domingo, 29 de maio de 2011

Não Desisto de mim!

Vejo o nada dar as cartas no jogo da vida
Vejo sombras assombrarem o que me resta de sobriedade
As nuvens do amanhã já brindam meus sonhos
Sorrio na esperança de encontrar os segredos de qualquer enredo.

Vejo almas desesperançadas a procura de nada
Vejo amores batendo portas com palavras imaturas
Ouvi do tempo receitas prontas de amores que se prenderam
Sei décor o que não quero
Me confundo em querer o que realmente quero

Todos os segredos em busca do mesmo fim
Todos os finais querendo felicidade infinita
Não desisto de insistir em começar o novo
Nunca desisto de mim
Desisto não
Resisto
Sim!

Vejo  regras  regadas de intolerância
Vejo sonhos mortos pela ganância
Vejo olhos na escuridão
Vejo todos e não me vejo

Tempero o tempo com expectativas
Tempestades de esperanças que não cessam
Queria que todos os hojes fossem recheados de amor
Queria aprender a fazer agoras eternos de paixão
Queria o poder de produzir felicidades eternas
Queria tanto que não me contento mais com tão pouco!

Preciso me desprender dos efeitos do querer
Preciso desaprender
Preciso entender que as urgências sempre surgem do nada
Preciso não sofrer
Não desisto de mim
Desisto não
Resisto
Sim!

andi valente.


Esmo!

Vem o vento com a manhã
Vaso despedaço de uma esperança
Venho com as amarras de umas manhas
Velhos desejos de coisas vans

Sou esse problemático sonhador
Matemático contador de ilusões alheias
Enigmático pensador de soluções verdadeiras
Sou um som em meio a grita do mundo

E o amor vem ao encontro de minh¹alma
Fujo como quem foge de algo que não entendo
Miro corações errados
Escrevo canções que não tocarão ouvidos meus

Busco facilidades em conjuntos de frivolidades
Percebo que o erro começa nos meus anseios
Faço contas de multiplicar e recebo sempre o menos
Expectativas que se frustram a cada resposta errada

Há alguém
Que se esqueceu de outrem aqui
Estou perambulando a esmo
Confiando na direção do tempo!



andi valente




quarta-feira, 25 de maio de 2011

Perdido nos Caminhos!

Cavei buracos de  não me esconder
Semeei amor em desertos de solidão
Amei um mundo
Esqueci-me de me reconhecer

Plantei espelhos de não se ver
Espalhei esperança ao mar de criaturas
Amei o todo
Esqueci-me do quão simples era meu amor

Vivi vidas que não se completavam
Esperanças que desesperavam
Senti o gosto amargo do dissabor
Reflexos que não me sentiam
Senti o sentido de não sentir nada

Exagerei nos exageros alheios
Escorreguei nos limites em me limitar
Limitei as possibilidades de felicidade
Sufoquei-me antes mesmo de respirar

Colhi o que me impuseram
Recebi os pagamentos de não trabalhar
Amei os verbos
Substituído fui por adjetivos que pensei que não tivesse

Acalentei expectativas em constelações astrais
Preferi as genericidades em ser mais um
O comodismo da praticidade em me acomodar
Fui moldado aos moldes de uma sociedade insociável
Me associei aos ridículos
Ridicularizado e sem rumo estou!

andi valente



domingo, 22 de maio de 2011

LemBRO!

aCABEI DE
choraR as últiMAS palavras
mEu CORação
SoNha COM UM amor
PELA MaNHÃ
pARto para REspirAR
nOVOs Ares
Outro quaLquer
Mesmo QUE seja
só para LEMbrar
que não eSQUEci
ToDAS AS somBRAS
que SUAS soBRAS
ME FAzem!

andi valente


sábado, 21 de maio de 2011

reclamo!

Apodrecer-se 
contaminando sua própria essência,
como conceber um ser assim...
Pobre podre de sentimentos nobres
Pobre podre de pensamentos fúteis
O que esperar de quem sempre o melhor
de outro alguém espera sem nunca ser o melhor
para si mesmo?
O quê?


