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terça-feira, 30 de novembro de 2010

cruzamento

C
r
u
z
A
M
E
n
t
                       CRUZAMENTOTNEMAZURC
t
n
E
M
A
z
u
r
C

pode?

Não é possível,
ou olha às horas
ou me deixas ir embora,
o passatempo do vento
se perdeu nas cortinas da ante-sala,
o labirinto do tempo foi corrompido
pelos estilhaços das luminárias na calçada,
ou seguimos o mesmo caminho
ou cada um prega o seu próprio destino.

Não há lágrimas de solidão
o que há é conformismo demasiado
entusiasmo travestido de pessimismo
centenas de sentenças empilhadas no armário da cozinha
poeira colocada nas prateleiras do quarto de dormir
e o sofá da sala não revela os segredos
dos nossos beijos
perdeu-se o encanto,
me sinto um solitário
quero de volta a paixão que você fez ferver aqui no peito
quero de volta um tal você,
que não era esse tal
que agora se cala diante do tudo
e exclama barbaridades sobre o nada,
quero minha alma de volta
quero amar você de novo,
pode?

andi valente.

domingo, 28 de novembro de 2010

o MEDO

O medo silenciou meus gritos
trancafiou o mar das emoções
e arrancou-me o desejo de sorrir
independente dos beijos teus.

O medo atravessou as tempestades
de minha alma insegura
alojou-se num canto do coração
entristeceu o meu caminho
em lágrimas.

Mítico medo medonho
tristonho medo hediondo
telúrico medo estranho
entranhas telúricas que dominam
o interno indigesto do meu gosto ruim.

Despretensioso
medo
que o
sol dissipa
no âmago do meu eu
...

andi valente.

sábado, 27 de novembro de 2010

esturricado...

Chorei a felicidade
e as velas no escuro
foram testemunhas
da rara noite de alegria.
Dualidade maldita
seco de tristeza
como os galhos
esturricados ao sol
das madrugadas.
Gritei a dor do amor
e os doutores das causas alheias
me diagnosticaram louco
varrido...
Doido
doído
louco
enlouquecido
mas
não digo
onde foram
as lágrimas de felicidade
eu guardei
e perdi a chave
não faço questão de encontrar
loucura
que só eu quero ter o prazer
de provocar
eu
louco
se
co
es
tu
r
r
i
c
a
do
...

andu valente...

vem!

O minuto escorreu entre os vãos dos meus medos
e percebi que não conseguiria suportar a dor
de não te ter outros minutos necessários
para compartilhar com você o meu amor.

Não
posso aguentar tua falta
sofro
volta, vem viver aqui
vem passar o resto dos minutos comigo!

Choro todos os minutos
não faz o que fazem os bandidos
seja sempre o primeiro
a reconhecer o seu erro
vem fazer do meu desespero
um alento sem sofrimento.

Não
faz de novo, não
saiba que o amor que sinto
não está nas palavras
nem na força da minha emoção
está na minha alma
dentro de uma caixa lacrada
onde só você tem a senha.

Vem
matar a saudade
vem me matar de prazer
vem me tirar essa ansiedade
vem,
e me faz feliz...

andi valente

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

EÓLICAS de sobras...

A tempestade traz um gosto amargo de lucidez para meus sonhos tristes.
Das muitas verdades que as lágrimas me trazem, a única que não consegui provar foi você.

Dentre todos os medos que tenho, a ventania que transpassa meus sentimentos não te contempla.
Os risos de outrora foram trocados pela melancolia da marcha fúnebre que se alojou nos nossos corações.

O vento dá enormes gargalhadas que assombram meus cabelos e me deixam em desespero.
A ventania não quer mais a companhia de um velho adorador de amores fracassados.

Vindes amor de ventos brandos
vindes amor de ventos bravos,
coração de alma insana, afastai-vos,
vindes ventania em águas brandas
vindes ventos de bonança.

Oh! Vento...
Sopra o sofrimento de alguns momentos pro lado de lá de qualquer vendaval.
Sopra os ressentimentos para um lugar onde não haja tempo para ele me achar.
Sopra as maldades do tempo pra alguém que possa me ajudar
sopra vento
sopra tempo
no meu coração
sopra
amor
onde não vejo solução
sopra sementes de ventos
sopra carinho
sobras de bons sentimentos
sobra um pouquinho
sobra...

andi valente.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Se tudo terminou...

Se tudo terminou
porque sofro se foi melhor assim?
Se tudo terminou
porque sua existência continua aqui latente?
Se tudo terminou
e nossa essência  resiste
onde está você que não existe nos mesmos
lugares de antes?


Se tudo terminou
porque  não me deixas caminhar sozinho...
andar a esmo entre os espinhos
errar meus passos, cruzar meus caminhos,
viver sem você
não sei se consigo...

Se tudo terminou
não há razão para prolongar a dor
as respostas que eu tinha não te interessam
as perguntas que se faziam pertinentes
hoje não me lembro se quer das interrogações...

Se acabaram as faltas
se acabaram as cobranças
se acabaram os medos
se acabaram os receios
só as lembranças não se acabam...

Se acabar era a solução
acabado estou,
dilacerado
incompreendido
machucado
a minha solução
era você
é você
será que é difícil entender?

Se tudo terminou
vou dar cabo de mim
mesmo que
assim
seja o
fim
.
.
.

andi valente.



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

e?

Um cavaleiro das trevas e sua amazona
no fronte do deserto coberto pelo destempero da raiva
e seu ermitão com sua ermitoa
recrutas da fatigada guerra dos farrapos molhados.

E?

O seu pardal e dona pardoca
numa briga no meio da "padoca"
e o general e sua generala
desfazendo maus entendidos da gentália
despida e com a genitália à mostra...

E?

O sandeu não se rendeu aos encantos de sua sandia
o tabaréu entristeceu com a partida de sua tabaroa
o zangão, zangado ferrou meio mundo
 pelo sumiço de sua abelha querida.

E?

A pulga pulguenta caiu matando em cima da cadela
que se viu obrigada a dar umas unhadas no cachorro,
cão danado cansado do nada,
marido inerte da esposa  da família do vizinho,
pai da mãe e homem da mulher,
filho da filha
parente do incompente
parentesco do sobrinho,
primo da prima , sobrinha
do enteado magrinho.

E?

O baleia e  a caxarela foram casar em alto mar
e a episcopisa presidiu a cerimônia
pois o bispo constirpado ficou no bote a ver navios,
o padrinho jabuti e a madrinha jabota
por parte da baleia,
e o veado e a cerva parentes
da caxarela,
deram início a festa do acasalamento.

E?

O plebeu se apaixonou pela pigmeia
que amava um rapaz ateu
que era fissurado numa plebeia
que gostava do hebreu
que adorava uma boa europeia
que tinha uma quedinha por um pigmeu
gamado pela fama da ateia
que era fã de um poderoso plebeu
que queria mesmo uma sacanagem com a hebreia
que morreu antes de casar com o europeu,
e eu?
...

E?

