O canto mais sombrio dos meus cantos
pálido de desencantos
não ampara mais os meu prantos
nem suporta outros desenganos tamanhos.
A fachada mais escura da minha face
esmaecida pela obscura amargura
da minha insensatez
tece minha armadura de combate,
tímida rasura que disfarça
minhas travas e dificuldades.
O lado mais estreito do meu ser
todavia, desconcentra o fatigado
coração ,
que denuncia a aflição
pela morte da minha irmã, sorte,
da minha amiga esperança,
e do meu amor, solidão.
O vasto e retilíneo pensamento constante
paraíso de sabedoria nessa ilha de desilusão,
apodrece amadurecido de sonhos inacessíveis,
intercalado pelos meandros do acaso.
O sopro do destino nas curvaturas do meu intestino,
indicam que a idade das trevas esta a caminho,
que os sonos mais brandos e os encostos mais calmos
ficaram sozinhos sem uso do remédio contínuo.
E nas calçadas onde semeio o meu pão
encerro meu ciclo de prostração gratuita,
consumido pelos erros herdados dos meus eus debilitados,
faço a prece da morte rumo ao lago azul
no meu cerebelo vermelho,
impactado pelos horríveis tremores involuntários
que o espelho não faz questão de esconder.
andi valente.
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