sexta-feira, 26 de novembro de 2010

EÓLICAS de sobras...

A tempestade traz um gosto amargo de lucidez para meus sonhos tristes.
Das muitas verdades que as lágrimas me trazem, a única que não consegui provar foi você.

Dentre todos os medos que tenho, a ventania que transpassa meus sentimentos não te contempla.
Os risos de outrora foram trocados pela melancolia da marcha fúnebre que se alojou nos nossos corações.

O vento dá enormes gargalhadas que assombram meus cabelos e me deixam em desespero.
A ventania não quer mais a companhia de um velho adorador de amores fracassados.

Vindes amor de ventos brandos
vindes amor de ventos bravos,
coração de alma insana, afastai-vos,
vindes ventania em águas brandas
vindes ventos de bonança.

Oh! Vento...
Sopra o sofrimento de alguns momentos pro lado de lá de qualquer vendaval.
Sopra os ressentimentos para um lugar onde não haja tempo para ele me achar.
Sopra as maldades do tempo pra alguém que possa me ajudar
sopra vento
sopra tempo
no meu coração
sopra
amor
onde não vejo solução
sopra sementes de ventos
sopra carinho
sobras de bons sentimentos
sobra um pouquinho
sobra...

andi valente.

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