O marajá com tanto maracujá na cabeça
entrou em atrito com a madrasta
de sua enteada enfurecido com as fofocas
que cairam no ouvido de sua marani amada
e
o parvo com sua parva rumaram sem destino
a procura do padrasto, patriarca do clã
das murissocas enterradas como paçocas
desenganadas e desidratadas pela fama
de malévolas...

e?
O
dom
da dona
era um sem vergonha
inveterado,
tinha muitos dons, mas o melhor
era ter ludibriado a dona
até a hora do falecimento
do querido perdigão
e sua eterna perdiz
padrinhos de casamento
dos pombinhos do capitão
invejados pela capitã
e
vejam só
parentes bestas
da mula e do burro
casal feliz no encerramento,
nada sabiam,
nada queriam
não nadavam
só amavam,
burro com suas bestinhas
e a mula com suas mulinhas...

Ô casal feliz!

E?
não sei...

andi valente.

SAMBA DU LOKE

No país do carnaval só samba quem tem dinheiro
Apesar das circunstâncias muitos sambaram mesmo sem ter DINHEIRO
O país só fala de carnaval em fevereiro,mas só vê quem tem DINHEIRO
nÃO ASSIsTO  carnaval por moléstia grave
eu prefiro o sambar do VENTO AO tempo SEM dinheiro
de modo algum sambas como eu sambo
Eu danço conforme a música, prefiro ///////''''''''''''''[];.,[];.,[];.,[];.,'''''''''''''''\\\\\\\\\\////////\\\\\//
SAMBA


संबो
मम्बो
മമ്പോ
సంబో
  1. VERIFICAÇÃఓ
  2. INICIALIZAÇÃఓ
  3. TRANSLITERAÇÃఓ
  4. ENGANAÇÃఓ
  5. CANSADÃఓ
  6. MARIDÃఓ
  7. GOSTOSÃఓ
  8. TARADÃఓ
  9. FANFARRÃఓ
  10. NARIGÃఓ
  11. CANASTRÃఓ
  12. BARRIGÃఓ

ZZZZZZ

Zim
         bá
                bue
                      Zan
                                    zan
                                               do
                                                   zi
                                         gue
                         zague
                                               ando por    ai.
                                                   .
                                                    .
Z
a
b
u
m
b
a

   z
       o
           r
       o
         ástrico
                   Zodiáco
                                                                           zuei
                                          ra nossa de cada d
                                                   i
                                                     a
                                                        dia
                                                  
                                z
                                          
I                                  G
                                                                              z
a
                                Z
                                     
         AGUE

                                                                                 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

COM E SEM!

Eu sem você sou zero
com você sou muito além do tudo
eu sem você sou mais um
com você sou todos, acima de tudo.

Eu sem você sou espécie ruim de um ninguém qualquer
com você sou razão para todas as desculpas boas do meu coração
eu sem você sou flores sem jardim
com você sou um mar sem fim.

Eu sem você sou má vontade de dia
com você sou boa vontade todo dia
eu sem você sou isso tudo que não se quer ver
 com você sou de tudo um pouco que todo mundo quer ter.

Eu sem você não sou
com você, sou além
sem você nem sei
com você, sou tudo.

Eu sem você sou noite nublada e choro triste,
com você sou além do céu em disparada ao paraíso,
sem você sou isso, um talvez daquilo tudo
com você sou isto, uma certeza absoluta.

Eu sem você,
um completo vazio,
com você,
completamente preenchido.

Somos um eu,
dois teus
três meus
quatro sonhos nossos
e um quinto de cesto de lixo
no  sétimo com varanda
e um oitavo de camas
minhas, nonas tuas
é a décima esquina que choro
o nosso desencontro
monótono.

Eu sem você respiro
com você transpiro,
sem você desisto
com você me inspiro
sem você resisto
com você existo.

andi valente

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

medo...

Se algum dia eu disser
frases de amor, me interne
não em sanitários convencionais
mas no fundo do teu coração.

Não se espante com quantas falácias
andam manchando meu nome por ai,
se preocupe quando eu não conseguir falar
o seu nome tantas vezes quanto necessário.

Se algum dia te disserem
que eu não te amei todos os dias
reflita,
minha vida segue suas sombras
e meu coração bate descompassado ao som do
seu sorriso.

Não se espante com as mentiras das invejas ditas
sigo o caminho do seu perfume
não faço atalhos com o seu amor
nem retalhos dos meus sentimentos
somente sigo.

Medo de não ter o seu sorriso
medo de não ver os seus olhos
medo de ter e não te compreender
medo de não ter e morrer sem você
medo das lágrimas que percorrem meu ser
medo da secura do amanhecer
medo,
medo esse que dilacera minhas entranhas
medo que me faz crescer
medo que me faz amar o canto das madrugadas
medo,
muito mais do que o medo de amar
é medo de não ter certeza de nada, que vivo
a ter medo de não ser eu o porto certo para
suas inseguranças,
as lembranças boas para suas noites de sono quente
a fortaleza das suas fraquezas
medo,
que me da certeza que o medo de amar
não pode ultrapassar o limite do imponderável
medo crescente
medo
me
do
MEDO...

ANDI VALENTE

CORRENTEZA!

Há um rio de águas pálidas
entre o brilho do seu sorriso
e a escuridão do meu martírio
onde navegam minhas tristezas
em noites turvas de solidão.

Há um rio de águas claras
de nascente intermitente
onde se vê o sol poente
em longas tardes
de um triste escurecer.

Há um rio de águas frias
escuras e sombrias
onde encostas seus encantos
em sono brando e derradeiro
de soluços delirantes.

Há um rio de águas mortas
entorpecidas por coisas nossas
novidades inóspitas e sem sentido
onde cultivo nosso fim,
um velho perdido em água rasa.

Há  um rio de  leito seco
temperado com o desgosto do meu ego
e a fraqueza de sua alma,
água que não vinga mais no nascedouro
não corre mais em nossas veias.

Velha correnteza de sonhos ideais
triste insucesso de vidas irreais
o rio que me comove são as lágrimas
empossadas nas encostas clássicas
da nossa natureza morta.

andi valente.

sábado, 20 de novembro de 2010

Precisei

Precisei chorar
e falar que não amava
o meu maldito espelho,
precisei olhar e ver
as lágrimas escorrerem
entre as sombras
e os meus desejos,
precisei sofrer e entender
que os meus pedaços
não são inteiros
quando os seus inteiros
me deixam inteiramente
despedaçados,
precisei de você e voei
precisei chorar e corri
precisei olhar e sorri
precisei precisar o
preciso medo de te amar
e te amei,
amei até derreter
as salinas das salivas,
o céu da minha boca
derreteu,
os sais das lacrimejantes
noites quentes, queimaram
o ardor da falta,
faltou você no dia do começo
acreditei,
amei,
rezei
e aqui
parei,
acreditei,
amei,
chorei
e aqui
parei...
Precisei as consequências
dessa dor tamanha
só não precisei o tamanho
do nosso amor,
precisei do seu amor
e tive medo,
precisei do seus erros
e tive, dedos,
precisei do seu sim
e tive:
-Não te conheço!
Parei,
precisei
precisar,
precisei
de você
e quando tudo parecia
apareceu o receio
apareceu o seu eu por inteiro
apareceu o que parecia
um lanche no recreio
embrulhado pra presente,
apareceu o tamanho
do seu passado recente
e nosso amor
foi parar nos porões
onde não tinha espaço
não
tinha...
Precisei do seu passado
e ele disse sim,
precisei do seu futuro
e um talvez no escuro
esse foi o meu
recomeço...

andi valente

Nada mesmo!

