domingo, 10 de outubro de 2010

Negro!

Tanta vez,
negro
tanta vez que te vejo
negro,
me prende em tuas pernas,
negro 
pôr-do-sol,
poeta da língua afiada
da orelha molhada
do umbigo quente
do lábio ardente
negô!
Negro cantador do meu amor
tanta vez
que esqueci
a negritude das suas narinas
sem pensar em mudar o sonho que cresceu
tanta vez,
que só falta o mundo girar,
cor da primavera
nasci pra você.
Tanta vez
negro,
faço um verso sobre o nosso amor
e quem sabe
você me dê
o nego que falta na vida da gente.
Negro,
tanta vez
todo dia
toda hora,
nego bate sem contar o tempo passar
nego,
faz um negro amor dentro do meu
coração
nego, tanta vez
negro,
outra vez!

Andi valente.

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