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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CORRENTEZA!

Há um rio de águas pálidas
entre o brilho do seu sorriso
e a escuridão do meu martírio
onde navegam minhas tristezas
em noites turvas de solidão.

Há um rio de águas claras
de nascente intermitente
onde se vê o sol poente
em longas tardes
de um triste escurecer.

Há um rio de águas frias
escuras e sombrias
onde encostas seus encantos
em sono brando e derradeiro
de soluços delirantes.

Há um rio de águas mortas
entorpecidas por coisas nossas
novidades inóspitas e sem sentido
onde cultivo nosso fim,
um velho perdido em água rasa.

Há  um rio de  leito seco
temperado com o desgosto do meu ego
e a fraqueza de sua alma,
água que não vinga mais no nascedouro
não corre mais em nossas veias.

Velha correnteza de sonhos ideais
triste insucesso de vidas irreais
o rio que me comove são as lágrimas
empossadas nas encostas clássicas
da nossa natureza morta.

andi valente.

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