quinta-feira, 23 de junho de 2011

Retórica!

As fogueiras que queimam minhas calmas,
incendeiam minha alma.
As crateras  entreabertas de sentimentos nulos,
emudecem meus sorrisos mudos,
Os rios que carregam minhas lágrimas,
transbordam  minhas fraquezas sólidas,
Tórrido sofro de morbidez congênita,
A beleza  represada no voo de meus olhos,
morre pela indiferença tua
...

Silenciosa
a falta  me assalta toda  noite,
Olho seu rosto estampado  em nuvens negras
Vejo nossos ruídos se dissiparem
Descubro,
que você é exatamente como eu,normal,
Isso me choca,
Fiz castelos pra te proteger
Sinto agora no seu fragelo minha super proteção,
Despejei  esperanças nos seus desejos
Enquanto você desejava somente comungar momentos meus,
Refleti todos os meus sonhos em espelhos teus,
Esperei de vocè o que não doei de mim,
Criei  sonhos solitários
Na esperança de partilhar comigo,
Esqueci-me de entender os motivos com os quais
 Seus sonhos não se pareciam com os meus,
 Sua benevolência sempre me seduziu
Mas a minha sedução era conquistar você
Com as minhas imposições,
Perdidos, fomos ficando pelo caminho 
...

Projetei todos os conflitos ,
Nas paredes dos seus ouvidos
Rejeitei suas desculpas carregadas de falhas minhas
Orgulho esse que me faz menor,
Maldito medo que não me deixa andar!
Sou cria de escolhas minhas,
Percorri estradas esburacadas,
Construí minhas próprias dificuldades
Soterrado pela síndrome de poder,
Tenho tudo,
Mas perdi você,
Não me dei valor
Como esperar reconhecimento seu?

Algoz do nosso amor
Não peço compreensão pelo  que se foi,
Queria entender nós dois,
Sem antes ou depois,
Queria uma oportunidade pra refazer o caminho perdido,
Não queria preencher lacunas com as desculpas de sempre
Sou sempre o mesmo
Mas de um jeito diferente
Ontem fui inverno
Hoje  sou calor,
As certezas com as quais derrotei o nosso amor
derreteram,
Agora tenho respostas diferentes para os meus dilemas,
não mudei,
O que mudaram foram os sentidos que dei aos dias
Sobrou em mim valentia,
A covardia que se escondia
Nas decepções que maquiavam minha idolatria
Perdeu-se em mim,
Agora refeito
Redescubro antigos defeitos
Aperfeiçoo novos medos,
E digo aos espelhos do tempo,
Que vivo descobrindo amores
Dentro do peito!

andi valente

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