quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Gente

Me sufoca
o sufoco dessa gente
O encosto que encosta
entre a crosta
sorrateira
da videira doente

Gente
que fala mal de gente
indecente
Santo inocente
acorrentado nas ribeiras
de gente descrente

Sangue aos olhos quentes
Faro de cachorro senil
Mãe que quer piedade
Família insanamente demente

- Olha o agora  dos seus restos, gente!

Fede tanto
Os mestres de um saber nascente
As mentes de culpados inocentes
Fedor exalado nos enunciados de gente

Gente!
Ignorando sementes de amizades novas
Ignorantes paralisados ante as covas
Rosas,
que espinhos são esses que espetam minhas mentiras
reluzentes em caminhos frios
escurecidos
Dementes...

Eu e toda gente
Descubro meu passado na esperança de um presente
Só o futuro que recai
Nas vestes de lutos quentes
Morri
Ante o veneno de toda gente

Gente olha em frente
o fronte molhado de suor recente
Rima que paralisa
Gente
e gente sente,
Sempre...

andi valente


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Faz falta!

Sua mão me faz
falta
seus risos altos me afogam
seus delírios
me assaltam
todos os suspiros
fazem falta...

Seu sorriso enraizado
nas raízes de meus pecados
faz
falta...

Sua língua
exagerada
sua saliva adocicada
seus receios desencontrados
nos meios dos meus medos
não sei
tudo me faz falta...

Os olhos
marejados
me perco...

O que te faz se perder

Onde foram parar nosso ruídos de prazer...

Faz falta as ruas sem saída
as frases sem rimas
os compassos descompassados
sua beleza floral
faz falta nossas viagens
o silêncio matinal
tudo de você faz falta...

O colibris reclamam sua falta
Eu não faço a falta que você me faz
Descobri que seu suor me falta
Suas cavidades me fazem falta

Sou o reflexo da sua falta
Das palavras engasgadas
Das formas desgastadas
Sou
flauta silenciosa
com sua falta
.
.
.


Faz falta não sentir sua falta.

andi valente


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O agora!

A voz da intuição
teceu os sonhos da nossa paixão
O amor que interessa
brotou nos espaços desertos do coração

As lágrimas
que nasceram com os rios do tempo
Hoje são felicidades
de caminhos construídos pela inexatidão
de sentimentos...

Seus olhos eu não desisti de lembrar
Seu gosto nunca desapareceu mesmo com meus desgostos
Sua paz fez guerra pra eu te encontrar
Os agoras fizeram sua presença presente constante
O meu amor ecoou
nas caminhadas dos meus precipícios...

Fui rei
Fiz festa
Fui muito
Fiz tudo
Mas sua falta
me fez falta...

Eu fiz amor entre paredes vazias
Fui louco para parecer normal
Deitei na imensidão da espera
Esperança que não cessa

E as arestas
formam barricadas de um tempo que voou
De vidas que sumi de mim
Ruínas de uma solidão ruim

Mas o agora
Brotou todas as primaveras
Floresceu nas flores dos seus beijos
Renasceu desejos
Fez florir meus ramos de satisfação

Mas o agora
Reacendeu em mim todas as paixões
Fez o certo desaparecer
O errado se perder
Só o que interessa é o agora
E o amor que sinto por você...

andi valente


domingo, 2 de outubro de 2011

Entre a cruz e a Luz!

Tudo claro
todas as luzes como testemunhas 
relâmpagos incandescentes desejando acontecimentos
sons de alguns sorrisos e muitas lágrimas entremeadas de fogo
soluços  efervescentes rompendo o silêncio do nada

Todo pálido
Fomos tecendo cruzes com maus pressentimentos
Alienados por fogueiras insanas
Nos entupimos de estúpidas geladas 
Para disfarçar nossas faltas no nosso diário
Tudo é ácido
Quero o carinho que ninguém sente, o meu
Quero os sentimentos que brotam nos meus espelhos
Quero as palavras que voam do lado de fora dos  meus ouvidos
Quero a beleza que meus olhos teimam omitir 
Quero não querer os quereres de outros seres
Quero
quero
quero
não querer
Todo plácido
somente ser um ser qualquer diante de qualquer um
solidário aos meus formulários prontos de uma vida saudável
flexível para novas conquistas ou para as mesmas loucuras
ser somente eu pode me custar vidas e tempo
Todo é tudo
Condenar os culpados pelas minhas desculpas
Não morrer pelo simples fato de não viver
Até quando acreditar no desacreditado
Reinventar o reinventado
Sorrir pelo não imaginado, até quando?
Tudo sou eu
Meu passado se torna presente a cada futuro que vivo
Os frutos de uma trepadeira foram parar em nossas geladeiras
Derreteram nossos sonhos em frigideiras tristes
Liquidificaram nossa armadura elevando todas as temperaturas
Esqueceram que a lucidez um dia a casa retorna!
LUZ
.
.
.

andi valente

sábado, 1 de outubro de 2011

Sim

Uma porta
e outra,
outra,
a seguinte...

Uma rota
e fujo,
fuga
desacredito de mim...

Um olho,
outro rosto
lágrimas
sem fim...

Oposto
disposto,
a penumbra
um descompasso...

A esquerda,
direita,
o teto,
o centro,
o ego,
respiro
e
vivo
assim...

Sigo,
reto
rijo

Planto,
nasço
outro,
subo
morro
respiro
o ar do infinito...

Renasço
choro
cresço
imploro
peço
colo
o que quero é amor

Leste,
oeste,
norte,
sul
o rumo da sorte
é poder dizer
-Sou feliz, sim!

andi valente



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Meus segredos!

Meus segredos estão depositados no suor dos seus gemidos
Na fragrância inconteste de seus cabelos
Na beleza do toque de seus dedos
Na ingenuidade voraz dos seus beijos!

Mescla repentina de paixão e razão
Meus segredos são ventanias de ocasião
Latifúndios escondidos nos brejos da solidão
Outrora oculto, agora desavergonhadamente puto!

Ânsia desagregada na espiral do tempo
Harmonia recheada de reviravoltas tácitas
Meus segredos são céticos
Incrédulos por obediência pagã
Sorriram com o despojar de sua mata cândida!

Volúpia incandescente na nascente de um cometa quente
Meus segredos não inspiram precaução ou medo
São atos contínuos de amor livre
Felicidade que não se mensura nos medos
Sente-se em lábios magros
Nas águas claras de um sujeito raso !

andi valente

Rogai por nós!

Persistir,
Amar-se apesar dos contrastes
Iluminar-se com os contrários
Não desgastar-se com o imaginário
Fundir-se ao elo planetário
Eis o mistério dos poemas reacionários

Seguir,
Ir contra aos que sempre são contra
Desistir de desistir 
Sonhar realidades entre outras polaridades
Encontrar-se na inércia do desassossego
Revigorar-se com as falhas que nossas falhas nos trazem
Eis o mistério dos amantes solitários.

Verdades que não existem
Apegos que insistem
Crenças que não desistem
Rimas que subsistem
Amor que resiste!

