quarta-feira, 25 de maio de 2011

Perdido nos Caminhos!

Cavei buracos de  não me esconder
Semeei amor em desertos de solidão
Amei um mundo
Esqueci-me de me reconhecer

Plantei espelhos de não se ver
Espalhei esperança ao mar de criaturas
Amei o todo
Esqueci-me do quão simples era meu amor

Vivi vidas que não se completavam
Esperanças que desesperavam
Senti o gosto amargo do dissabor
Reflexos que não me sentiam
Senti o sentido de não sentir nada

Exagerei nos exageros alheios
Escorreguei nos limites em me limitar
Limitei as possibilidades de felicidade
Sufoquei-me antes mesmo de respirar

Colhi o que me impuseram
Recebi os pagamentos de não trabalhar
Amei os verbos
Substituído fui por adjetivos que pensei que não tivesse

Acalentei expectativas em constelações astrais
Preferi as genericidades em ser mais um
O comodismo da praticidade em me acomodar
Fui moldado aos moldes de uma sociedade insociável
Me associei aos ridículos
Ridicularizado e sem rumo estou!

andi valente



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