É
sentado no quadrado
estavam nossos passos marcados
ao ritmo de salsa, merengue e tristezas.

Malogrado sonho caucasiano
malogrado peso indefeso das línguas amargas
o café mal passado passeia ao som de tango
e do maracarrão al dente.

Incrédulos malévolos sedentários céticos
sucumbam aos métodos erráticos da ignorância
mórbida
foco ignorante e torpe das suas latrinas de refrigerantes
sórdidas

Pessoa pergunta se poesia boa tem que ser ruim
Pessoa pergunta se poesia boa tem que rimar no fim
Pessoa pergunta se poesia boa tem que ter meio, começo e fim
Pessoa pergunta se perguntar ofende o meu português ruim.

Pessoa...
Ora Pessoa...
Pé soa assim do nada e no fim,
pessoas não se preocupam com o português
elas hoje estudam mandarim,
o nariz assoa afim de se livrar do ruim
mim que estava encrustrado no marfim
das peças da minha áurea pura, surubim (foi pra rimar)
ei
que
tá lá
da
nado
por
fim
e eu
te
i
m
o
em ser feliz
sem fim
vem
coisa ruim
que te mostro o
assim...

andi valente

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eólicas exageradas

Megalomaniaco temporal desmedido, desprovido de infortúnios sísmicos
devasta os arredores dos corredores nórdicos do meu passatempo sádico.

Megalópole intransigente, correria desmedida de transeuntes inconsequentes
megalopolitano de conversa fiada atravessada nas galantes calçadas molhadas.

Vertedouro megalômano, vértice furada de teorias conspiradas nos portões da alvorada,
reticente macromaníaco morador da encruzilhada do vendaval, número octogonal.

Ventila o meridiano setentrional, localizado nas fachadas retas do obliquo posterior,
ventila minhas calcinhas,
ventila minhas galinhas,
ventila minhas axilas,
ai, ventila, as têmporas do ancião comedor de mamão!

Ereto baixo, careca sapeca lavador de cuecas e de pererecas sem pressa,
louco bandido que leva minha carteira aos quartéis generais de ventos perdidos.

Pastéis da feira da mãe Joana, caldo de cana e uma gelatina de meia porcelana,
loucura da fazenda do ventilador de teto e do cobertor de sofá empoeirado.

Venta, garanhão
venta o vento do aumento do seu sustento,
venta nas fuças da negra que te alimenta com o suor do seu lamento,
venta vagarosamente até uns oitenta,
assopra o vento dos humildes,
sopra as velinhas do centenário das decepções dos seus degenerados
solitários decendentes de loucos putrefados nos armários das academias de letras,
academias de xaropes,
academias de neuróticos musculosos
que mostram o biceps como entrada
e saiam de fininho, sem saída...
Vento
venta
logo
que
quero
ir
embora...

andi valente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EÓLICAS DO TEMPO.

No quase nada vazio redomoinho de sentimentos ciclicos do meu coração,
sopra uma brisa intermitente que esvoaça minha saga por novidades perenes.

No quase tudo sempre cheio rodamoinho dos meus pensamentos frequentes
bate um remorso de vento, que toma conta do tempo e não me deixa ruir.

Em quase tudo que faço não há um nada presente que me alegre incondicionalmente,
em quase nada que vejo, tudo o que sinto é um desprezo constante pelas almas beligerantes.

O sopro que aventa possibilidades do fim,
ventila ventanias verdadeiramente impuras
sobre vendavais que outrora destelharam
todas as sobras da minha reputação ruim.

O vendaval de armadilhas costuradas pelos pés-de-ventos que tomam de assalto minhas janelas
descarrilham o trem da vida no subúrbio do mundo em que coadunam meus submundos.

A tempestade que chega arreganhando a  saudade que não cessa a possessa criatura indefesa,
arrebenta os medos dos temporais de trovas e serestas que meu coração desconversa.

Vento, vento, vento...
Trás de volta o vento que se perdeu com o tempo e me levou embora meus bons sentimentos.
Vento, vento, vento...
Atrás de ti ressentimentos, junto a ti confusão de sentimentos, frente a ti imensidão e um punhado de
tormentos.
Vento...
Vento...
Vento...


andi valente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cansei

Cansei de falar da lua
cansei de falar do tempo
cansei de falar do dia
cansei de falar noite

Minha vó dizia que quanto mais vivia
mais tempo sofria
meu pai dizia que quanto mais cedo bebia
mais tarde dormia
minha mãe dizia que quanto mais esperava do dia
mais das noites se queria
meu irmão não falava, com silêncio explicava
que tantos dias e tantas noites
eram amigos do tempo
e a lua era
testemunha do seu desespero incerto.

Cansei de falar do dia
cansei de falar da noite
cansei de falar do sol
cansei de falar do tempo.

Meus amigos não diziam muito
só compravam,
esperava os dias e não me viam
esperava às noites e se escondiam
esperava às luas e não sorriam
esperava os sóis e nunca podiam
quando me dei conta o tempo fez
de conta que não era comigo
e levou todos para não sei lá onde.

Cansei da lua e sua postura
cansei do dia e sua ternura
cansei da noite e suas frescuras
cansei do sol e suas queimaduras
cansei do tempo mas ele não cansou de mim.

Meus colegas
esperavam a lua para cortar o cabelo
esperavam o dia para pedir dinheiro
esperavam a noite para irem ao terreiro
esperavam o sol  para pescar amores
não esperavam que o tempo não tivesse
tempo com suas loucuras intermináveis.

Cansei da lua
cansei do sol
cansei da noite
cansei do dia
cansei do tempo
mas ele não cansou de mim
casei com o tempo
e ele me fez assim.

andi valente.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

interrogação!

Sou verborrágico e nostálgico
sou analgésico e anti-térmico sistêmico
sou endemia de hipocrisia na sacristia
sou fluído de freio contra desejos doidivanas
sou

és amanhecer nublado em trânsito congestionado
és correio de voz deselegante e irritante
és tudo que queria ser depois de uma noite de prazer
és fotossíntese climática do meu eterno ser
és...

é, você foi o que eu queria de um dia de felicidade incontida
é  o  recheio do bolo repartido ao meio em dia de criança
é o primaveril octagenário solstício enluarado do frio
é  o riso matemático em horário errático
é sim
e é não,

somos feitos de oposição e de oposição somos feitos a despeito dos nossos defeitos
somos cisão de oportunidades incompreendidas nas cagadas das noites sofridas
somos decepção de um dia de decisão, derrota anunciada e confirmada
somos nada
somos tudo
somos eu, você e o ridículo vagabundo dono das minhas ignorâncias

eres, hereges hermitão, escritores conjugadores do verbo alheio
eres encrenca resolvida com um tiro nas encruzilhadas vividas
eres malemolências mortas e amarrações de amor atrás das hortas
eres vós mesmos os donos dos meus desejos de veraneios,
eres, os mesmos?