Esferas repletas de vazios completos
Espera deserta de sentimentos sólidos
Entregas líquidas de resultados mórbidos
Amor próprio, rogai por nós!

andi valente 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Versos

Todas as vogais esparramadas
Desarrumadas e coladas pelo nosso suor
Lençóis e fronhas recheadas de desejos
Medos e apegos sem bilhetes para os nossos exageros

As sílabas escorriam entre nossos dedos 
Derretendo nossos anseios
O silêncio enlouquecido com nossos beijos
Vagaram noite dentro sem o poder de alterar nossa química
perfeita...

As consoantes eram meras coadjuvantes de nosso retorno triunfante
Amor
Amores como nunca se vira antes...
As interrogações ficaram perplexas com nossas peripécias
As súplicas não entendiam as exclamações que murmuravam nossas
Bocas nuas...

Resistências,
Todas as reticências deram lugar ao sabor da experiência
Nosso regresso ao sagrado foi se tornando um canto
Reverenciado,
Um manto de sabedoria e amor a nossa essência

As rimas rumaram rumo ao mar de ilusões que não nos cabem mais
As ruínas de outrora foram castigar outros seres
Te encontrei na calma de sua vagina fria
Encontrei-me na fauna de sua alma límpida

E a construção continua
As palavras não combinam com as sensações
Nenhuma nuvem tem força para destruir tamanha paixão
O eterno se fez presente como se nunca antes fosse ausente,
Nunca...

andi valente

domingo, 18 de setembro de 2011

Para toda uma eternidade!

Medo de ser feliz quando olhei seus olhos e me vi
Medo de me encontrar em seus carinhos
Medo  de ser você a razão de todas as minhas desrazões
Medo de todos os medos que tive até desnudar seus beijos
Medo, simplesmente medo de vivenciar você em meus braços
Maldito medo que me fez refém
Nesse vai e vem do purgatório dos homens
Das culpas e  apegos ressentidos  e de egos presos e inibidos
Sua libido entre seus seios e meu umbigo
Medo,
De humildades invertidas e variáveis repetidas
Medo...

E o contrário se fez presente
O amor foi formando luas em torno de nossos girassóis
O calor foi dando forma a nossa epiderme crua
Sua silhueta foi contornando as sombras das minhas mesmices
fui descobrindo as ruas do seu paladar
perfumando os aromas do nosso bem estar
O amor inundou meu mundo com seus segundos
Fui descobrir que seu sorriso era reflexo da minha paixão incontida
Quando você me deu seu mar eu deixei-me banhar
Fomos lágrimas represadas que desaguaram nesse rio de folhas
Rasuras que consumiram as dores e revelaram amores
Que nas sobras de nossos horrores ficamos a sorrir depois do todo
Somos agora um tudo em voltas de uma lagoa azul
Somos a infinita maresia que entorpece nossa alma leve
Quem diria que diríamos que nossa falta de coragem era na verdade
Coragem!

Não me arrependo dos medos
Dos sentimentos de enredos marcados
De batidas repetidas
Eu fiz do sinuoso vento
As fagulhas de um fogo sedento por ti
E o amor consome
nos consumiu
mas nos redimiu de nós mesmos
Se fosse tudo diferente eu não saberia perceber
a beleza de nossos ventres
...

O amor constrói as pontes de ventos mais lindas que senti
O amor faz das noites as mais belas caricaturas de felicidade
O amor é um encontro de seres desprovidos de pecados
De sentimentos amargos de gostos duvidosos e de venenos arcaicos
O amor é pradaria de um inverno em constante mutação
O amor descontrói nossas velhas certezas,
Amadurece nossos eternos defeitos
Envelhece nossos medos
Esse amor que não tem príncipe e tão pouco princesa
É somente a união do harmônico com a harmonia dos seres
Um amor não precisa ser de verdades
Ele precisa ser eterno
para toda uma eternidade...

andi valente

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Aprendendo a Amar!

Eu fiz juras de amor ao eterno
Prometi loucuras as minhas promessas
Jurei que não julgaria ninguém com sentimentos ruins
Resolvi que não resolveria resolver tudo
Semeei sementes do absurdo em quase tudo
Amei meus arrependimentos,
minhas culpas e ressentimentos,
Amei minhas faltas
meus erros e minhas calmas...

Olhei no fundo dos meus defeitos,
percebi que errar é uma questão de impressão
refiz todos meus conceitos
aprendi a não me culpar por mudar
Aprendi a voar
a não gerar expectativas ou esperar
Olhei no fundo do meu peito
respeitei meus limites
disse não aos sussurros
recitei sim aos modos mudos
silêncio opaco que entoava minha verve vil...

Fervi na excitação desse amor pueril
Cozi teias de satisfação nas fagulhas do tempo
Universo que presenteia quem não se penitencia

Desfiz o mal
Descontruí o bem
Fui eu
Descobri que sou somente breu
reluzente tanto quanto qualquer indigente
descobri que não faço tanta questão de descobrir
nada,
somente ser já me basta!

andi valente


domingo, 21 de agosto de 2011

Alma

As flores estavam sorrindo nas marras da manhã
Os pássaros se encantavam com os raios do sol
O brilho doce de seus olhos cor de mel
abraçavam o céu  (imaginação)
Nossa teia de esperança, sorriu.

O mesmo mundo que desnuda as tristezas
Aponta-me certezas
Do mesmo modo que choro
Alegro-me
Construo oportunidades para o verdadeiro
Não espero,
Faço dos fatos
Atos...

Busco sementes que frutifiquem meu renascer
Procuro uma alma que como eu queira sentir
Um único e simples sentimento,
Felicidade...

Quando a alma clama, exclama, exala
O universo conspira, declama, ampara...

Vide os frutos dos pensamentos
Espelhos de sentimentos refletidos
Desconexão das ilusões
Verdades reprimidas,
Tempo que se esvai com as mágoas
Cicatrizes que se curam
Feridas esquecidas na imensidão de apegos
Amores que se nutrem de amores impróprios...

Amor próprio, olhai por nós,
Santificai nossos medos
Deixai-nos sermos somente nós mesmos
Não nos empurrais angustias ou sofrimentos


Quando a alma clama, o universo conspira a favor!

andi valente

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Esse amor!

Começou na vazante de um rio de lágrimas
Foram suspiros ininterruptos de amor profundo
O coração descompassado sorria dos naufrágios
que doravante replicavam todo instante
E nós sonhávamos de mãos dadas
às noites mal dormidas e pouco sonhadas...

Enquanto seu sorriso dizia tudo
Meu olhar respondia ao todo,enfim...

Éramos complexos demais
E os demais nos deixaram

Sozinhos e ao relento...

Diante da simplicidade do amor,
as palavras pediram desculpas
foram repousar na imensidão da lua
e os desejos ficaram perdidos diante
do carinho de nossas almas...

Cúmplices de um universo de inexatidões
retratos do descaso de nós mesmos, nos amamos...

Gritávamos felicidade no silêncio de nossos ventres
Recheamos nossos beijos de verdades tão profundas
O abraço que te dei foi a partilha de uma espera
desesperadora,
O abraço que recebi continha a vigília do amor que transcende
a estratosfera...

Essas mãos que caminham as profundezas da minha epiderme
Esse suor que despeja eternidades adormecidas
Nosso encontro estava escrito e escondido nos esconderijos do tempo
Nosso amor  espera a primavera para desabrochar

Esse amor
que se perdeu
e se reconheceu
através de um sorriso seu
Esse amor
que renasceu
em caminhos meus
Esse amor
eu
você
e os nós,
eternamente...

