Água que lava as mãos,
que molha a terra,
que mata a sede
que irriga plantações
que enche o curso do rio
que lava minha bunda no frio
que me provoca arrepio
lava meu coração cansado de sofrer
limpa a solidão que teima em aparecer
leva tudo pro fundo do mar
onde não canta galo onde na cisca galinha.
Fogo envenena coração despedaçado
ódio fareja fogo apagado
fogo de paus, ferradura na brasa
fogo arde os olhos
fogo destrói os sonhos
fogo acende fogueiras do coração
fogo apaga fogueiras da vaidade
aquece o meu sono
incendeia minha alma
queima o mal ruim que
não quer parar de me atormentar
leva tudo pro fundo do mar
onde eu não possa mais encontrar.
Vento vertente do meu sofrimento
sopra do lado de cá um pé-de-vento qualquer
pra sentir a brisa do mar
venta ventanias que possam me levar
vendaval que destelhe meus pensamentos
soterre antigos sentimentos
leve o que restou no redemoinho do esquecimento
um turbilhão não faz o momento
remoinhada que espanta a passarada
e deixa agitada as ondas do
rodomoinho tempo.
Chora agora coração trapalhão
vagabundo e sem noção
verme espremido aqui dentro
lágrima que corre lenta
que vai banhar o mar, com o sangue
derramado pelo incompreendido mal
homem que não ama
só sabe ser amado
não gosta, só é apreciado
gosta do inconsequente
frevo irreverente de quem não dá bola
zarolho zanzando feito um doido
chora agora
pois amanhã tenho hora
mais um fora de uma certa senhora
que me adora e eu não.
Chora, põe tudo pra fora
fala o que te mata
mata esse amor que te cega
fere esse medo medroso
faz tudo que te satisfaz
faz
cada vez mais
chora sem vergonha
cala quando uma voz de amor fala
vê se aprende que amar
não depende
independe
aprende
que um olhar difente
pode ser só mais um indiferente
ou pode ser o amor
semente que plantou-se em sua frente
tudo pode nada é não
questão de ocasião
olho no olho de quem tá de olho
no seu coração
que não te faz nada só provoca emoção
cega paixão, certa
que toma conta
desponta
desperta
a flecha do cúpido
adormecido
esqueceu
que o seu coração também merece
abrigo,
carente amor frívolo
quero um só jeito
um amor
de água tratada
de fogo latente
de vento intermitente
uma flor que faça meu coração
transpirar o perfume
da alucinação
louco pelo coração capaz de
quebrar a barreira da solidão.
andi valente.
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