Então seremos salvos  no último dia da paixão?
Então,  onde está o que seria e onde está o que realmente gostaria, onde então?
Então, então e então onde estamos  ao final das contas?
Então, caro leitor cara leitosa onde estão, aqui não estão, aqui  estamos?
Então...?

domingo, 14 de novembro de 2010

politica de boa vizinhança!

oooOOOOO  tenho que agradar o cachorro também?
oooOOOOOOOOOO TENHO que agradar as galinhas também?
oooooooOOOOOOOO TENHO que agradar as madames também?
oooooooooooooOOOOOOOO tenho?
Se tenho que ser correto, azar dos in
eu sou assim incorrígivel
sou do barulho
da
dor de rock exposta nas crostas das minhas costas

das cuecas expostas no varal do meu quintal
sou desrazão de viver entre semelhantes
sou um parto de ambulantes procurando
e não encontrando partes de si mesmo,
sou vazão de sentimento represado nos acentos da sua pornografia
maldita, escrita com letras de arrogância,
sou palavrão cumprido comprimentando coisas suas,
sou
espasmos solitários entres as vírgulas do calendário
sou inalação exagerada
sou overdose controlada pelos dedos da sua espada
oooooooooooOOOOOOOO SOU EU MESMO
OOOOOoooooooooverme vegetal
oooOOOOOO sou rock nacional, sou lua, sou mercado municipal
sou fato
sou mato
sou espinho
sou fetiche
sou bateria regarregável
sou guitarra garganta
sou contra, sou baixo,
sou sonho alto
que nunca termina
sou inquestionável
sou sim
rock pesado que perturba sua fauna
oooooOOOOOO ESGOTO
ESCROTO
MAROTO
ARROTO
GAROTO
RIMA RUIM DENTRO DE MIM.

andi valente.

LOKA!

Você acha que eu esteja mentindo?
Se você achou que eu estava, errou
eu lamento que chovesse tanto no seu jardim
se a culpa foi minha, perdão.

Ela vai reclamar até que alguém ouça
visto que chove muito por aqui
vou levar minha escola de bambas
aos botequins de um rock stock assim.

Eça começou a chorar à beça
em latim e o cachorro da Socorro
nem ovo frito fazia do mambo
que irritava os vocais de jasmim.


Perigosa, essa vaca em latim.
Venenosa, essa praga no pudim.
Ardilosa, esse vento no carmim.
Talentosa, era a marca  que enfim.

lOKa
loca
loca
LOKA
sua boca
rouca
loquinha
locona
louca
louça
loka
oka
ok
a
fim...


andi valente.

Feio!

Há nós simples imortais nobres
feios por defeitos de nossos antecessores
desastre natural de uma vida,
o que nos resta?


Encher a cara e meter as caras atrás de uma boa noitada.
Encher a pança de comilança, e não ir a balança, jamais.
Encher o saco do nosso amigo bonito para ver se ele descola uns restos mortais.
Encher o cesto bisexto do nosso lixeiro para não observarem a beleza do nosso regime.

Há nós simples morais da carnificina
feios detentores de prêmios irreais
desastrados seres descendentes do acaso,
o que nos afeta?

Roupa 36 se o nosso modelo é 50,
roupa apertada se a nossa moda é folgada,
roupa descolada se a nossa moda está sempre atrasada,
roupa colada na barriga tanquinho, pois colado aqui mesmo só os regimes curtinhos.

Feio que é feio mesmo
toma coca-cola
da porrada na escola
liga de motorola
enche os bate-papos com lorotas
faz churrasco a toda hora,
feio que é feio mesmo
coça o saco de joelho
arrota no recreio
esquece a chave do outro lado da porta,
nunca está em dia com a moda
adora um fone de ouvido e uma moda de viola,
um feio não tem defeito
se ser feito feio já é um defeito completo,
feio
é feliz por natureza
morta,
feio
adora uma torta
um prato à moda
uma pizza de gorgonzola,
feio só é bonito
onde ninguém enxerga
nem o vigário
é um segredo bem guardado
só nosso mesmo,
feio é um tesão sozinho
no escurinho
sem luz e de fininho
feio é ambição
e sofreguidão
ser feio é sofrer por antecipação
é
ser ponto de referência com frequência
é
ser exagerado mesmo quando está na medida,
é ser
desejado
do lado do avesso
ser feio é estar sempre do lado contrário
na contra-mão da opinião
é ser vento forte contra tempestade
ser chuva fraca em tempo de enchente,
ser feio
é ser forte
ser feio
é ser obstinado a ser bom,
ser feio
é
ser humilde por determinação
e é ser vencedor
por opção.

Felicidade de feio já nasceu enrrolada na maternidade,
Felicidade de feio abra a porta e vai embora, morta de susto,
Feliz o feio que se dá por satisfeito sempre com o pouco que tem,
feio, mas feio mesmo, é ser bonito e ter preconceito de si mesmo.

andi valente.

sábado, 13 de novembro de 2010

PORRA!

As vitrines
do meu
sexo inquieto
explicitando
tédIO DE PORRAS EXPLICÍTAS


Os redomoinhos
dos cabelos
do meu ânus
fétido
esperando
um rogai por nÓS
cético...
E AS PORRAS NÃO VOAM.

O suor sincero
das trepadas do sexo
na hora final da sorte
trepo, meto, meço
tripa, reto, orgasmo métrico,
o ângulo azul dos seus lábios
internOS.
Porra pequena que o tempo passa
e cristaliza, porra do nada, porra !

Quero sexo oral
saliva na cabeça do meu pau
quero um metro de galinha morta
um canção na minha porta
e a guerra da genitália aberta
quando você, antes do nada
tudo dentro de mIM.
PORRA GOSTOSA QUE TOMA
MINHA VESTES, QUE VESTE
MINHAS SOMBRAS,QUANDO
TOMBA AS PORRAS DO MEU
MASTRO PERDIDO ...

O eterno, só paz no cemitério
o etério clérigo angelical
e sexo em cima do clitóris
do defunto amigo, quero
violação, quero violão
quero cantiga de drama
fio terra,
chama,
fio terra,
clama,
fio terra,
ama,
fio terra,
mama,
fio terra,
gama,
fio terra,
sonha a voracidade da
língua mordaz
que faz o amor ser
um pedaço de laranja cor
de dOR.
pORRA, pORRA.
FRUTO QUE DESCE A FRONTE
QUE MEDE A SEDA
DA SEDE DA GOZADA TROCADA
PELAS CARAS E COROAS DAS
MOEDAS TÉTRICAS.

Gozo o gozo do amor
faço a metida medida certa
faço a calça entre aberta
de uma virilha maldita
despida de vergonha
entupida
faço
inferno
faço
sexo em troca
dos trocados
faço solidão
faço ilusão
faço compaixão
faço nada
faço coisa alguma
só não faço eu
de novo
faço tudo
só não faço amar-te assim
entranha RUim.

Porra de porra nenhuma
moderno cibernético
dentro do meu eco,
sem destino certo
porra que porra é essa
que cola na minha testa
e descola a minha festa
Porra
eu quero
porra
de porra
nenhuma
já fiz de tudo para abandornar-te
mas meu dedo mindinho colado ao
médio
faz sexo sem porra virar programa de
televisão
porra
por
porra
sou a minha porra
que empobrece os méis
os  sóis
os nóis
porra que porra é você,
que me enterra vivo
que me degenera
PORRAAAAAAAAAAAAAA
sou hora final
da nossa morte
sou letal do nosso dia
sou hora fatal
do nosso feto
sou porra de nada
do nosso tudo
P
O
R
R
A

!
andi valente.

