O pedaço que me cabe se perdeu nas corredeiras dos desfiladeiros dos dias
o amor que floresceu entre as lajes de concreto e as campinas rupestres, se perdeu.
O telefone toca,
eu não vejo,
o telefone toca,
eu não posso,
o telefone toca,
eu não sinto
o telefone toca,
eu não quero atender.
A cachoeira de água doce e cristalina reserva lembranças de um tempo de criança
as verdades escondidas nas campinas verdegantes e nas rugas flamejantes, eu não digo.
O telefone toca
e do outro lado
sempre a mesma história
eu te quero, eu te amo, eu te espero
me desespero em ver
que antes de ser amar
vão amando a esmo,
eu mesmo...
O ritmo frenético do cotidiano me tira o ânimo para outros tantos desenganos.
As frases poéticas de didáticas incertas tornam meu coração uma pedra de gelo.
O telefone inoportuno toca
sem hora, a qualquer hora em qualquer lugar,
não posso, não quero, não vejo, não me interesso
em saber qual o número da vez.
A aritmética quadrada de suas claves, somadas aos catetos de sua hipotenusa
recrudescem meus sentimentos, fazem do amor um ódio constante em meus olhos.
O telefone só toca frases,
o telefone não fala palavras
o telefone mostra o tempo se esvaindo
o telefone corrempe meu histórico de paciência.
Peco pelo incerto duvidoso dos meus meios temerários rumo ao destinatário incerto
Sofro com um gélido rosto principiante de desgosto no bojo do meu insucesso.
Que exagero, toca o telefone...
Outro sucesso, toca o interfone...
Eu e os meus processos, tele...
Eu e você, fomos um dia, uma ligação maldita...
Telefone
não me venha
com outros desenganados
com os seus malditos planos
com um amor interrompido...
andi valente.
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