Vais ao caos como se remete o leme ao fundo
vens do norte como as tempestades de verão
sem os rumos sigo em direção a perdição
sem os teus minha bússola para, como um infarte
infame e traiçoeiro sem aviso prévio.
Vens de encontro ao meu porto e salva-me do esgoto
vias de salvação imunda desse escroto poço de súplicas
cresce como crescem minhas esperanças num fim lírico
não rejeitas a única via que me desvia do dejetos
dessa mente vagabunda que me leva ao encontro
das sarjetas.
Vai,
encontrar quem perdeu seus desejos n'outro lugar
vem,
me deixas sair dessa prisão maldita
ao qual sou refém desse martírio de ilusão
e de solidão com o qual não consigo dialogar,
socorre-me!
A estas horas quem poderá entender
os afagos que esperei ter
e as tristezas que esperei curar com você,
ninguém vai compreender as amarguras de um coração
combalido nas guerras desse amor descrito com letras pincelada
á sangue.
Vai agarrar outra alma que esteja a espera de seus milagres,
deixa eu expurgar minha própria raiva
nesse purgatório de almas rejeitadas,
deixa eu salvar as luas e os céus
dos próximos poetas,
deixa eu pagar as promessas dos amores
que foram prometidos,
deixa...
Quando vejo os olhos das promessas estampandas em rostos
de quem quer que seja
sofro de amores tortos e pedidos rispidos,
lágrimas não cessam no meu caminhar
rumo a qualquer altar que esteja pronto a me acolher,
sou fraco para as certezas
sou fraco para o amor
sou fraco,
para ser forte qualquer hora dessas
...
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