Perdão!

Perdão pelos erros de ocasião
que errados hão de pesar uma vida
perdão pela pequena falceta, mentiras
perdidas que somadas hão de pesar a vida toda
perdão pelo erro sem juízo e sem vício
que eu fiz sem saber no quanto errado era o erro.

O remorso que dói aqui dentro
sufoca os pensamentos e as teias do arrependimento
me deixam sem fala e sem voz para a dor que sinto
essas lágrimas me sufocam pois não tem volta o que fiz
perdão não serve como ocasião para o meu erro,
triste choro derrotado que tenho
sofro por estar morto dentro de uma redoma
onde todos olham o meu lado bom
e eu só vejo o meu lado sincero, um mau funesto
que toma conta
que sangra
que morre cada vez que lembro o mau que corrói aqui
o mal que fiz a mim.

Socorro, perdão
perdão pela mentira pequena
pela brincadeira delinquente
que hoje me tornou um monstro
de todos os erros recentes.

Se existe pena, não tenham
se exite dó, não mereço
se exite cruz, carrego
se existe dor, eu quero
se exite ódio, eu preciso
pra suportar esse eu que caminha
caminhos estreitos
estranhamente distintos
eu quero pena de morte
para a minha sorte,
quero pena de morte
para o meu sol quadrado,
quero pena
pra quem tem pena de mim.

Eu só vivo para ser testemunha
que não se sobrevive sem pagar
as pragas que eu fiz
sem jorrar o sangue que fiz jorrar
sem matar os corações que  fiz morrer,
viver não serve
como desculpa
serve de constatação que solidão
e perdão nunca se casam, nunca.

andi valente.

vivo? Fevereiro depois de Janeiro no RIO..

A vida de solteiro é sempre de fevereiro
onde começo meu cativeiro
regime,
fome,
desespero,
eu não quero minas, quero um fevereiro
com  sobras do feijão tropeiro.

Fevereiro mês que parece um ano inteiro,
se fevereiro falasse eu já teria assinado o casório
ou o divórcio, comprado um consórcio ou até
quem sabe namorado meu sócio.

Como bom mineiro deveria ter olhado o mar
de fevereiro passar,
mas nunca passei um fevereiro no Rio de Janeiro
e dizem que fevereiro
é melhor que o ano inteiro
só quem passa um puta fevereiro
pode ferver o ano inteiro no Rio de Janeiro.

Adoro um rio que comece em janeiro
e jamais termine em fevereiro
por isso que esse mês é tão curto
dura tão pouco, vale o ditado escrito
tudo que é bom dura pouco,
por isso não vejo março chegar
odeio abril se abrir
ou maio malhar
ideia eu não tenho como fevereiro não terminar
só imagino
o quanto seria cretino
se você não aproveitasse o rio
antes que as àguas de março viessem a acabar com
o sonho de um fevereiro inteiro.

O rio é poético
saga de janeiro, pleno fevereiro
não é pra malandro mineiro
é pra gastar o tempo inteiro
ouvindo a banda passar
a loira queimar
a praia fervilhar
o samba sambar
o jeito menino mineiro
moleque  festeiro
que me contagia o ano todo
a saudade de voltar a fevereiro
e ver a mulata sambar...

Fevereiro não é pra qualquer um
é amor sem igual
é paixão nacional
é dia de carnaval
é quarta-feira de cinzas
é porta bandeira
comissão de frente
é gerente indecente
crente que a festa julina
pode ser festa febril
antes de um abril
no fevereiro que desabrocha o meu
amor
no fevereiro que conto os meus segredos
no fevereiro que me entrego ao
riso do rio
ao janeiro matreiro
no fevereiro que sou eu inteiro
no fevereiro eu vou até o outro mês
todo dia
pois alegria
que eu sinto nesses dias
só noutro fevereiro de um verão
inteiro
Amo o Rio de Janeiro
a barca, as flores
amor de carioca
brota
conquista
amarrota
amor de carioca
não suporta idiota
o rio
jamais seria
feio
pois tem janeiro
colado a fevereiro
e um carnaval
inteiro
de amor pelo
Brasil inteiro...

andi valente

Nós...

A pressa apressada cruza minha estrada
a calma exagerada acalma minha alma
a palma inacabada reclama desesperada
no meu jardim de flores flácidas,
há uma rua sem saída dentro de mim.

Eu assim,
paixão recolhida pelos lixeiros da madrugada
canção escondida nas noites mal amadas
sol apagado entre nuvens acinzentadas
pega pegado nos lençõis da sua casa.

Você assim,
sol de verão que arrasta a multidão
chuva de outono que afaga meu coração
frio de inverno que aquece os meus desertos
sorriso febril que a primavera floresceu.

Eu e você,
nunca existiu nenhum de nós pra falar de amor
na paisagem mais bonita não há uma só lembrança nossa
as fotografias amareladas se um dia existiram, eu não me lembro mais
e fogo que comia solto, se apagou
e a chama que ardia tanto, se apagou
e rima que rimava os prantos, se apagou
e o grito que gritava tanto, se calou
e o riso de risadas tantas, se perdeu
e o amor que era teu, foi-se embora
e o amor que tu me tinhas, nem memória.
Nossa história esta gravada numa esquina
dessas que passamos todo dia
onde a paciência vai embora
e o amor que outrora ria
agora chora...

A pressa apressada cruza minha estrada

a calma exagerada acalma minha alma
a palma inacabada reclama desesperada
há uma rua sem saída dentro de mim.

andi valente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

invertebrado...

eu sou um animal


racional

invertebrado

nos meus movimentos

cerebrais

que de tanto tentar

acaba tentado

a ficar calado

um tormento
 
esse sofrimento
 
do silêncio
 
que eu carrego
 
no bojo do meu insucesso.
 

caquis

Eu comigo mesmo
aqui do lado dos meus caquis
amarelos e vermelhos
meio amargos
meio meigos
doces caquis inteiros
amargos aquis
regressos outonos
vermelhos
saídas de banhos
amarelo caqui,
e eu
sem meios
pras roupas
vermelhas do espelho
meios amarelos
de constrangimento
vermelho de ressentimento
e meus caquis
aqui
no meio do meio
enfim,
o fim?

Enfim,
os
caquis
doces eu já perdi
só os verdes ainda
continuam aqui
os caquis meigos
se perderam
os amargos
eu não perdi,
e o fim,
enfim,
o fim, não vi...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PALAVRAS DE CONSOLO

Dói
                            GRANDE
                         Só tem essa cor...

EU QUERO MAIOR (puta mesmo)

                              gosto de coisa grande (viado então)

 esqueci a vaselina
                             será que eu aguento...

tantas coisas entre o meio do meu umbigo e o meio dessas coisas todas,

loirinha/durinha/bonita/sensual/auauau
D
Ó
I

M
A
S

E
U

GOSTO E MUITO

TEM MAIOR NÃO MOÇO?

