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sábado, 13 de novembro de 2010

Nós...

A pressa apressada cruza minha estrada
a calma exagerada acalma minha alma
a palma inacabada reclama desesperada
no meu jardim de flores flácidas,
há uma rua sem saída dentro de mim.

Eu assim,
paixão recolhida pelos lixeiros da madrugada
canção escondida nas noites mal amadas
sol apagado entre nuvens acinzentadas
pega pegado nos lençõis da sua casa.

Você assim,
sol de verão que arrasta a multidão
chuva de outono que afaga meu coração
frio de inverno que aquece os meus desertos
sorriso febril que a primavera floresceu.

Eu e você,
nunca existiu nenhum de nós pra falar de amor
na paisagem mais bonita não há uma só lembrança nossa
as fotografias amareladas se um dia existiram, eu não me lembro mais
e fogo que comia solto, se apagou
e a chama que ardia tanto, se apagou
e rima que rimava os prantos, se apagou
e o grito que gritava tanto, se calou
e o riso de risadas tantas, se perdeu
e o amor que era teu, foi-se embora
e o amor que tu me tinhas, nem memória.
Nossa história esta gravada numa esquina
dessas que passamos todo dia
onde a paciência vai embora
e o amor que outrora ria
agora chora...

A pressa apressada cruza minha estrada

a calma exagerada acalma minha alma
a palma inacabada reclama desesperada
há uma rua sem saída dentro de mim.

andi valente.

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