domingo, 20 de fevereiro de 2011

Desigual.

Sei que a navalha que corta sua alma
foi produzida nas fábricas das minhas mentiras
sei que o rancor que exala do beiço da sua dor
foi a falta dos beijos meus.


Minha palma distoa numa banda de sua bunda boa, muito boa,
errado sempre,
acerto o jeito das flores no jardim que perfuma sua lembrança
lembro que as lembranças são causas
não motivos de sua insônia.

Sei que não soube subir e gritar ao mundo o urros dos seu amor
os ecos dos meus defeitos sempre falaram alto, altura tanta que
pela distância desproporcional,
paguei pedágio para deixar isso ir e fui
perder os gemidos nas tramas de outras camas
de outras nem tão damas,
fui...

Acordei sem a sua culpa
sem suas desculpas
sem o seu belo horizonte
no meu porto alegre, feliz por assim dizer,
sabado sem o seu discurso
domingo de almoço regado a prato rápido
desigual,
feliz por ter encontrado a rota do meu próprio ritual
virtual,
sim meu jeito de ser feliz e
longe dos seus braços,
Graças a Deus...


andi valente.




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