EXAGERADO
JOGADO
AOS TONÉIS
EU SOU
MESMO
UM
PINGUÇO
INVETERADO

e o consolo
que horas
que entra
que horas
sai
?
Ai consolo meu
que consola
a consolação
de uma vida toda
consola
a hora
funesta
consola
a dor
incerta
e deixa
o prazer
ENTRAR!

andi valente..

uma palavra de consolo!

foda-se!
FODA-SE

FoDa
-
Se

VAI
SE
FODER

FODA-SE
FODÃO
FODA
FODINHA
foda-se
com
ou sem
camisinha

F[O]DA-SE

EU
FODO
  TU
FODA=SE
ELE
COITADO
SE FUDEU
NÓS
FUDEMOS VÓS
QUE FODEM
FODASTICAMENTE
ELAS
FODA-SE

ADORO.
ANDI VALENTE.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bateu/bati

Ninguém sabe
o que eu sei
que tu sabes
sobre a sabedoria
das minhas fantasias

Ninguém sonha
sonhar com os nossos
pesadelos, muito pouco
para sofrer dos eternos
atropelos o dia inteiro

Queria que o dia derretesse
pra  que ninguém,
tivesse tempo
pra se meter com o meu horário
de verão o tempo todo.

Ninguém sabe o que eu sei
que tu sabes
sobre a sabedoria
das minhas fantasias

é
mulher
sonha
que
o teu
mal é
sonhar
acordado

é mulher
sonha
que
sonhar

faz seus
pecados
faz seus
pecados

é sonhar
com meu pesadelo
pesado

é,
erra
o meu sonho
sonhado
pois o seu
pecado
eu comi deitado
com você abraçado
aos meus pecados

andi valente

Julia e Marcelo

Julia,
Marcelo,
MARCELO,
JULIA,

ju,
lia
mar
cielo,
selo
do mar
lia
ju...

JU
é
MAR,

celo
é
lia...

Mar
de
Marcelos
judia
Julia

Julia
e os céus
de Marcelos
lia
as estrelas
e os selos
da lembranças
más
que mais Marcelos
não faz.

Ju
lia
e
sofria

Marcelo
morria
dentro de suas
próprias águas
más e frias

enquanto
Julia sorria
olha o mar
esperando
Marcelo
um dia
voltar...

Prego

Prego paz aos
Postes carnais
Prego  passos aos
Passeios pontilhandos

Prego enferrujado
apregoa pressa
prega e empresta
preponderantemente, se entrega.

Prego os pregos
que restaram entre
o recomeço do término
e o início do princípio.

Prego os restos
das restingas marambaias
prego uns trecos nas
festinhas  às madrugadas.

Praga
de
prego
preguiça
que impreguina
problemas.

Prego que impreguina de problemas a Praga preguiça
Preguiça de problemas que o prego impreguina as pragas
Problema que os pregos preguiça de pragas impreguinam
Impreguinam as pragas prego que o problema  preguiça.

Prego paz
aos postes de carne
que se iluminam com a arte
do meu linguajar...

andi valente

Seria...

Tem hora que dá uma vontade de ir embora
tem hora que a hora não passa
o relógio não vaza
e você se escapa.

Tem dia que dá uma vontade de voar
tem dia que ouço às nove horas orar
o moço não chora
e você se enrrola.

Se a poesia fosse o meu fermento
seria um Golias
seria um
seria...

Se a poesia fosse três vezes ao dia
seria meu alimento
seria meu
seria...

Se a poesia fosse oração a toda hora
seria minha alegria
seria minha
seria...

Se fosse um amigo meu
ou minha amiga fosse,
seria, seria, seria
se não fosse, seria...

andi valente.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

conjugação1

Eu
vi,
tu vieste,
ela
meio que
não
veio,
nós computamos
os fatos,
de que
voz
fostes dada,
elas viram
que nada
é ocasião
de um tudo
nunca em cima
de murros.

andi valente

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

metade

Metade do meu eu não vê, metade do que sou seu, é cega,


as metades que me completam não me olham,

as metades que eu quero ver não te enxergam,

como um amor pela metade pode ser inteiramente cego? Como?

QUEM...

Que ódio do avesso das minhas amigas sombras
que raiva do começo dos meus recomeços sóbrios
que tédio dos meus medos e das minhas traições mórbidas
que nada, logo vejo o futuro e esqueço de tudo.

Quem era aquela menina de vestido marfim olhando pra mim
quem era aquela primavera com flores tão amarelas dizendo sim
de quem era aquela quirela de ração no fundo da panela
de qual aquarela de suas telas vou me lembrar,enfim.

Quantos anos faço no final de cada ano sem lembrar o fim
quantas janelas embassadas fizeram minhas histórias em noites de lua nova
quantas vidraças quebradas foram forjadas,
mas minhas mentiras jamais foram perdoadas.

Quantos nomes do alfabeto já serviram de identidade
pra esquentar as camas na minha mocidade,
e hoje escondem outra realidade que não quero, enfim, compactuar.

Quem...
Quantos...
Sou convertido
pelos meus próprios sacrifícios
a esquecer os esquecidos martírios
do meu vício de amar o mar
e nunca saber onde isso ia terminar.

Água salgada atiça fogo nas minhas preguiças
água doce amolece os ebós do meu feitiço
água mole em minhas minas
petrifica as duras sinas
sinaliza os meus vespeiros
de novas águas cristalinas.


andi valente

tempo...

Meu coração bate desesperado
o homem do tempo previu
sentimentos em oposição ao vento
temporais em busca dos meus bens materiais.

A moça que esta marcada no meu destino
ficou presa no engarrafamento
não teve tempo de ouvir a previsão
prefiriu o ritmo da chuva ao amor do meu
bom tempo...

Sigo com o caminho fechado
granizo e mal tempo me tiram o bom humor
eu fico na espera, de uma capela
meu porto seguro e uma sentinela
a garota do cruzamento não me deu bom dia
nem tempo para falar dos meus sentimentos;

corro
contra o tempo
as rusgas
e a ruga da maldita poluição já me contaminam
e ninguém me ouve
ninguém me olha
ninguém...
nem a moça do tempo faz previsão de amor
com exatidão
e o tempo com pressa vai
mesmo que eu peça ao tempo
paz, vai um pouco mais devagar
eu quero viver um amor sem hora pra acabar,
mas a buzina do carro atrás não quer que eu
pare no farol vermelho,quer que entre no amarelo
fico verde de vergonha com tanta rapidez dos
meus acontecimentos,
queria viver um minuto toda hora, mesmo
vivendo sem horas para um novo suspiro...
Moça que horas tens agora,
tem horário marcado na minha agenda
pra uma nova paixão
será...
ninguém me ouve
ninguém tem tempo
mas todo mundo vê o tempo correr
e não faz nada pra isso não acontecer
isso  me deixa inseguro...

andi valente

domingo, 7 de novembro de 2010

versão brasileira, FAMA!

Vou fazer uns versos modernos
falar de amores impossiveis
escrever livros para os escritores
de auto-ajuda esquecerem que eu existo,
descrever sonhos indestrutíveis
ganhar dinheiro mole no duro que vez em quando sobe,
 sem tirar sarro do bolso pobre.

