quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meia lucidez!

Há uma lucidez translúcida
ignorada pelos botões da minha blusa
entreaberta e com o peito desnudo

Eu repito que sou ignorantemente normal
aos olhos dos loucos das varinhas de condão
sou chamado: bobalhão!

Nas sombras das camisolas das velhas senhoras
ou dos calções dos seus equivocados patrões
loucura era pensar em querer ser algo que já o éramos.

Minhas virgens,
pensavam que pecavas na esteira de suas sombras
ou
nas histerias de suas ancas lascivas,
pensamentos descontrolados!

O verso encoberto da verdade me alerta,
eu me equilibrava mesmo
era na fonte de sua energia elétrica.

A revolução dos desesperados fez em minha sua trincheira
os delatores da incompreensão foram morar no meu coração,
eu fui gritar aos surdos de plantão: lúcido era o Pessoa, eu sou Normal!

Anomalias de uma normalidade recheada de marcas caras
transformadas pelas mãos de escultores dos tempos modernos
etiquetados nos armários vazios de sentimentos quentes;
-O tempo é frio e a temperatura vai enriquecer meus neurônios de ideias!

O chocolate derretido pelo azedumo do humor infeliz
só me faz engordar a força dos meus pensadores internos.
-A cabeça gira na gíria dos encantadores de ilusão!

Eu enlouqueço a minha lucidez com meus temperos de alecrim,
desfaço dos acasos ocasionados pelo mal uso do vocabulário
sinto o muito que não fiz por mim, mas não ligo
Sou normalmente um ser anormal
Talvez seja isso que me faça feliz!

andi valente


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