sábado, 18 de junho de 2011

Vela acesa!

Uma vela acesa
Alguns papéis queimando em vão
Sofrimentos que não saem do espírito
Novos ares precisando de espaço para dançar

As horas escorregam no meu desentendimento
Desculpas batem palmas pra minha insônia indecisa
Não caibo dentro  de meus próprios ressentimentos
Vou construindo milagres pra enganar os fins de mês

Queimam meus conhecimentos nessa selva de cimentos
Planto minha alma em algum desses postes sem sustento
Grito meus silêncios debaixo de alvenarias recheadas de ventos
E a voz embaraçada canta as mesmas ladainhas de descontentamento

Vou escorrer minhas roupas  em sombras sem venenos
Dependurar meus medos nas trilhas do tempo
Vigiar as noites na espreita de amores verdadeiros
Vencer os segredos que os dias teimam em revender como seus

Eu,
Amo amar eu,
mesmo,
que esse eu esteja longe
do eu que sonhei pra mim!

andi valente


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