Simples assim...

andi valente

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Reencontro

Quando
nasceu setembro
nossos olhos
d'alma foram festa,
percebi que o sentir 
era simplesmente
amar nosso tempo presente...

Essa relação que corria
rumo aos rios de águas mortas,
renasceu,
lágrimas vivas da nossa existência,
somos frutos do acaso de anos,
luas que testemunharam
nossos desencontros
girassóis que tremularam
a espera do sim,
o amor
desalojado de nossa retina
nos ensina a sina de tanta dor

e depois

as morfinas aplicadas
pela maldição da falta de tempo
nos ensina
que a busca
sempre nos trás
o reencontro...

Vejo  seus olhos
enlaçados aos meus
revejo sentimentos nus
caminhamos na imensidão de vazios
para sentirmos novamente a sensação
do completo
nada de concreto
palavras que não descrevem
inspiram nossa inspiração tênue
respiramos
aplaudimos nossos primeiro atos
vivemos plenitudes distantes
e nesse instante
somos 
eu
você
e a realidade itinerante
amor esse que se revela
anula todas as antigas mazelas,
enfim unidos
reunidos na imersão de um só coração
amor meu...

Te Amo!

andi valente



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jamais esqueci você!

Nas matas de orgulhos meus
respirei desejos de poder 
fustiguei amores proibidos
delirei aos som de alucinações
diminui,
depurei pensamentos impublicáveis
cresci,
fui ao mar reler ondas 
viajei nas leituras de uma vida
sonhei que o amor
estava de portas fechadas 
mesmo assim pedi ao silêncio
permissão pra gritar,
olhei as luas da varanda
dos meus sonhos
e vi você,
sorrindo ao meu encontro
sem palavras
o vento batendo 
revoadas de mágoas moídas
fiz figa
e você toda despida
de sentimentos ímpios
só pra me dizer:
_Jamais esqueci você, vida...

andi valente

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Manso

Seja lá como foi,
fui construindo alicerces
unindo réstias e nacos
de modéstias,
fui desmontando arestas
escrevendo litros em conversas
angariando fundos de simplicidade
moldando histórias particulares
cultivando sociedades incorretas
modernizando atrocidades
polindo opiniões indigestas
fui destruindo o que me resta!

Seja lá como for,
foram todos que um dia pensei que
não fossem,
foram-se os dedos encantados com o vento
dedilhando frases de desapontamento,
fomos perdendo tempo com detalhes
se perdendo nos maus momentos
foram lágrimas que me fizeram perceber
que estava perdido em mim,
dramas de outras bocas
refletidas nos espelhos de minha alma
fomos momentos
cheguei a pensar que seriamos,
mas não fomos!

Seja lá onde tiver que ser,
sei que fui o que poderia ter sido
sem culpas ou bandidos,
simplesmente fui,
agora
sou o que posso ser
e talvez
quando o sol aparecer
serei
o que poderei ser
é isso
que procuro,
ser um humano
que busca altiplanos
respirando sentimentos
mansos...

andi valente



sábado, 23 de julho de 2011

Meio mundo

Há meio mundo imundo
e os restos do meio,
mudos...
Faço do orvalho que nasce
nascente de uma manhã decente
Faço das sementes que germinam
sonhos em noites de dias quentes
Acordo
ao som de gritos insurgentes
passarada que zoa com a grita da gente
manhas de manhãs carentes...

Fim para os mesmos fins
Somas de zeros que não alteram os restos
Resultados de expectativas depositadas
Esperanças que se esvaem
Pedaços de inteiros vazios
Vazios de recheios sem conteúdo
Eu, você e as verdades que não querem ter fim!

Meio mundo mudo
imundo mundo desnudo
fim dos meios pra tudo
Tudo começa no fim...

andi valente

domingo, 17 de julho de 2011

Eu sei o que é amor!

Eu pensei que felicidade fosse como conto de fadas

Quando você apareceu e me convenceu
que fadas podem ser assim, verdadeiras
que podem falar besteiras
sorrir e cantar
chorar por qualquer asneira,
Pensei que tivesse sonhando...

Mas logo seus lábios foram tocando os meus
seus sorrisos contagiando os meus
sua alegria alegrando meus dias
Não percebi, mas já estava apaixonado
E as fadas foram virando reais
as letras de mais uma poesia foram criando forma
e sua magia foi inundando meu coração de alegria,
sem perceber, renasci...

Os meus sonhos se tornaram reais
suas falas fazendo história
minhas memórias foram dando lugar a novas formas
suas mãos reluzentes entrecruzando meus repentes
Sou feliz por todo sempre...

Amo esse sentimento de estar apaixonado

E o conto de fadas virou paixão
e o amor fez sorrir meus olhos
a ilusão deu lugar a um amor eterno
Obrigado Universo!

Choro de felicidade
choro de quem não tem saudade
feliz de quem acredita em sua própria essência
se pudesse descrever como me sinto
era só olhar meus olhos refletidos no espelho de sua alma
e acreditar que nunca desacreditei em te encontrar!

andi valente

sábado, 9 de julho de 2011

Perdizes no templo!

Não falo o que não se precisa ouvir
Não peço o que não se precisa pedir
Não rezo rezas pra ninguém ouvir
Não digo o que se deve não fazer
Sou feliz assim!

Não me escondo ante mentiras combinadas
Não engano desenganos recalcados
Não mereço merecimentos forjados
Não desejo desejos desejados
Sou
Colibri voando ao encontro dos bons ventos

Não posso possuir o tempo
Não tenho o poder que não queria
Não vejo sentimentos pobres
Não rumo estradas de me perder
Planto flores no meu conhecimento
Colho sabedoria como meu sustento
Simples, pouco, pequeno.
Sou imerso em felicidades
Sou o imenso a procura do meu templo
Feliz assim vou varrendo sorrisos
Cruzando perdizes
Vou semeando amores.
Vivendo!

andi valente

Rápido!

As loucuras foram ficando insanas
Nossas ruas foram ficando planas
Meu amor foi ficando
Você se perdeu
Amei outonos cinza
Respirei primaveras lindas
Admirei o sol
de braços dados com as sombras do meu paraíso
Fiz amor em invernos quentes
Virei gente,
Não me lembro de nossas tempestades ardentes!

Olho nos olhos
Vejo o nascimento do verdadeiro amor
Sonho com os dias que não tenhamos mais dias para nos separar
Felicidade essa que construo com os artefatos do tempo
Plenitude que se faz com sentidos
Afinados aos fios que regem seu coração
Sei que quando percebemos
Nos veremos
Ou recomeçaremos
Mas nunca mais seremos,
os mesmos!

andi valente

sábado, 2 de julho de 2011

Agora!

Nasci,
entre
cruzamentos divinos,
surgi
nas esferas das possibilidades,
vivi

Nove  
e
vinte
seis
de um atemporal momento
descobri
que sentimentos sem sentidos
senti
que fadas
não encantam meus ressentimentos
e a lâmpada com três desejos,
desejou-me,
e não percebi...

Afora os de fora,
sinto-me bem aqui
dentro dos meus "agoras"
e das bolhas de furar horas
retiro-me sempre,
vou sentar do lado de lá da agonia
as verdades
absolutamente foram embora
os erros pegaram carona na história
evolui como uma onda viva
resolvi deixar expectativas empoeiradas
com os orvalhos, nas rosas...

