Que ódio do avesso das minhas amigas sombras
que raiva do começo dos meus recomeços sóbrios
que tédio dos meus medos e das minhas traições mórbidas
que nada, logo vejo o futuro e esqueço de tudo.
Quem era aquela menina de vestido marfim olhando pra mim
quem era aquela primavera com flores tão amarelas dizendo sim
de quem era aquela quirela de ração no fundo da panela
de qual aquarela de suas telas vou me lembrar,enfim.
Quantos anos faço no final de cada ano sem lembrar o fim
quantas janelas embassadas fizeram minhas histórias em noites de lua nova
quantas vidraças quebradas foram forjadas,
mas minhas mentiras jamais foram perdoadas.
Quantos nomes do alfabeto já serviram de identidade
pra esquentar as camas na minha mocidade,
e hoje escondem outra realidade que não quero, enfim, compactuar.
Quem...
Quantos...
Sou convertido
pelos meus próprios sacrifícios
a esquecer os esquecidos martírios
do meu vício de amar o mar
e nunca saber onde isso ia terminar.
Água salgada atiça fogo nas minhas preguiças
água doce amolece os ebós do meu feitiço
água mole em minhas minas
petrifica as duras sinas
sinaliza os meus vespeiros
de novas águas cristalinas.
andi valente
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