terça-feira, 5 de outubro de 2010

criança.

Frases vazias,
um murmúrio sombrio de outubro,
roxo desbotado do pé de uva madura,
e as cambalhotas do palhaço encerraram
o espetáculo.

Cor de laranjeira,
pé inchado picado por abelha,
vozes coloquiais sem sentimentos
bandeiras que tremulam ao som do vento,
ventania providencial.

Formas breves,
ruas estreitas, sonhos largos,
altos sorrisos, gargalhadas engraçadas
filosofia cotidiana,
em qualquer dia da semana.

Fírulas de criança com a dança
bola, enrrola, entorta, quebra o vidro da porta,
saltita, serelepe, sem vergonha o moleque,
quanto tempo faz que eu não sei o que é ser criança!

Andi Valente.

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