Descobri que todos os "hoje" já foram ontem
e os ontem formam tudo o mais,
que antes diziam serem nunca mais!
Acorda Alice!
Enquanto durmo acordado,
esqueço-me do presente ordinário
do quanto extraordinário sou
das regras de convivência
entabulo preceitos e reajo aos preconceitos,
faço estudos de sujeitos
e reascendo meus feitos
como posso ser perfeito!

Há um reino de imperfeição que foge a minha compreensão?
Queria que o sol iluminasse as noites
e a lua fugisse com os dias
Quanto mais corro, mais colado fico
sou excelência no vazio
sou um todo cheio de nada
sou um nada repleto de tudo!

Morri na boca do mundo,
renasci entre os vácuos que os absurdos não compreendem
esse sou, somos nós em um arpoador feroz
entre albatrozes do algoz
nas cercanias do divino,
sou matéria colada nas colas da retórica
somos conexões de um embrião prestes a nascer
Tudo?
Nada?
Fato?
As portas dos desaparecidos reabriram minha sanidade
encontrei respostas para os próximos atos

O amanhã
eu crio nas telas de diálogos pré-moldados
Sou cíclico
viciado em me viciar em rotinas
quero que o agora seja eternamente,
 agora
e que o presente
seja somente um segundo
em minha mente...

andi valente



segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ruge

Ruge
aqui dentro
faíscas do tempo
esquartilhado
não curto ou tão pouco
sou curtido nessa enseada
devastada de ilusão,
vulgo leite derramado
as rosas já não brotam
entre as oliveiras do meu jardim,
ruge
aqui dentro
um fogo sedento de paz
armadilha que o tempo
ecoa,
referve os ruídos desiludidos
estampidos sentidos no bojo
de uma ranhura eterna que
estampam as amareladas páginas
do meu refratário burguês,
jornal que a vida escreveu a revelia
de uns dias que se seguiram de noites
estremecidas por bramidos doídos,
ruge
dentro
de meu peito
as amarguras de venenos
urros mudos que destemperam
meus espelhos de ventos...

andi valente



domingo, 26 de junho de 2011

Quando o amor acaba

Onde estão,
Aqueles olhos negros onde pulsavam nossas rotinas
O sorriso meigo onde derretíamos nossos beijos
As frases de enfeito que preenchiam nossos defeitos
Foram fazendo mágoa no rio da vida


Vivemos vidas repletas de nada
Fomos acumulando poeira em tudo que fazíamos
Celebrávamos acúmulos de torturas
E o amor que existiu algum dia
Ficou agarrado aos medos de uma realidade fria


Somos lustres iluminando salões vazios
Lâmpadas que teimam resistir ao escuro do tempo
Queríamos a eternidade de um amor sem fim
Restou-nos a fragilidade de um desamor ruim
O resultado de nossas escolhas 
Chora toda noite a solidão do nosso quarto


O sorriso de nossas lembranças tolhe nossa esperança
A cumplicidade pela inércia nos alivia da culpa
Somos fracos em não admitir o nosso fracasso
Espero o funeral a beira do meu quintal
Ninguém bate a porta, as horas renegam minha súplicas
Queria libertar você de mim, não consigo!




andi valente

sábado, 25 de junho de 2011

Mulheres da minha vida!

As mulheres em minha vida
Vão de salto alto
Vêm de vestido curto

As mulheres em todas as vidas
Eram carne de fruto proibido
fendas de chão esturricado e batido

As mulheres de toda vida
Estão agora no meu encalço
De mãos dada na espreita

De novas chegadas e de partidas sem fim

As mulheres da minha vida
São bombas atômicas
explodem e matam,
Entopem meu abdômen e me comem

As mulheres em minha vida voam
Destoam do meu orgulho,
Rompem

Mulheres
que amam,
multipliquem-se dentro
das histéricas alegrias

Mulheres que guardam os laços amarrados no umbigo
Selam minha paz com as rosas que os ventos nos trazem
Beijam meu ventre, sendo ele um ausente presente de sintonia
Sinfonia que toca as maravilhas dos nossos pensamentos

Toda mulher que cruza minha rosa dos ventos
Me faz uma mulher de sentimentos íntegros
O despertador do tempo grita goela dentro
Pára!
Que as verdades dos templos me matem de envelhecimento!

andi valente

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ruiu!

O mar revoltado
Revolta meus dentes afiados,
Ondas estridentes
Ensurdecem meus ouvidos doentes

Mar revirado
Arrepia meus sentimentos destroçados
As ondas que entristecem
Secam meus olhos molhados

Essa rima que não cessa suas cismas
Não mudam meus recheios de problemas
Continuo a profetizar hipocrisias
E os hipócritas continuam a me bajular

Somos um casal que não resistiu
Amor esse que ruiu no primeiro vendaval
O barco afundou quando pensamos
Na pobreza que nossos sentimentos refletiam

O mar teima em acalmar nossas almas
Nós não sabemos resolver nossos dilemas
Barco à deriva em plena avenida da vida
Sol que não nasceu no nosso amor
Chuva que inundou nosso sentido de seguir
Ruim com você
Pior sem mim!

andi valente


Retórica!

As fogueiras que queimam minhas calmas,
incendeiam minha alma.
As crateras  entreabertas de sentimentos nulos,
emudecem meus sorrisos mudos,
Os rios que carregam minhas lágrimas,
transbordam  minhas fraquezas sólidas,
Tórrido sofro de morbidez congênita,
A beleza  represada no voo de meus olhos,
morre pela indiferença tua
...

Silenciosa
a falta  me assalta toda  noite,
Olho seu rosto estampado  em nuvens negras
Vejo nossos ruídos se dissiparem
Descubro,
que você é exatamente como eu,normal,
Isso me choca,
Fiz castelos pra te proteger
Sinto agora no seu fragelo minha super proteção,
Despejei  esperanças nos seus desejos
Enquanto você desejava somente comungar momentos meus,
Refleti todos os meus sonhos em espelhos teus,
Esperei de vocè o que não doei de mim,
Criei  sonhos solitários
Na esperança de partilhar comigo,
Esqueci-me de entender os motivos com os quais
 Seus sonhos não se pareciam com os meus,
 Sua benevolência sempre me seduziu
Mas a minha sedução era conquistar você
Com as minhas imposições,
Perdidos, fomos ficando pelo caminho 
...

Projetei todos os conflitos ,
Nas paredes dos seus ouvidos
Rejeitei suas desculpas carregadas de falhas minhas
Orgulho esse que me faz menor,
Maldito medo que não me deixa andar!
Sou cria de escolhas minhas,
Percorri estradas esburacadas,
Construí minhas próprias dificuldades
Soterrado pela síndrome de poder,
Tenho tudo,
Mas perdi você,
Não me dei valor
Como esperar reconhecimento seu?

