segunda-feira, 13 de setembro de 2010

vazio.

O
vazio vaga sozinho
entre o norte
dos seus joelhos
e o sul do seu
umbigo.

O
silêncio se espalha
pelo cheiro dos seus 
cabelos
até as dobras dos seus
dedos.

A
inocência do seu olhar
caminha devagar
até o meio do meu
peito.

Ao
leste do seu maxilar
sai um sorriso
que desce a
oeste do seu
calcanhar.

O
nosso amor profundo
geme em segundos,
uma bússola sem rumo
dispara acelerada
com o contato
dos nossos
pêlos.

A
língua tateia o
canto da orelha
e como um barco
sem destino
desce coluna vertebral
procurando
um porto seguro
terra firme da
coxa fêmural.

O
beijo molhado sela
o fim do nosso trato
cada um do seu lado
o vazio que nos separa
o silêncio mordaz
o amor que não existe
só o sexo que insiste
em acalmar por instantes
duas almas em transe.

O silêncio grita paz e o
vazio clama por socorro
para o buraco que se abriu
entre a razão que diz chega
e o coração que pede fogo .

andi valente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário