domingo, 19 de setembro de 2010

Um minuto e nada mais

Cinco e nove da manhã de sexta-feira
Vinte e oito do outono de um ano desses
Mil novecentos e alguns dias depois
Trinta e seis anos do acontecido José
Dezesseis primaveras da Hortência incandescente
Treze feriados consecutivos no sábado
Seis meses e floresce o Candango Serafim
Doze pétalas de uma rosa vermelha
Catorze de novembro cruzamento com a rua do Livramento
Quatrocentos e setenta e cinco, apartamento
Cento e trinta e nove, bloco
Oito
Sétimo Andar,
Trezentas tentativas no celular
Oitocentos toques na campainha
Nove minutos depois...
O despertador berra
Coito interrompido
Um minuto e nada mais
Teria descoberto o bandido
Que tocava a campainha e ligava o celular sem
Parar.
Pô deixa eu dormir em paz!

Andi valente.

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