Vou falar mal de quem não conheço,
pois os que conheço grana não tem,
de graça nem sobrenome faz sorrir,
grátis só se for debaixo da catraca do metro
quadrado do objeto desejado,
pelos marmanjos marombeiros
farofeiros das praias e de apelos sem peito.

Vou pastar nas campinas dos pastores
que gritam nas esquinas
todos os horrores dos sem pudores,
vou escrever meu nome no céu
montar uma igreja e fazer meu sino
tocar a certeza
dos espertos
que furam filas por quaisquer besteira.

Vou ser pop, versão popular
para a descrição de Pobre
Odeia Pobre,
e não admite o quanto pobre é.
Você já percebeu como nós mortais adoramos uns imorais
imortais que fizeram tantas quantas asneiras como nós?

Vou prestar vestibular
prestação pra comprar um tanquinho em promoção,
e fazer sucesso com minha barriguinha
que economiza água tratada pois não
uso camisinha
pra mostrar o quanto custa ser bonito
às custas de uns tantinhos de gana.
[e olha que ser moderno era ter máquina de lavar roupa suja
de bocas impuras.

Preciso tirar meu nome do prego
pregar salvação alheia
ganhar uma loteria inteira
de mangueira
manga que dá na feira
e se presta para limpar lágrima
de pessoa honesta.

Faço o diabo com metade do que mereço
imagina com um terço inteiro
iria ser pedreiro
terceirizar meus defeitos
seria tudo tão perfeito
será que teria graça se o mundo não tivesse
nenhuma desgraça em que acreditar.

Quero cem gramas de grana
pro meus burros passarem
pasto verde de esperança
pros meus seguidores
confiarem seu dinheiro debaixo do meu colchão.

Quem ter um kilo de peito pelado
promoção do mercado ao lado,
quem quer poeminhas
com receitas de bolos de cenoura com chocolate,
quem me quer sem grana e com chulé
se meu cacho de banana nanica
não da pé pra quem quer.
Quem?

Cansei de fazer nenem,
pego emprestado umas fitas usadas
e gozo com os urros dos coitados
que ficam pelados
e fazem dos livros de cara
um passaporte pros meus sonhos
eróticos
eu me amo a medida que conheço o escambo
dos outros seres humanos.

Não sou perfeito mas estudo com afinco a
perfeição da moderna identidade
ficar parecido com alguém
é a receita pra ganhar fama
grana e com sorte sair livre
da cana dos azarados insubordinados.

andi valente

Passado...

Passei de passagem
e vi o passado parado
formulando questões cuja
respostas a ninguém importa.

O passado passou ao meu lado
deu de ombros aos meus ouvidos
fez da fina linha uma lembrança rouca
na embocadura de um maracujá.

Passado fiquei com as cobranças de criança
de sonhos que nunca sonhei, dos sonhos que
jamais desejar pensei,
sonhar viver nem pensas,
passado, duro é enterrar um passado amigo meu.

Passei de lado, mas o passado danado
emparelhado com o meu fardo pesado
corre apressado pra ver se não faço conta
das promessas que  pago.

Andei cansado com esse passado que me deixa injuriado.
Andei de braços dados com as marchinhas de soldado.
Andei até o passarinho sem recodações odiosas de outrora.
Andei à passos largos, andarilho à procura de um melhor passado.

Cansei do passado fazer sombra nas minhas sombrancelhas ranhetas
pecados passados em ferro à querosene
passado que gosta de roer osso!
Parece cachorro atrás de uma boa carne de pescoço...

Passado o seu tempo passou
minha paciência findou
meu presente não te pertence
meu futuro é segredo de estado
detergente que emerge entre os larvas-louças
e as sementes plantadas nas reticências
do meu passado recente...

Passado quem pensa como tu
que fica se mostrando ao espelho
queixando-se das trocas minhas
das opniões que tivera
e hoje pudera sou livre
passado que não pertenças
em mim passou
e só deixou sequelas...


andi valente.

pijamas pendurados ao chão!

Que amor é esse que casa comigo escondido
vai beber com os amigos e me deixa perdido

que amor que fala na cama,
sorrisos de quem ama
me engana na curvatura da pia
dentro dos meu pijamas.

Quem é esse amor que diz que o ditado
deitado
não respira, sofreguidão de amor de ocasião
quem fala que o amor que sai da cama
na cama fica, grudado na lembrança.

Quando é que o amor de quem  ama
só deita na cama pra fazer sexo de geladeira
leite no ninho batido expresso e rápido
pra não derreter fora do armário, quando?

Quem é trocado por um motel se ama?
Quem se troca por um tonel, não ama?
Quem trocado por uns trocados se troca, ama?

Eu sozinho na minha cama sem pijama
sou melhor ou pior
de quem com pijama deita na cama
sozinho fica e não tem fama?

Anagrama da solidão solitária de quem ama
que deita entre as chamas cobertas nas camas
e reza despido de amor coberto pelos incertos
pijamas loucos pendurados ao chão...

andi valente.

tri local paraíso/barra funda/marginal

Vou dar um guento no meu tormento
vou consolar os nascidos no paraíso
antes do pré-natal de parto normal
no céu da brigadeiro,esquina de marginal.

Nascidos marginais presos nas escuras
barras imundas dos tribunais,
desço no terminal em movimento
meio caminho entre a barra funda e o vento.

Centro de decisões nervosas, sigo o caminho das rodas
rotas bandidas de marginais em duas rodas polidas
ou quatro rodas servidas de serviços de escolta
preferidas entre margens munidas de câmeras escondidas.

A base do paraíso marginal
fica na barra mais funda
da minha calça de marca oriental
sem etiqueta e com preço promocional.

A funda base do paraíso
sem  barra própria ou marca original
segue sem rumo nas mãos
dos pequenos ambulantes em direção às margens naus.

E no local um acidente marginal
paralisa a passagem entre o paraíso
e a barra funda ,imensidão de muamba imunda
que inunda a margem local e  afunda
sem saída nenhuma.

andi valente.

sábado, 6 de novembro de 2010

Rio da eternidade!

Rio

que nasce num doce novembro
enche com o verão que começa em dezembro
transborda com as cheias de janeiro
ferve com o carnaval de fevereiro
março de um amor inteiro
abril sedente aos seus desejos
maio o rio corre mais depressa
pra que o inverno que em junho começa
não esfrie nosso sentimento
junho sem promessas
julho depois das festas eu caso com você e as cobertas
em agosto espero seu aniversário chegar
pra em setembro podermos comemorar
e ver em outubro as flores da primavera se abrirem
e o doce novembro novamente chegar e eu te beijar e comemorar
os anos que vamos ficar até a eternidade acabar

acho que to começando a te amar
hum...1
hum....2
dois
3
4...
to fazendo o tempo andar devagar pra nossa eternidade não acabar

andi valente

Poesia de 4 mãos de 4 na madrugada.

É engraçado como o mundo para quando estou a conversar com você, é como se nada tivesse importância.