Desfalecer-se
enganando os minutos seguintes como se engana
uma existência toda,
trapaceando os espelhos alheios 
com a covardia de quem
se esconde dos próprios defeitos
ou escondendo o mau cheiro
aos quais nem os melhores perfumes 
disfarçam a sensação do azedume
Você não é assim ou é?


andi valente

Dramatização!

Eu frijo barrigas vazias
Você finge orgasmos múltiplos
Eu rio águas límpidas
Você emula traição
Eu intendo seus sentimentos
Você ausculta meus movimentos
Enquanto auguro seus ressentimentos
Você anela o vento com canela e pimenta do reino
Alfaio suas limitações
Você entabula novos ressentimentos


Sou insurreição de mãos frias
Interrogação em frases de exclamação
Sua calma altera minha impressão
Seu desdém interfere em minha conexão


Você zurze minha  inspiração
Despreza meu mutirão de reflexões abdominais
Sua farsa falseia minha ebulição
Sou alguém de lado em meio a sua crucificação


Você dramatiza
enquanto eu ironizo sua revolução
Somos dois narizes que empinam decepção
Bato palmas em nádegas de sua intenção
Enquanto você reza joelhos de satisfação
Somos restinga de ave-marias
Ruas tortas recheadas de poluição
Você ironiza
Eu solução
Enquanto tudo se harmoniza
Nós no tesão!


andi valente

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tico teco!

Entrei em greve parcial
Meu Tico deu um teco
Meu Teco ficou sentido
Meu Tico em atrito resolveu
ir pro Caribe em férias e me deixou só

Crise de abstinência pela insistência
Querer ser o que não fui
Ter o que já tive
E não querer mudar, resolveu partir
Desistiu de mim!

Teco chora prantos de alegria
A festa começa sempre na hora certa!
O tempo apressado já não esperava mais
Felicidade não espera
O Tico voltou e veio morar na favela

Pensa que o Teco deu sustento
Imagina a intolerância, isso vem desde infância
Um matando o outro e eu na solidão
Com essa discussão sem refrão, nem rima,
Sem razão!

andi valente!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Martelo

Minha alma não se contenta com respostas irreais
Minha arma não se satisfaz com balas de brinquedo
Minhas noites escrevem meus versos mais tristes
Meus dias não caminham rumo ao seu encontro, jamais!

Não sofro, pois nada tenho a perder
Perco, pois não tenho o que culpar
Acredito em qualquer um que se tem para acreditar
Não acredito, pois nada tenho mais para sorrir
Não sorrio, pois sou eu que não entendo o sofrimento
Sorriso falso esse que essa sensação me trás.

Não creio nas coincidências dos momentos
Nas conivências de aparências de necessidades
Fracassos denunciados em enunciados de obituários
Poeta de porta aberta
Choro ao som de palavras repetidas
Com o gosto amargo de novidades já vividas

Calado surto com a falta
Recuso discursos repetidos
Fiascos declamados em jardins gelados
Ramos de domingos renegados
Sal que salga a alma santa
Paraíso que não se encontra
Vida que não se canta
Paisagem que não se declama
Amores que não se exclamam!

Suspiro de um final feliz
Respiro de uma loucura louca
Delírios de uma coisa sem fim
Sentimento que chega
Prega  os pregos
E não revela o nome do Martelo...

Andi valente.




Não sei!

A lua de longe envergonhada se esconde atrás das nuvens
As ruas  às meias-noites relutam encostadas ao meio fio frio
Meus soluços dobro e guardo no bolso desesperado
E meus sonhos continuam debruçados na varanda de sua casa

Amor esse que não corresponde aos escritos antigos
Amor esse que passa batido no rastilho de um suspiro
Eu me culpo,  resisto, me engano, mas te amo
Perdão pela falta de paciência mas esse sou eu
Essência de baunilha
Momento que se vai
Pedaço de bom bocado ruim
Medo maldito da insônia que sua falta me faz

Sei que não sou nada parecido com o que parecia querer ser
Sei que não sou nem um pedaço de sentimento bom
Seu amor ainda é fruto de uma maça apodrecida
Seu calor ainda esquenta minha falta de juízo
Seu cheiro ainda acalenta meu olfato
Socorro!