Algoz do nosso amor
Não peço compreensão pelo  que se foi,
Queria entender nós dois,
Sem antes ou depois,
Queria uma oportunidade pra refazer o caminho perdido,
Não queria preencher lacunas com as desculpas de sempre
Sou sempre o mesmo
Mas de um jeito diferente
Ontem fui inverno
Hoje  sou calor,
As certezas com as quais derrotei o nosso amor
derreteram,
Agora tenho respostas diferentes para os meus dilemas,
não mudei,
O que mudaram foram os sentidos que dei aos dias
Sobrou em mim valentia,
A covardia que se escondia
Nas decepções que maquiavam minha idolatria
Perdeu-se em mim,
Agora refeito
Redescubro antigos defeitos
Aperfeiçoo novos medos,
E digo aos espelhos do tempo,
Que vivo descobrindo amores
Dentro do peito!

andi valente

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Paraíso vermelho!

Resolvi colorir meu paraíso de vermelho
Desfilar meus doloridos desejos sem receios
Amar os passarinhos soltos no ar
Resolvido estou em encontrar amor em tudo que vejo

Vou velejar em alto mar e abrir caminhos pros meus sonhos
Perseverar em ideias que não sejam originais
Relevar dilemas, sustentar minhas ondas vibracionais
Viajante delirante nesse meu mundo de mutantes

Sou rocha encravada de ideais
Sou realidade onde a vida borbulha esperança
Sou gesto que não engessa minha origem interna
Gestação eterna, brilho raro que se destaca do obsoleto

Paixão em reviver os presentes que o passado me trás
Poesia cristalina bronzeada sobre as matilhas de ancestrais
Não me perco nas andanças dos generais de crianças
Sou o eterno que dura,
Sou atadura de uma cicatriz divina
Sou arma contra os carmas do pessimismo
Sou eu quem me procurou até se encontrar
Sou face de moedas que nunca saem de moda
Sou altar, pecado passageiro de uma vida inteira
Cansado de pecar sem ter podido
de ser condenado sem ter motivo
Me interno nos meus egos
Renasço no entrecruzamento do fogo e da paixão

Sou parte de um todo 
Que não quer ter fim!

andi valente. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Jaulas!

O ruim desfilava verde-água nas cataratas dos seus olhos
O errado nadava abraçado junto as suas decepções sem fim
O arco-íris morria acordado ao som do silêncio do vento
Os defuntos trocavam de roupas como se as vidas fossem morrer


O certo teimava em se contradizer nas lembranças de uma vida à toa
Verdade sejam todas as verdades que desmentem a si mesmas!
O sonho que era nosso derreteu a lua-de-mel e se perdeu nos caixotes de solidão
Vazio esse que invade nossa casa, derruba nossas certezas e se vai
Como se vão  meus alicerces de chocolates meio-amargos


Eu envazado e enraizado a contragosto de mim, fui...
Eletrifico meus perfumes pra não sentir o desgosto do fim
Sinto a ânsia da perfeição corroendo meus pés de feijão
Sinto a falta da fala mansa inundando meus palacetes de cetim


As horas pulam de minuto em minuto nos segundos do tempo
As jaulas que trancafiavam minha esperança, trancadas findaram meu sorriso
Risos esses que perdi nas tempestades do seu mau humor
Vida essa que deixei seguir, entre tantas outras que me deixei perder
Sorrisos feridos de ressentimentos mal compreendidos e não digeridos
Torço o dorso e o remorso que sofro não combina com as flores do jardim


Meu eu se faz de pedaços espalhados em caminhos demarcados de irritação
Os joelhos contorcidos ajoelhados por compaixão, imploram seu perdão
Feridas que tomam contam da avenida e congestionam meus pontos de interrogação
Fixo nos objetivos, não desejo não, respiro pra não dizer sempre sim!


andi valente







sábado, 18 de junho de 2011

Vela acesa!

Uma vela acesa
Alguns papéis queimando em vão
Sofrimentos que não saem do espírito
Novos ares precisando de espaço para dançar

As horas escorregam no meu desentendimento
Desculpas batem palmas pra minha insônia indecisa
Não caibo dentro  de meus próprios ressentimentos
Vou construindo milagres pra enganar os fins de mês

Queimam meus conhecimentos nessa selva de cimentos
Planto minha alma em algum desses postes sem sustento
Grito meus silêncios debaixo de alvenarias recheadas de ventos
E a voz embaraçada canta as mesmas ladainhas de descontentamento

Vou escorrer minhas roupas  em sombras sem venenos
Dependurar meus medos nas trilhas do tempo
Vigiar as noites na espreita de amores verdadeiros
Vencer os segredos que os dias teimam em revender como seus

Eu,
Amo amar eu,
mesmo,
que esse eu esteja longe
do eu que sonhei pra mim!

andi valente


Felicidade hoje!

O que diz a felicidade hoje?
-Eu quero ser feliz!

Folhas secas derramadas pelo caminho indicam
Que corações afoitos estão soltos em busca de paz
Palavras perdidas na boca do vento
Tocam sentimentos arredios e despertam interesse

O que conta a felicidade hoje?
-Conta os dias para que seus dias sejam definitivamente felizes!

Uma chave perdida indica oportunidades de novas portas
Uma frase distorcida indica novas possibilidades  em outras oportunidades
Um caminho desatualizado recria imaginações de nossa própria sorte
Um pedaço de mim vai, outros pedaços os recompõem

O que a felicidade espera hoje?
-Ser Feliz!

Eu faço pacto com a infelicidade enganando meus verdadeiros sentidos
Eu desfaço dos fatos exatos para me aventurar na fascinação
Eu procuro relaxar a fadiga instigando meus anseios moribundos
E a felicidade impassível segue a minha espera de braços abertos

Ser infeliz é opcional
Felicidade é natural
Não fujo da minha natureza
Sou Feliz hoje!

andi valente



terça-feira, 14 de junho de 2011

Alumia

Escrevi cartas que nunca foram lidas
Resolvi  divisões que jamais se somaram
Os seus olhos me perderam
Desde então fiquei a esperar dos ventos notícias suas

Aborrecido pelo desencontro do tempo, espero!
Foram noutras mentes que tentei te resgatar
Suas frases ficaram cravejadas n'alma minha
Seus resquícios são indícios de um novo reencontro

Descaminhos percorridos desesperam meus sentidos
Ninguém entende o quanto o amar esta presente
Perdido fui enganando os bandidos para não me perder
Faço ao caminho um único pedido, reconhecer você!

Vou desfiando meus rosários de expectativas
Iluminando as lembranças com andanças suas
Seus amendoins dourados reluzentes
Sua estrela que alumia tanta gente, alumia minha mente!

andi valente

Do outro lado do escuro!

Do outro lado do escuro,
um alguém,
que não se via
não se ouvia
gemia incompreensão.

Do outro lado do escuro,
receios,
um certo alguém,
bradava desesperadamente
ruídos de decepção.

Do outro do lado do escuro,
apegos,
desejos e anseios
verdades
sem rodeios.

Do outro lado do escuro,
escuro,
morriam-se medos,
histórias escorridas
pelos dedos.

Do outro lado do escuro,
muros,
urros de sofreguidão
murros aos ventos
desespero e desrazão!

Do outro lado do escuro,
clarão,
inexatidão de erros,
liberdade ou solidão,
buscas de respostas.

Do outro lado do escuro,
cisma,
palavras em reverberação
sonhos sem norte,
luxúria e fascinação...

Dou outro lado do escuro,
sussurros,
vidas em regeneração,
amor e medo,
obrigação.

Do outro lado do escuro,
orgulho,
poder e prevaricação,
loucuras
subordinação.