-O que importa?
-As horas tortas?
-As ruas mortas?
Quem bate a porta não tem importância pois a prosa dos seus versos calam meu mundo adverso do outro lado do deserto.
-Você não tem jeito, me deixa sem jeito;
eu sou maria mole,
fico aqui em banho-maria
derretendo os meus medos, choro.
-Não chore, me de um abraço, me beije e durma do meu lado,
abraçados seremos fortes, aproveitaremos o tempo frio,
para juntos nos aquecermos,
enquanto dormimos, acordados ficamos cheios de vida,

eu fiz meus pensamentos cederem
eu só entrei para ver se lhe encontrava
nessa nossa ilha de pedidos
na madrugada de um dia chuvoso

me fiz presente em você enquanto você caminhava em mim.

Nas palavras transcridas
tão belas quanto bonitas
eu aqui antevendo o momento
de poder sentir todo o sentimento
contido naqueles verbos escritos
e  todos os seus adjetivos

há vida dura de ser vivida,
duro é não ter o endereço antes do nascimento,
sorte saber que sempre existiu
você nos meus pensamentos
matéria viva lapidada pelo senhor do tempo.

Eu quero concretizar e transformar os pensamentos em realidade
e poder tocar tua carne e tudo que te contorna

consuma por hora o meu desejo
não faça do atropelo um sentimento sem volta
faça de cada momento um tempo único
faça de cada palavra
um toque
e de cada toque do teclado
um beijo
e de cada beijo um desejo maior em tê-lo.

As lacunas que existem
são parte de mim
você não completa
você é o que não tenho
se tenho você
tenho o melhor eu de mim mesmo

sem ti as frases ficam soltas
quase caem no esquecimento
você é o que nunca sei que precisaria ter
é tudo que não imaginava que um dia iria precisar ser
é todo meu eu sem ser eu

penso que se te beijar estarei  a beijar a mim
penso que se pensar
acordo na madruga fria com frio na barriga
assustado em não tê-lo ao meu lado.

Seja um pouco mais de mim
quero tudo
quero tudo dentro de mim
te quero,
quero
o sorriso risonho
o olhar melódico
quero
ficar sem palavras no começo
no meio
e no fim
quero
atitudes
saltando fora da boca
gritando
me deixando surdo
com o silêncio que sua falta
faz mesmo sem saber que te conheço

você me faz sentir vivo.

Eu daria tudo para fazer poesias
só com nossas telepatias
isso já me causa arrepios.

As letras da sua caligrafia
gravadas nos meu lábios
e sua escrita descrita nas minhas linhas de expressão
sua jovialidade em cima do meu colchão

quero você completando meu verbo ser
quero aprender a não prender
quero entender como estive sem
até o presente momento
sem me arrepender.

Sorte  teve a paciência
para me fazer sorrir
em vê-lo escrevendo o presente
dos nossos acontecimentos

quero descobrir,
pois minha vida agora faz parte da sua vida,
e não te ter é morrer
sem ter tido o verdadeiro amor de minha vida.

Seus lábios morenos,
sua boca querendo
suas uvas maduras que saltam olhos dentro
vida á fora
essa cor do pecado querendo amor
esses olhos saltados pedindo,
vem por favor;
esse seu beijo deve ser eternamente bom
enche de água minha boca só de pensar
no momento desse acontecimento
minha lingua dentro uriça meu veneno pra te ter
meus pensamentos nem pensam
já sonham com suas fronteiras abertas
seus cabelos pretos arrepiados

venha
pois se não eu vou.

Andi Valente e Jefferson Loyola

frases5

PRATIQUE O DESAPEGO, pegue primeiro, se não for bom de beijo, olhe na segunda se fizer bico beija assim mesmo, se ficar com frescura, troca o parceiro, experimenta outros beijos, faça uma boa ação, doe-se até encontrar sua verdadeira paixão...quem sabe não encontra a sua verdadeira vocação...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

MORRO!

Morro da saudade dos momentos de nostálgia
em que o Morro saudava os irmãos de alegria
com melodias de roda durante o dia
e lamentos em prosa nas rodas da dona Zica.

Morro de saudade do saudoso maloqueiro
que morava nas ruas dos murros rio adentro
e contava as piadas das donas Marocas nas malocas
comendo mandioca frita e a paçoca servida no Sêo Isaías.

Morro de morte morrida dentro do túnel Vieira Trento
meu lamento não morreu de morte sofrida
morte matada só havia morrendo nas ruas do livramento
morte mata a sede do morro guela dentro
morto, morria nos pingados molhados do Sêo Juarez.

Hoje o Morro não tem saudade da santidade de seus fiéis
morre como se morre um pedaço de rim
matar não tem conjugação na saudade do Morro;
eu morro
tu no morro
ele encostado no morro
nós nas ruas do morro
vós fuzilados pelo morro
eles comem todas no morro,
mortos não clamam socorro!

Morro morrido, varado bandido
da bala cravada perdida entravada
na estrada da mata vida
morto é velado nas valas
varridas, cremados como carniça
sem o último pedido de vistas.

Enquadrados pelo silêncio do toque das nove horas
o morro não deixa mais o galo cantar nem a madrugada nascer
morro faz festim com bala que o papel embrulhado fatura
fartura da amargura de uns, alegria das frustrações de ontem.

Morro, a morte me levou a sorte de não ter
morro como você nas esquinas esquecidas
morro da faxina que as chacinas fazem eu não morrer
as pinguelas recheadas de meninos banguelas e meninas cuecas
fazendo farinha no espelho negro das suas calcinhas
farelo mostarda nas tardes das biqueiras cheias de pó, pedreira,
morte que não dá sossego pras florestas negras do seu Alvim.

Morro saudade que dá, da que eu tenho do tempo do nosso casamento
morro de saudade, de um tempo das mortes sem juramento
morro que dó do tempo que o morro não tem
em que a entrada sorria sem bala na urina, a casa era de esquina
em rua sem saída e a bebida da bica se tomava no gargalo.

Ui que saudade que o morro me dá
ei de tê-lo visto morto lá no morro da saudade
oi, tem tanto morrro morto asfixiado pelo seu próprio ego
ai que saudade do morro em outro horário que não fosse o dia
do meu obituário...

andi valente.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

puto!

OPA ADORO BATER NA BUNDA


E DIZER VAI VAGABUNDA

DÁ SUA BUNDA

PRO SEU MACHO

SAFADO
 
VAI VAGABUNDA
 
OLHA O SEU HOMEM
 
NO MEIO DO MEIO DA SUA CORCUNDA
 
OLHA E SE AFUNDA NAS ENTRANHAS
 
BEM ESTRANHAS, SUA PIRANHA
 
                                       SE NEM SABE O QUANTO AMO
 
AMAR VOCÊ
 
SEU DEMÔNIO DO PRAZER
 
O QUANTO AMO
 
AMAR UM HOMEM ESSE TANTO
 
AMAR VOCÊ COM PRAZER
 
E
 
DEPOIS DIZER
 
DEIXA QUE PAGO A CONTA
 
E O DINHEIRO EU PONHO
 
NO BOLSO DO SEU
 
PALETÓ ROXO
 
E MARCO NA AGENDA
 
NOSSA PRÓXIMA TREPADA
 
  ENCOMENDADA
 
 NÃO SABE QUANTO AMO
 
FAZER ISSO SEU PUTO.
 

andi valente.