Diagnosticado como apaixonadamente insano
Sigo colecionando dores de falsos amores
Signo desesperado que não acende minha lucidez
Te odeio, te mato, escrevo uma carta e morro
Sonho, como fazer com essa falta de sobriedade
Como perecer e envelhecer sem te ter
Soco o ritmo da sua melodia
Destilo ódio em sua capacidade de me desprezar
Não sei perder
Só sei amar!

andi valente.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tangos tristes!

Sangro ao som de tangos tristes
Lágrimas de uma sangria enraivecida
Tristezas que beiram uma loucura infinita
Sombras de uma paixão que corroeu tudo

As metades das laranjas apodrecidas
Desiludem meu propósito firme
Incêndios sem fumaça aparente
Queimam minha única chama de esperança

Rios que transbordam nossas mentes
Sonhos diluídos em doses de vinho seco
Leite derramado misturado a veneno
Sina de um sorriso traiçoeiro


EU GRITO!
Onde foi que me achei sem o seu  perfume?
Como foi que me descobri sem os seus costumes?

Seu inteiro repartido ao meio entre meus vazios
Meus pedaços estilhaçados pelos seus desejos desfeitos
Seu retrato emoldurado como prêmio de consolação
Meus recados esquecidos na devassidão do seu colchão

Surto frases de negação e desespero
Choro palavras de um amor incorrespondido
Culpo minhas decisões
Insulto meus segredos insanos

Falsos reclames de um amor sem paixão
Sangria que não cessa com o perdão do tempo
Ritmo descompassado de um coração apaixonado
Sangro tangos tristes recheados à desilusão!

andi valente

domingo, 15 de maio de 2011

Zeros!

Passei anos somando zeros
quantificando sentimentos
reclamando dividendos
usurpei meus próprios direitos
em benefício alheio

Os Zeros somados
me fizeram mais amargo
enriqueci minhas belezas
transformei meus prazer
não subi...

Poderia tudo
se antes pudesse entender
que o conjunto de tudo
não significa poder!

Somado fui aos zeros
nunca fui o bastante de mim
sempre fui distante de tudo
completo diferenças
não contemplo meus dilemas

Fui mudo na hora do adeus
fui tudo em hora exata
fui brasa em fogueira fraca
fui raso quando queria ir fundo!

Zerado pelos fantasmas
Fui tomando gosto pelo desgosto
Reescrevi meus medos
Senti a contragosto os efeitos.

andi valente

O espelho!

Onde estão as setas?
Ruas desertas
Dedos apontando o nada
Mapas desenganados de acertos
Cruzamentos exalando medos!

Onde estão os bons ventos?
Castelos derretidos a sangue frio
Gritos de salvação empatando decisões
Ecos que sussurram madrugas tortas
Segredos de sofrimentos murmurados
Com sabor de venenos saturados!

Em qual parte do caminho perdi o prumo?
Fiquei sem rumo...
Em qual  parte o que estava escrito se perdeu?
Apagado fui de mim...
Os restos foram  perdidos em trilhas sem fim
O espelho enganado pelo erro se quebrou!


Onde estão as pontes?
Errado os acertos foram dando vazão à rios de solidão
Os navios foram navegar em mares calmos
Meu porto seguro de inseguranças via de um tudo
Enquanto parado estava à espera da esperança não me vi!

Onde esta o bom tempo?
As nuvens esconderam meus sentimentos
Não consigo decolar em noites de tempestades
Não caminho  entre chuvas e espinhos
A passagem esta comprada
O  sucesso cheio de vagas
Não contempla minha espada!


