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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

calos nas mãos!

Sou um arteiro
poeta, metade resto
metade frente

sou um artista de massa fálida
ator de teorias repetidas
amor de folga nas calças

sou calor que transpira suas camisas
suor que mobiliza suas virilhas
refresco que mata suas fedidas

pessoalmente não gosto de mim
exagero na dose
forço um porre de boa sorte

queria ser namorado
marido, virgem, convertido
"namorido"

queria me experimentar primeiro
para não vender um produto com defeito
mas pelo risco de não gostar, abdico do pleito.

não sei se saibro
não sei se celcius
não sei se silício
não sei se sobrevivo
não sei ser subalterno.

acho que pessoalmente
só com lente de contato
ou com qualquer outro artefato
para não haver decepção pelo fato
de não ver seus olhos fartos.

Um metro e setenta  de puro prazer
pode matar você com uma caneta na orelha
ou com uma lata de cerveja, tampa de guaraná
presa em cima da mesa ou sei lá um rolo
de papel manteiga.

Sou enigmático, sei
sou problemático, quanto
salva
se você quiser
se seu dinheiro der
pois tudo tem um custo em mim

desde o começo há uma fração
de inflação dentro do marfim
qual o preço de sua salvação /:?
Então,
um pedaço de pudim...

beijo
carinho
e atenção
e um punhado de pecado
nos calos da mão...

andi valente.

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