Do outro lado do escuro,
medo,
mentiras vencidas
velhos enredos
deterioração!

Do outro lado,
não há escuros,
há espelhos
certeiros
de nós mesmos!

andi valente


domingo, 12 de junho de 2011

Indefinidamente...

Escrevi cartas que nunca foram lidas
Resolvi  divisões que jamais se somaram
Os seus olhos me perderam
Desde então fiquei a esperar dos ventos notícias suas


Aborrecido pelo desencontro do tempo,espero!
Foram noutras mentes que tentei te resgatar
Suas frases ficaram cravejadas n'alma minha
Seus resquícios são indícios de um novo reencontro


Descaminhos percorridos desesperam meus sentidos
Ninguém entende o quanto o amar esta presente
Perdido fui enganando os bandidos para não me perder
Faço ao caminho um único pedido, reconhecer você!


Vou desfiando meus rosários de expectativas
Iluminando as lembranças que outrora me foram vagas
Fomos feitos para amar, desencontrar e se reencontrar
Chorar e em qualquer dia, novamente se amar


Os sinais do tempo voltam a marcar meus encantos
Fico a mercê dos acontecimentos, emudeço e me preparo
Lavo-me com minhas próprias lágrimas ao som da esperança
Sorrio ao descobrir que seremos despertados 


Escrevo frases com as quais me desconheço
Nada pareço com os medos que me fizeram temer
As nuvens vieram hoje anunciar o começo do nosso recomeço
Saiba que vamos nos reencontrar
E o sempre se tornará presente, indefinidamente!


andi valente



sábado, 11 de junho de 2011

Espera!

Fui buscar segredos em bacias d'almas calmas 
Fui perder-me nas ribeiras d'águas alvas
Fui resolver  nossos dramas
Com damas de camas quentes

Esse choro que tomou-me de assalto
Não cessou, minou minhas minas  de esperança
Esvaziaram-me todos os baldes se foram rasos
Sobrei junto aos chinelos molhados, do lado de fora!

Esses olhos que antes julgavam, agora   me ignoram
Esses olhos que antes  me amavam, agora   me desprezam
Fui tudo antes de ser somente, hoje nada me lembro 
Sou sombra das minhas próprias sombras,e isso me apavora!

Onde fui que desisti 
Onde fui que insisti em insistir
Onde foram parar as pedras da estrada
       Onde ficamos parados esperando
Onde a esperança se perdeu de nós
Onde a espera não nos fez sala e foi embora!

andi valente

terça-feira, 7 de junho de 2011

Controle remoto!

Longe,
Meu controle remoto se perdeu entre tantos na multidão
Sofrer não é o meu lema
Perdi tempo não querendo viver tudo
Escrevi histórias sem vivências
Resisti passar pelas tristezas que o agora da vida nos faz,
Perdi...

Apressado,
Não digeri as necessidades que tanto necessito,
Repaginei páginas sem vida
Recriei criações sem emoção
Fui fundo em prato raso
Fui mato em floresta densa
Engasguei com gotas de orvalho amanhecido,
Sucumbi...

Triste,
Realidades que não se escondem mais de mim
Segredos que foram expostos ao controle do tempo
Dinamites carregadas nas esporas de minhas respostas
Não enxergar o óbvio dói o dobro
Envelhecer cego enrijece o ego
Dormir mais uma eternidade adoece minha evolução,
Não quero!

Faço,
Disfarço, refaço e não encontro os desencontros casuais
Querer não viver é abster-se de experiências intransferíveis
Nossas sombras sempre estarão lá como testemunhas do nada
Nossas vidas vazias de tudo esperam pela fascinação que não se concretiza,
O sono vem na penumbra para disfarçar esse ser ausente,
Os espelhos refletem esperanças mortas nas calçadas de nossas infâmias,
Quero esquecer o aquecedor,
Não consigo!

Dói essa dor de não ter vivido
Dói essa dor de não ter sofrido
Dói essa dor que resiste ao desviar-se do perigo
Doloridos estão meus dedos ao deletar meus erros
Doloridos estão meus medos sem medos para temer
Doloridas estão minhas metades
Dor que ensurdece minha calma
Dor que não disfarça a falta que as faltas me fazem
Dor dolorida ao ser digerida pela seca de vida não vivida,
Quero Paz!
Não consigo!

andi valente





domingo, 5 de junho de 2011

De Graça!

O sinal vermelho estava lá
As suas barreiras estavam nas calçadas de suas calcinhas
Meus medos enfiados no meio dos fios de seus cabelos
Os cruzamentos cruzados entre suas pernas e as minhas coxas
Suas meias buzinavam meus sapatos
Suas orelhas emparelhadas as minhas, gritavam euforia
Seus olhos não desgrudavam dos meus dedos
Seus beijos reclamavam:
Quero o melhor de você em mim!
Nossas disputas seguiam o amarelo picante
Nossas noites intermitentes sempre floresciam nosso fogo
Fogueira essa que queima nossos colchões de solidão
E as vagas na rua estavam sempre vazias quando deixávamo-nos amar
O amor estava estacionado debaixo da placa explícita do proibido
Teimávamos em reinar nas vagas vagando sempre contra o mundo
Contrariávamos as setas, amávamos as incertas 
Estacionados nunca ficamos, a chuva varria as decepções
O asfalto era nosso tapete de alegrias incontidas
O seu umbigo instigando meus instintos
Seu sorriso lindo ria de tudo
Nossa alegria era poder sorrir 
Amo amar suas correntes de eletricidade
Sua tensão em meio à multidão
Nosso amor no meio do meio do seu roupão
Eu sigo assim de bobeira fazendo a vida sentir o que sinto por você


andi valente!


sábado, 4 de junho de 2011

Adoro

Adoro navegar seus pecados
Abraçar seu corpo molhado
Despoluir seus medos
Decorar seus recados


Adoro derreter minha língua quente
Entre seus dentes
Reciclar seus desejos
Incitar seus orgasmos


Urros excitados
Gestos combinados
Amo suas polaridades


Adoro 
Simplesmente sem dor e inodoro
Adoro dourar seus beijos
Separar sexo e respeito
Empinar o bico do peito


O amor quando é
Se materializa
Sente-se no âmago 
Essência d'alma


Adoro dizer:
Eu te amo!
Adoro sentir
que quanto mais me amo
mais me ama...




andi valente



paz

Caminho caminhando caminhos caminhados
Ouço olhares desviados de milagres
Rezo rimas recitadas em baladas distantes
Sigo batidas que acordam sonhos meus
Faço fatos fascinados folheados de brilhantes
Sou o resto de uma soma que não tolera amantes

Prego pregos em cinzas de memórias vivas
Grito gritos de felicidades em corações vazios
Sou esperança de salvação da minha própria inspiração
Sou Jesus do meu Cristo crucificado
Nada contra aos contrários
Sou felicidade velejando ao encontro de paz!

andi valente

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SEM CONSTRANGIMENTO!

Respirei injustiças justas
Jurei juras falsas
Falsifiquei promessas velhas
Encontrei desculpas novas
Desculpei-me em você
Não me perdoei, nunca...

Perdi a força de viver
Prendi minhas asas
Ao libertar seus sonhos
Pintei minha esperança de ignorância
Descolori meus desejos
Fracassei ao esperar o fracasso, sentado...