Em qual parte do caminho perdi o prumo?
Fiquei sem rumo...
Em qual  parte  o que  estava escrito se perdeu?
Apagado fui de mim...
Os restos foram  perdidos em trilhas sem fim 
O espelho desenganado pelos fatos concebidos se matou!

Quem se importa  com feridas expostas
Se as chaves já sangravam em nossas portas
Quem se importa com novos ares
Se a poluição de nossas mentes já produz sementes
Quem se importa com  tinta fresca
Se as frescuras já dominaram nossas certezas!
Quem se importa com o certo ou o incerto
Se a diferença entre o erro e o acerto é o tamanho dos nossos medos!
Quem se importa com o melhor possante
Se as curvas do caminho não nos permite ir adiante!


Em qual parte do caminho perdi o prumo,
fiquei sem rumo,
Em qual  parte  o que  estava escrito se perdeu,
apagado fui de mim ,
os restos foram  perdidos em trilhas sem fim 
o espelho desenganado pelos falsos destinatários se suicidou!

andi valente






quarta-feira, 11 de maio de 2011

MORRI VÁRIAS VEZES!

Eu morri várias vezes
e recomecei
tantas outras

Me desfiz de conceitos
compreendi tantos defeitos
entendi algumas e desentendido fui
tantas outras

As horas se foram
me vi outrora sem rima ou freio
agora vejo o ritmo determinado do fim
tanta pressa e muita promessa
um tanto quanto sem querer

Acreditei nas variáveis
nos viajantes e nos imponderáveis
creditei créditos em muitos
desacreditado por tantos fui

Foram bandidos os amores que vivi
recebi reclamações inconcebíveis
concebi desamores desorientados
tantos foram os amores que amei
que perdi oportunidades de amar o
próprio amor verdadeiro, eu!

Morri
mortos foram os risos
matei todas as fadas
enterrei sonhos vivos
mortifiquei minhas cruzes
durante o caminho

Deleguei poderes
adiei certezas
decidi ter indecisões
medos e opiniões

Esqueci-me de viver
morto vivi até o dia
que descobri o quanto
simples era ser feliz!

andi valente.

domingo, 8 de maio de 2011

Devaneios!

Levei minhas armadilhas
recarreguei meus pulmões
sai dos meus armários
revestido com a amargura da derrota
parti rumo ao incerto Dia de decisão!

Nossas batalhas sempre foram duras
palavras intempestivas sugerindo uma indecisão madura.
Razões cobertas de chocolate quente
amanhecidas ao lado do despertador, seis e quinze de uma manhã,
qualquer dia serve como desculpa para adiar o inevitável!

Nossa guerra limpa de sentimentos sujos precisava de um desertor
nossos generais já não traçavam estratégias,
nossos olhos desviavam toda a atenção
éramos desertos cercados de lagos por todos os lados
Decidíamos sempre achar que não seriamos capazes de seguir, sozinhos!

Os nossos traidores sempre se arrependiam depois de uma noite de amor mal dormida
mas a realidade não suportava tanta distância
os recreios eram preenchidos com esperanças sabor criança,
nossa tolerância havia acabado.
O respeito foi colocado na lata do lixo, foi o fim!

Não foram as tentativas que falharam, ninguém falhou
Simples quando um jogo termina empatado
cada um segue seus próprios passos,
os erros são remediados
os errados remendados
e o amor dilacerado segue a procura de um par perfeito
que seja sua morada até o próximo devaneio!

andi valente.

Promessas

Fui ao velho dicionário procurar significados
para meus questionamentos de amores inconstantes
Busco respostas prontas para novos problemas
tempestades que transbordam meus copos de ansiedades

Nossas costas quentes resfriadas no calor de nossos sentimentos frios
nossas equações sem resoluções aparentes
resultados díspares de vidas que não sabem explicar suas coincidências!

Quando tudo parecia ser o que todos queriam acreditar
o descrédito inundou  minhas certezas levaram-me de assalto
todas as convicções e retirou-se você do meu radar.


