domingo, 1 de maio de 2011

Outonos!

Nossa canção ecoa fundo
desfaz da minha sensibilidade
arranca lágrimas  as escondidas
apaga meu sorriso
sussurra ao meu ouvido
momentos que não consigo deixar esquecer!

Noites calmas não eram a dos nossos outonos
loucuras das sobras que me restaram
dos caminhos que percorremos sorrindo,
brasas que se apagaram
sentimentos que vivem incandescentes
prestes a fugir dentro de mim!
Agarro-me a eles como se agarram tesouros
preciso de você em mim,
para saber que ainda existo,
mesmo que o você não preencha mais os nós
da nossa canção!

Segredos que perdemos juntos
paixão que construimos abraçados
nas manhãs de todos os outonos,
palavras que se faziam presentes nos nossos gestos
gostos que se cruzavam apenas com o olhar.

Onde nos deixamos perder?
Onde foi parar a graça do seu amar?
Onde perdemos a tara de nos amar?

Queria não desejar,
queria trilhar as sombras do seu destino
fazer parte de qualquer parte do seu mundo
queria continuar, mas não consigo
como faço para seguir sem o gosto dos seus
beijos?

Se o fim fosse tão claro, porque me debato
com a escuridão que não me faz  perder você!

Saio curando feridas, abrindo crateras,
descobrindo outros mundos,
mas seu cheiro continua aqui
continuo a te querer,
mesmo você, onde quer que você esteja, longe!

Ontem  prometi que o nosso hoje seria eterno
Me perdi.
Continuo procurando um nós em outros outonos
mas além de não te ver,
não consigo me encontrar
não consigo ser metade inteira
que complete outra alma que não seja a sua.

andi valente.

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