terça-feira, 28 de setembro de 2010

Hemorróides

O estorvo d'alma  pelo preconceito do dedo
esgoto do ser humano
Sêo CÚ sofria,
pelo medo
do dedo,
pelo meio
deDO,
pelo meio                                                                          
do
anús.


de barriga vazia
e lombriga,
feio o cú
do Sêo CÚ,
não teve jeito,
abriu-se um rasgo
no meio
e
tirou-se o
preconceito,
a dor
saltava-lhe
o peito,
respeito
respiro
que
bom sujeito!

Sêu CÚ
agora sorria,
era só alegria
o medo
que outrora
afligia
morreu
durante a  anestesia.
Puro êxtase,
simpático,
sentiu que o
Doutor DEDO
não fazia medo.

Sêu CÚ
agora se abria,
qualquer um
que
chegava
logo
puxava um dedo
de prosa,
metia o bedelho
não se arrependia
Sêu Cú era só
sossego.

Homem de respeito
ficou amigo do prefeito
e até indicou-lhe o
dedo como remédio pro
desassossego,
Sêu CÚ não podia
ver a passarada
que logo corria em disparada,
não podia ver a molecada
que logo se achegava
pra assuntar um
jeito
de falar
dos seus feitos
e mostrar
o meio
do seu dedo,
tão perfeito!

Sêu CÚ
era um fraco
coitado!
Mas aguentava com
firmeza
as belezas da natureza,
fossem elas
tortas,
retas ou opostas
aprendeu
que amor
não tem cor,
jeito,
sexo
ou defeito,
AMOR
é um sujeito
que quando
bate no peito
não tem meio
é sempre
intenso
inteiro.

Sêo Cú
agora
não
tinha
meio
termo,
ou era
por inteiro,
ou ficava
solteiro,
aprendeu
amar-se
por inteiro
e que
meio, ora
meio era
meio,
e inteiro
é um fogaréu
acesso.
Sêu CÚ
não tem jeito
bom sujeito
ama
amar a
vida
por
I
N
T
E
I
R
O.

ANDI VALENTE.

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