Como acreditei nas suas incertezas por tanto tempo?

Como não me olhei de frente ante a catástrofe aparente?

Nossas fichas foram apostas certas
errado foram nossos pensamentos
erramos em achar que poderíamos não errar
acreditamos que nos contentaríamos somente com promessas.

Prometemos amores que não tínhamos
Promessas esquecidas pelos ideais de vida
Sofrimentos alimentados constantemente com palavras mudas
Sentimentos sentidos pela negação do amor
beijos perdidos procurando paixão!

As nossas somas não foram suficientes
para diminuir nossa divisões
Multiplicamos nossas intrigas
Resolvemos não resolver nossas diferenças

A decisão em não decidir me fez chegar aqui
Olhar e sentir o quanto poderia ter sido
se não fosse a falta de compreensão!
E as constantes promessas não cumpridas...

andi valente.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Relembra!

Os rochedos encravados no mar do meu peito
ficaram trêmulos ao se deparem com suas ondas,
relembra?


Os riachos logo rolaram ribanceira abaixo
os rostos logo colaram beijo adentro,
relembra?


As fases do seu luar fizeram morada no meu porto
as estrelas do seu olhar mudaram meu discurso morto,
relembra?


As nossas fogueiras foram feitas de vaidades alheias
as nossas brincadeiras eram sempre perfeitas,
nosso humor foi dedilhado no piano de um poeta mistico
nossa história foi descrita com o sabor das melhores colheitas
eu não dizia que te amava...
Eu sentia cada palavra
cada suor exalado
em nossos gemidos gelados,
sentia o suspiro
de delírios profundos
o ardor dos gestos
o  instinto...

Onde você estava que se perdeu do meu olhar?


No meu dicionário
a única descrição para a palavra AMOR é:
AMAR!

Eu amei
só isso que lembro
é isso que respiro,
nessa caminhada ao encontro dos meus venenos
sangro ao som de eternos movimentos
onde bailam sentimentos efêmeros
efemeridades de uma paixão
amores que não se contentam com um fim
que persistem mesmo ouvindo não...
Feliz eu fui
feliz serei
ontem chorei
hoje escrevo
amanhã...

Felicidade serei!



andi valente





domingo, 1 de maio de 2011

Outonos!

Nossa canção ecoa fundo
desfaz da minha sensibilidade
arranca lágrimas  as escondidas
apaga meu sorriso
sussurra ao meu ouvido
momentos que não consigo deixar esquecer!

Noites calmas não eram a dos nossos outonos
loucuras das sobras que me restaram
dos caminhos que percorremos sorrindo,
brasas que se apagaram
sentimentos que vivem incandescentes
prestes a fugir dentro de mim!
Agarro-me a eles como se agarram tesouros
preciso de você em mim,
para saber que ainda existo,
mesmo que o você não preencha mais os nós
da nossa canção!

Segredos que perdemos juntos
paixão que construimos abraçados
nas manhãs de todos os outonos,
palavras que se faziam presentes nos nossos gestos
gostos que se cruzavam apenas com o olhar.

Onde nos deixamos perder?
Onde foi parar a graça do seu amar?
Onde perdemos a tara de nos amar?

Queria não desejar,
queria trilhar as sombras do seu destino
fazer parte de qualquer parte do seu mundo
queria continuar, mas não consigo
como faço para seguir sem o gosto dos seus
beijos?

Se o fim fosse tão claro, porque me debato
com a escuridão que não me faz  perder você!

Saio curando feridas, abrindo crateras,
descobrindo outros mundos,
mas seu cheiro continua aqui
continuo a te querer,
mesmo você, onde quer que você esteja, longe!

Ontem  prometi que o nosso hoje seria eterno
Me perdi.
Continuo procurando um nós em outros outonos
mas além de não te ver,
não consigo me encontrar
não consigo ser metade inteira
que complete outra alma que não seja a sua.

andi valente.