino
que o mundo tão somente
cabia num abraço teu.

Parece que o desejo dos beijos teus
pereceu entre os anceios meus,
pareço que desfaleço sem teu aconchego
entristeço com o descaso dos teus seios
e a falta que seus braços me fazem.

Parece que o ontem desapareceu,
eu sem você,
você sem meu eu,
nós sem os nós  de nós mesmos.

Parece que foi ontem,
que o hoje é ,
e o amanhã seria,
o que acabou ficando no quase,
como uma história inacabada.

andi valente.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

desoneto de desamor!

Desesperado procuro à razão dos meus devaneios
os desencontros dos meus mundos e dos teus eus
sucumbiram as tramas que as manhas do cotidiano
reservaram a nossa rotina maldita.

Os despedaços desencontrados da minha alma perdida
se perderam nas trilhas imperfeitas dos seus descaminhos
afogado fui, nas mágoas de tantas promessas não cumpridas,
entristeço agora na solidão dos meus espelhos nus.

Diante do nada, agradeço as perdas dos seus desencantos
desamor esse que me faz sofrer  a inconstância do seu viver,
viver esse que sobrevive no descompasso de suas lembranças.

Despreparado, desalojo os meus medos empoeirados do armário
recoloco minhas armaduras de cetim emolduradas no aquário
despadaçado escrevo o fim de um novo recomeço.

andi valente

fico...

FICO aqui a pensar na textura da água,


nas ondas do mar,

fico aqui a pensar

na beleza da alma

na poesia do ar...

andi valente...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

frases

Fui eu

quem descobriu o amor na tua solidão
Fui eu,
que nos descaminhos da minha razão
imaginou que o NÓS,
...quem sabe fosse o grande TALVEZ,
Sou eu,
desiludido por outro NÃO, pergunto;
"-Por que não foi você minha única PAIXÃO