domingo, 5 de junho de 2011

De Graça!

O sinal vermelho estava lá
As suas barreiras estavam nas calçadas de suas calcinhas
Meus medos enfiados no meio dos fios de seus cabelos
Os cruzamentos cruzados entre suas pernas e as minhas coxas
Suas meias buzinavam meus sapatos
Suas orelhas emparelhadas as minhas, gritavam euforia
Seus olhos não desgrudavam dos meus dedos
Seus beijos reclamavam:
Quero o melhor de você em mim!
Nossas disputas seguiam o amarelo picante
Nossas noites intermitentes sempre floresciam nosso fogo
Fogueira essa que queima nossos colchões de solidão
E as vagas na rua estavam sempre vazias quando deixávamo-nos amar
O amor estava estacionado debaixo da placa explícita do proibido
Teimávamos em reinar nas vagas vagando sempre contra o mundo
Contrariávamos as setas, amávamos as incertas 
Estacionados nunca ficamos, a chuva varria as decepções
O asfalto era nosso tapete de alegrias incontidas
O seu umbigo instigando meus instintos
Seu sorriso lindo ria de tudo
Nossa alegria era poder sorrir 
Amo amar suas correntes de eletricidade
Sua tensão em meio à multidão
Nosso amor no meio do meio do seu roupão
Eu sigo assim de bobeira fazendo a vida sentir o que sinto por você


andi valente!


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