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sábado, 16 de outubro de 2010

Nada de nada!

Calar-me-ei!
Por que te assustas a esta hora tardia?
Quando me deitar afago os robalos do aquário,
todos os barcos se perderam,
eu prostrado já não pareço o mesmo.
Há tanto tempo que o não via!
Como se vinha trabalhando mal,
ia-me esquecendo dele,
outro qualquer teria se metido,
ele não,nunca falou-me nada!
Movamos as porcarias, não devamos
deixar um abraço para o amanhã,
sirvamos os coitados latidos,
durmamos amarrados aos ladrilhos liquídos.
Não!
Pior será que nos enxotem...
Não acredito que ele chore aqui,
ali estarei para dar esperança aos que a tivessem perdido...
Sobre o entardecer paramos à contemplar as vias e suas
enguias, ele relambrando o passado, eu planejando o futuro...
Ele não me agradece, nem eu quero compaixão do tempo,
a noite atravessa as horas, mas toda noite é hora.
Tanto tenho falado e não digo nada,
calado pelo calafrio dos pés descalsos em águas geladas...
Esperei mais algumas palavras.
espereis compartilhar mais alguns sonhos, e nada acontece.
Ele emudece,eu sofro do fruto do seu discurso vazio e frio.
O amor que nos une, nos afasta da veracidade do olhar alheio,
tinhas alma,
agora tens calma demais,
quero dor, tenho calor
quero amor, não tenho nada!

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