Receio que receitas prontas não sirvam
Releio fórmulas que não condizem comigo
Fascinação que sisma perseguição
Ilusões que beiram a incredulidade
Finjo que não sei quem você é
Esqueço que não consigo me esquecer, sempre...

Li que seriamos um do outro em algum baralho
Trabalho com hipóteses de abstinência sua
Defino que não sofro
Definho em não me deixar sofrer
Espero nunca esperar
Surto com a falta que sua falta me dá, infelizmente...

Parei no tempo
Os meus jardins secaram com a escassez de beijos seus
Errei em acreditar que o erro estava sempre do seu lado
Errado sempre estivemos quando pensamos em acertar
Acertado estavam os ponteiros do fim
Que findaram nosso tempo sem constrangimento...

andi valente

domingo, 29 de maio de 2011

Não Desisto de mim!

Vejo o nada dar as cartas no jogo da vida
Vejo sombras assombrarem o que me resta de sobriedade
As nuvens do amanhã já brindam meus sonhos
Sorrio na esperança de encontrar os segredos de qualquer enredo.

Vejo almas desesperançadas a procura de nada
Vejo amores batendo portas com palavras imaturas
Ouvi do tempo receitas prontas de amores que se prenderam
Sei décor o que não quero
Me confundo em querer o que realmente quero

Todos os segredos em busca do mesmo fim
Todos os finais querendo felicidade infinita
Não desisto de insistir em começar o novo
Nunca desisto de mim
Desisto não
Resisto
Sim!

Vejo  regras  regadas de intolerância
Vejo sonhos mortos pela ganância
Vejo olhos na escuridão
Vejo todos e não me vejo

Tempero o tempo com expectativas
Tempestades de esperanças que não cessam
Queria que todos os hojes fossem recheados de amor
Queria aprender a fazer agoras eternos de paixão
Queria o poder de produzir felicidades eternas
Queria tanto que não me contento mais com tão pouco!

Preciso me desprender dos efeitos do querer
Preciso desaprender
Preciso entender que as urgências sempre surgem do nada
Preciso não sofrer
Não desisto de mim
Desisto não
Resisto
Sim!

andi valente.


Esmo!

Vem o vento com a manhã
Vaso despedaço de uma esperança
Venho com as amarras de umas manhas
Velhos desejos de coisas vans

Sou esse problemático sonhador
Matemático contador de ilusões alheias
Enigmático pensador de soluções verdadeiras
Sou um som em meio a grita do mundo

E o amor vem ao encontro de minh¹alma
Fujo como quem foge de algo que não entendo
Miro corações errados
Escrevo canções que não tocarão ouvidos meus

Busco facilidades em conjuntos de frivolidades
Percebo que o erro começa nos meus anseios
Faço contas de multiplicar e recebo sempre o menos
Expectativas que se frustram a cada resposta errada

Há alguém
Que se esqueceu de outrem aqui
Estou perambulando a esmo
Confiando na direção do tempo!



andi valente




quarta-feira, 25 de maio de 2011

Perdido nos Caminhos!

Cavei buracos de  não me esconder
Semeei amor em desertos de solidão
Amei um mundo
Esqueci-me de me reconhecer

Plantei espelhos de não se ver
Espalhei esperança ao mar de criaturas
Amei o todo
Esqueci-me do quão simples era meu amor

Vivi vidas que não se completavam
Esperanças que desesperavam
Senti o gosto amargo do dissabor
Reflexos que não me sentiam
Senti o sentido de não sentir nada

Exagerei nos exageros alheios
Escorreguei nos limites em me limitar
Limitei as possibilidades de felicidade
Sufoquei-me antes mesmo de respirar

Colhi o que me impuseram
Recebi os pagamentos de não trabalhar
Amei os verbos
Substituído fui por adjetivos que pensei que não tivesse

Acalentei expectativas em constelações astrais
Preferi as genericidades em ser mais um
O comodismo da praticidade em me acomodar
Fui moldado aos moldes de uma sociedade insociável
Me associei aos ridículos
Ridicularizado e sem rumo estou!

andi valente



domingo, 22 de maio de 2011

LemBRO!

aCABEI DE
choraR as últiMAS palavras
mEu CORação
SoNha COM UM amor
PELA MaNHÃ
pARto para REspirAR
nOVOs Ares
Outro quaLquer
Mesmo QUE seja
só para LEMbrar
que não eSQUEci
ToDAS AS somBRAS
que SUAS soBRAS
ME FAzem!

andi valente


sábado, 21 de maio de 2011

reclamo!

Apodrecer-se 
contaminando sua própria essência,
como conceber um ser assim...
Pobre podre de sentimentos nobres
Pobre podre de pensamentos fúteis
O que esperar de quem sempre o melhor
de outro alguém espera sem nunca ser o melhor
para si mesmo?
O quê?


Desfalecer-se
enganando os minutos seguintes como se engana
uma existência toda,
trapaceando os espelhos alheios 
com a covardia de quem
se esconde dos próprios defeitos
ou escondendo o mau cheiro
aos quais nem os melhores perfumes 
disfarçam a sensação do azedume
Você não é assim ou é?


andi valente

Dramatização!

Eu frijo barrigas vazias
Você finge orgasmos múltiplos
Eu rio águas límpidas
Você emula traição
Eu intendo seus sentimentos
Você ausculta meus movimentos
Enquanto auguro seus ressentimentos
Você anela o vento com canela e pimenta do reino
Alfaio suas limitações
Você entabula novos ressentimentos


Sou insurreição de mãos frias
Interrogação em frases de exclamação
Sua calma altera minha impressão
Seu desdém interfere em minha conexão


Você zurze minha  inspiração
Despreza meu mutirão de reflexões abdominais
Sua farsa falseia minha ebulição
Sou alguém de lado em meio a sua crucificação


Você dramatiza
enquanto eu ironizo sua revolução
Somos dois narizes que empinam decepção
Bato palmas em nádegas de sua intenção
Enquanto você reza joelhos de satisfação
Somos restinga de ave-marias
Ruas tortas recheadas de poluição
Você ironiza
Eu solução
Enquanto tudo se harmoniza
Nós no tesão!


andi valente

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tico teco!

Entrei em greve parcial
Meu Tico deu um teco
Meu Teco ficou sentido
Meu Tico em atrito resolveu
ir pro Caribe em férias e me deixou só

Crise de abstinência pela insistência
Querer ser o que não fui
Ter o que já tive
E não querer mudar, resolveu partir
Desistiu de mim!

Teco chora prantos de alegria
A festa começa sempre na hora certa!
O tempo apressado já não esperava mais
Felicidade não espera
O Tico voltou e veio morar na favela

Pensa que o Teco deu sustento
Imagina a intolerância, isso vem desde infância
Um matando o outro e eu na solidão
Com essa discussão sem refrão, nem rima,
Sem razão!

andi valente!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Martelo

Minha alma não se contenta com respostas irreais
Minha arma não se satisfaz com balas de brinquedo
Minhas noites escrevem meus versos mais tristes
Meus dias não caminham rumo ao seu encontro, jamais!

Não sofro, pois nada tenho a perder
Perco, pois não tenho o que culpar
Acredito em qualquer um que se tem para acreditar
Não acredito, pois nada tenho mais para sorrir
Não sorrio, pois sou eu que não entendo o sofrimento
Sorriso falso esse que essa sensação me trás.

