terça-feira, 17 de maio de 2011

Tangos tristes!

Sangro ao som de tangos tristes
Lágrimas de uma sangria enraivecida
Tristezas que beiram uma loucura infinita
Sombras de uma paixão que corroeu tudo

As metades das laranjas apodrecidas
Desiludem meu propósito firme
Incêndios sem fumaça aparente
Queimam minha única chama de esperança

Rios que transbordam nossas mentes
Sonhos diluídos em doses de vinho seco
Leite derramado misturado a veneno
Sina de um sorriso traiçoeiro


EU GRITO!
Onde foi que me achei sem o seu  perfume?
Como foi que me descobri sem os seus costumes?

Seu inteiro repartido ao meio entre meus vazios
Meus pedaços estilhaçados pelos seus desejos desfeitos
Seu retrato emoldurado como prêmio de consolação
Meus recados esquecidos na devassidão do seu colchão

Surto frases de negação e desespero
Choro palavras de um amor incorrespondido
Culpo minhas decisões
Insulto meus segredos insanos

Falsos reclames de um amor sem paixão
Sangria que não cessa com o perdão do tempo
Ritmo descompassado de um coração apaixonado
Sangro tangos tristes recheados à desilusão!

andi valente

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