Não creio nas coincidências dos momentos
Nas conivências de aparências de necessidades
Fracassos denunciados em enunciados de obituários
Poeta de porta aberta
Choro ao som de palavras repetidas
Com o gosto amargo de novidades já vividas

Calado surto com a falta
Recuso discursos repetidos
Fiascos declamados em jardins gelados
Ramos de domingos renegados
Sal que salga a alma santa
Paraíso que não se encontra
Vida que não se canta
Paisagem que não se declama
Amores que não se exclamam!

Suspiro de um final feliz
Respiro de uma loucura louca
Delírios de uma coisa sem fim
Sentimento que chega
Prega  os pregos
E não revela o nome do Martelo...

Andi valente.




Não sei!

A lua de longe envergonhada se esconde atrás das nuvens
As ruas  às meias-noites relutam encostadas ao meio fio frio
Meus soluços dobro e guardo no bolso desesperado
E meus sonhos continuam debruçados na varanda de sua casa

Amor esse que não corresponde aos escritos antigos
Amor esse que passa batido no rastilho de um suspiro
Eu me culpo,  resisto, me engano, mas te amo
Perdão pela falta de paciência mas esse sou eu
Essência de baunilha
Momento que se vai
Pedaço de bom bocado ruim
Medo maldito da insônia que sua falta me faz

Sei que não sou nada parecido com o que parecia querer ser
Sei que não sou nem um pedaço de sentimento bom
Seu amor ainda é fruto de uma maça apodrecida
Seu calor ainda esquenta minha falta de juízo
Seu cheiro ainda acalenta meu olfato
Socorro!

Diagnosticado como apaixonadamente insano
Sigo colecionando dores de falsos amores
Signo desesperado que não acende minha lucidez
Te odeio, te mato, escrevo uma carta e morro
Sonho, como fazer com essa falta de sobriedade
Como perecer e envelhecer sem te ter
Soco o ritmo da sua melodia
Destilo ódio em sua capacidade de me desprezar
Não sei perder
Só sei amar!

andi valente.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tangos tristes!

Sangro ao som de tangos tristes
Lágrimas de uma sangria enraivecida
Tristezas que beiram uma loucura infinita
Sombras de uma paixão que corroeu tudo

As metades das laranjas apodrecidas
Desiludem meu propósito firme
Incêndios sem fumaça aparente
Queimam minha única chama de esperança

Rios que transbordam nossas mentes
Sonhos diluídos em doses de vinho seco
Leite derramado misturado a veneno
Sina de um sorriso traiçoeiro


EU GRITO!
Onde foi que me achei sem o seu  perfume?
Como foi que me descobri sem os seus costumes?

Seu inteiro repartido ao meio entre meus vazios
Meus pedaços estilhaçados pelos seus desejos desfeitos
Seu retrato emoldurado como prêmio de consolação
Meus recados esquecidos na devassidão do seu colchão

Surto frases de negação e desespero
Choro palavras de um amor incorrespondido
Culpo minhas decisões
Insulto meus segredos insanos

Falsos reclames de um amor sem paixão
Sangria que não cessa com o perdão do tempo
Ritmo descompassado de um coração apaixonado
Sangro tangos tristes recheados à desilusão!

andi valente

domingo, 15 de maio de 2011

Zeros!

Passei anos somando zeros
quantificando sentimentos
reclamando dividendos
usurpei meus próprios direitos
em benefício alheio

Os Zeros somados
me fizeram mais amargo
enriqueci minhas belezas
transformei meus prazer
não subi...

Poderia tudo
se antes pudesse entender
que o conjunto de tudo
não significa poder!

Somado fui aos zeros
nunca fui o bastante de mim
sempre fui distante de tudo
completo diferenças
não contemplo meus dilemas

Fui mudo na hora do adeus
fui tudo em hora exata
fui brasa em fogueira fraca
fui raso quando queria ir fundo!

Zerado pelos fantasmas
Fui tomando gosto pelo desgosto
Reescrevi meus medos
Senti a contragosto os efeitos.

andi valente

O espelho!

Onde estão as setas?
Ruas desertas
Dedos apontando o nada
Mapas desenganados de acertos
Cruzamentos exalando medos!

Onde estão os bons ventos?
Castelos derretidos a sangue frio
Gritos de salvação empatando decisões
Ecos que sussurram madrugas tortas
Segredos de sofrimentos murmurados
Com sabor de venenos saturados!

Em qual parte do caminho perdi o prumo?
Fiquei sem rumo...
Em qual  parte o que estava escrito se perdeu?
Apagado fui de mim...
Os restos foram  perdidos em trilhas sem fim
O espelho enganado pelo erro se quebrou!


Onde estão as pontes?
Errado os acertos foram dando vazão à rios de solidão
Os navios foram navegar em mares calmos
Meu porto seguro de inseguranças via de um tudo
Enquanto parado estava à espera da esperança não me vi!

Onde esta o bom tempo?
As nuvens esconderam meus sentimentos
Não consigo decolar em noites de tempestades
Não caminho  entre chuvas e espinhos
A passagem esta comprada
O  sucesso cheio de vagas
Não contempla minha espada!


Em qual parte do caminho perdi o prumo?
Fiquei sem rumo...
Em qual  parte  o que  estava escrito se perdeu?
Apagado fui de mim...
Os restos foram  perdidos em trilhas sem fim 
O espelho desenganado pelos fatos concebidos se matou!

Quem se importa  com feridas expostas
Se as chaves já sangravam em nossas portas
Quem se importa com novos ares
Se a poluição de nossas mentes já produz sementes
Quem se importa com  tinta fresca
Se as frescuras já dominaram nossas certezas!
Quem se importa com o certo ou o incerto
Se a diferença entre o erro e o acerto é o tamanho dos nossos medos!
Quem se importa com o melhor possante
Se as curvas do caminho não nos permite ir adiante!


Em qual parte do caminho perdi o prumo,
fiquei sem rumo,
Em qual  parte  o que  estava escrito se perdeu,
apagado fui de mim ,
os restos foram  perdidos em trilhas sem fim 
o espelho desenganado pelos falsos destinatários se suicidou!

andi valente






quarta-feira, 11 de maio de 2011

MORRI VÁRIAS VEZES!

Eu morri várias vezes
e recomecei
tantas outras

Me desfiz de conceitos
compreendi tantos defeitos
entendi algumas e desentendido fui
tantas outras

As horas se foram
me vi outrora sem rima ou freio
agora vejo o ritmo determinado do fim
tanta pressa e muita promessa
um tanto quanto sem querer

Acreditei nas variáveis
nos viajantes e nos imponderáveis
creditei créditos em muitos
desacreditado por tantos fui

Foram bandidos os amores que vivi
recebi reclamações inconcebíveis
concebi desamores desorientados
tantos foram os amores que amei
que perdi oportunidades de amar o
próprio amor verdadeiro, eu!

Morri
mortos foram os risos
matei todas as fadas
enterrei sonhos vivos
mortifiquei minhas cruzes
durante o caminho

Deleguei poderes
adiei certezas
decidi ter indecisões
medos e opiniões

Esqueci-me de viver
morto vivi até o dia
que descobri o quanto
simples era ser feliz!

andi valente.